Medições diretas do campo magnético da Terra durante os últimos 140 anos mostram um declínio rápido da sua força. Dr. Thomas Barnes notou que medições feitas desde 1835 mostravam haver um decaimento da parte principal do campo magnético da Terra (a parte bipolar que é cerca de 90% do total observado) da ordem de 5% por século.¹Medições arqueológicas demonstram que a intensidade do campo magnético por volta dos anos 1.000 A.D. era cerca de 40% maior que a intensidade atual.² Dr. Barnes calculou que esta corrente não poderia estar decaindo a mais de 10.000 anos, pois a sua força teria sido tão grande que a Terra seria apenas um mundo de rochas derretidas.
Alguns acreditam que não se trata de um declínio, mas de inversões. Esta idéia vem da descoberta de anomalias (flutuações) do campo magnético que ficaram registradas nas rochas da dorsal oceânica. Ao invés de serem consideradas corretamente como flutuações da intensidade do campo magnético, elas foram erroneamente interpretadas como inversões do campo magnético. A linha traçada no meio da curva de flutuação mostra a intensidade média do campo magnético, dentro da flutuação encontrada, e não um campo magnético “normal” e um outro em “inversão”. Não existe nenhuma rocha na dorsal oceânica onde a ponta do compasso apontasse para o sul em vez do norte!
Decorrente desta interpretação, uma compreensão limitada de como o campo magnético da Terra funciona e sobre as razões do seu decaimento são aparentes em muitas áreas da ciência.
A origem do campo magnético da Terra ainda é uma área de muito debate. Uma das teorias principais propoe que o campo magnético é resultante do ferro e níquel que formam o núcleo do planeta. Esta teoria tem um sério problema, pois acima da temperatura chamada ponto Curie, os pequenos domínio magnéticos se desfazem. O ponto Curie para o ferro é de 750°C. A região mais fria do núcleo da Terra possui temperaturas entre 3.400° a 4.700°C.
Portanto, qual seria a origem deste campo magnético?
Duas descobertas importantes podem fornecer uma resposta simples e elegante, cientificamente falando.
Em 1820, Hans Christian Ørsted (1777-1851) descobriu que uma corrente elétrica produz um campo magnético. Seria possível uma corrente elétrica ser a causa do campo magnético da Terra? Ser for, qual então seria a origem desta corrente elétrica?
A resposta viria 11 anos mais tarde. Em 1831, Michael Faraday (1791-1867) demonstrou que um campo magnético não estático induz uma corrente elétrica. Se fosse dada a Terra no momento da sua criação um campo magnético, este decairia por não ter uma fonte contínua. No entanto, este decaimento induziria uma corrente elétrica. Esta corrente elétrica, por sua vez, também iria decair, e ao decair, produziria um campo magnético. Este sistema cíclico possuiria uma taxa de decaimento. James Joule em 1840 descobriu que a energia elétrica não se perde neste processo, mas é transformada em calor.
Baseado nestas descobertas científicas é que o Dr. Barnes fez a sua proposta do decaimento livre da corrente elétrica no núcleo metálico da Terra.
Esta proposta é perfeitamente consistente com observações da taxa de decaimento e experimentos relacionados com materiais semelhantes ao do núcleo da Terra.³
O decaimento é exponencial.
Tomando-se todas as medições do século passado que expressam a intensidade do campo magnético (International Geomagnetic Reference Field Data), este tem diminuido constantemente, implicando numa meia vida de aproximadamente 1500 anos.
Dr. R. Humphrey demonstrou que durante o período de 1970 a 2000 (registros mais precisos) a parte bipolar do campo magnético da terra perdeu 235±5 bilhões de megajoules de energia, e ganhou 129±8 bilhões de megajoules na sua parte não bipolar. A perda total observada foi de 1,41±0,16%. Nesta proporção o campo magnético da Terra perderia metade da sua intensidade a cada 1465±166 anos.4
O campo magnético da Terra sugere um planeta extremamente jovem, com milhares de anos de vida e não com bilhões de anos.
Referências
1 K.L. McDonald e R.H. Gunst, “An Analysis of the Earth’s Magnetic Fiel from 1835 to 1965”, ESSA Technical Report, IER 46-IES 1, U.S. Government Printing Office, Washington, 1967. Ver também Thomas G. Barnes, Origin and Destiny of the Earth’s Magnetic Field, segunda edição (El Cajon, California: Institute for Creation Research, 1983).
2 R.T. Merrill e M.W. McElhinney, The Earth’s Magnetic Field (London: Academic Press, 1983), p. 101-106.
3 F.D. Stacey, “Electrical Resistivity of the Earth’s Core”, Earth and Planetary Science Letters 3:204-206 (1967).
4 R. Humphreys, “The Earth’s Magnetic Field Is Still Losing Energy”, CRSQ 39(1) 1-11 (Março de 2002).
2 R.T. Merrill e M.W. McElhinney, The Earth’s Magnetic Field (London: Academic Press, 1983), p. 101-106.
3 F.D. Stacey, “Electrical Resistivity of the Earth’s Core”, Earth and Planetary Science Letters 3:204-206 (1967).
4 R. Humphreys, “The Earth’s Magnetic Field Is Still Losing Energy”, CRSQ 39(1) 1-11 (Março de 2002).
Este artigo está baseado numa parte do Capítulo 3 “A Origem do Universo: Astronomia e Cosmologia” do livro “Como Tudo Começou – Uma Introdução ao Criacionismo”
Fonte: Universo Criacionista
Um comentário:
O site deveria se chamar universo da idiotice em vez de universo criacionista.
O campo magnético da Terra oscila e se reverte de tempos em tempos e isso já aconteceu muitas vezes.
O campo magnético da Terra é revertido em intervalos que variam entre dezenas de milhares de anos a alguns milhões de anos, com um intervalo médio de aproximadamente 250.000 anos.
Evidências (sedimentos ferromagnéticos) apontam que a última ocorreu 780.000 anos atrás, referida como a reversão segundo Brunhes-Matuyama.
O giro de 180 graus ocorre quando há uma mudança nos padrões de circulação do ferro derretido que flui em torno do núcleo da Terra e, em conseqüência, como um dínamo, é criado o campo magnético.
A intensidade do campo acontece por um período de tempo, antes que o ritmo de circulação seja estabelecido e uma nova polaridade ocorra. Ainda não foi descoberto por quanto tempo o processo ocorre antes que os novos pólos estejam estabelecidos.
O campo magnético da Terra não é tão simples como se acreditava. Além do dipolo norte-sul, existe um campo magnético mais débil e disperso por todo o planeta, provavelmente gerado no núcleo externo da Terra.
De acordo com Brad Singer, um campo magnético mais débil é crítico para a inversão geomagnética.
Se o dipolo mais potente (norte-sul) tem sua força de campo magnético reduzida para um nível inferior de intensidade, comparada com a do campo magnético distribuído, normalmente mais débil, a inversão geomagnética torna-se viável.
Segundo Bradford Clement, a reação para esse fenômeno é que na ausência do campo magnético norte-sul, o núcleo da Terra desenvolve um campo secundário mais fraco com vários "mini-pólos" na superfície.
Eventualmente, os dois pólos principais são estabelecidos outra vez, mas em lados opostos do planeta, e restauram sua primazia.
Dessa forma, achar que a queda no campo magnético da Terra é evid~encia de uma Terra jovem, se trata de mais uma das criações dos criacionistas, ou seja, é puro nonsense.
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