sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Um terço das espécies de dinossauros nunca existiu, diz teoria

Muitos dinossauros estão enfrentando a possibilidade de um novo tipo de extinção - uma controvertida teoria sugere que até um terço das espécies conhecidas de dinossauros talvez nem mesmo tenham existido. Isso acontece porque os jovens dinossauros não se assemelham a versões miniaturizadas de seus pais, de acordo com novas análises conduzidas pelos paleontologistas Mark Goodwin, da Universidade da Califórnia em Berkeley, e Jack Horner, da Universidade Estadual de Montana.

Em lugar disso, como os pássaros e alguns outros animais ainda existentes, os exemplares jovens passavam por mudanças físicas dramáticas ao se tornarem adultos. Isso significa que muitos fósseis de dinossauros jovens, entre os quais espécimes aparentados ao tiranossauro rex, podem ter sido identificados erroneamente como exemplares de outras espécies, argumentam os pesquisadores.

Como o tiranossauro rex se tornava um terror

Um dos exemplos fortes que eles oferecem é o do Nanotyrannus. O animal, classificado como um parente de menor porte do tiranossauro rex, agora é visto por muitos especialistas como um exemplo de identificação incorreta, e representaria na verdade um tiranossauro juvenil classificado indevidamente.

Os fósseis que supostamente pertencem à espécie Nanotyrannus têm aparência semelhante à que um tiranossauro rex deveria ter em sua adolescência, apontou Horner em um novo estudo. Isso se deve ao fato de a estrutura craniana de um tiranossauro rex se alterar dramaticamente à medida que o animal crescia, segundo o pesquisador.

O crânio se alterava, de uma forma original alongada para o focinho e mandíbula curtos que nos são mais conhecidos; a mudança acontecia para quer o animal pudesse consumir maior quantidade de alimento. Mas a prova decisiva, de acordo com Horner, foi a descoberta de um dinossauro que tinha tamanho intermediário entre o de um tiranossauro rex adulto e o de um Nanotyrannus.

O Nanotyrannus - na opinião de Horner, efetivamente um jovem tiranossauro- contava com 17 dentes na mandíbula inferior, ante os 12 encontrados nas mandíbulas de tiranossauros adultos. Já o dinossauro de porte intermediário entre ambos contava com 14 dentes em sua mandíbula inferior, o que sugere que o esqueleto tenha pertencido a um tiranossauro rex jovem, que estava em meio à transição de seus dentes iniciais, menores e em formato de lâmina, para o número inferior de dentes molares que a espécie ostentava em seu estágio adulto.

A transformação do triceratope

Os paleontologistas também conseguiram amealhar uma coleção considerável de fósseis de triceratopes, representando animais que morreram em diversos estágios da vida, em um sítio do período cretáceo tardio (145,5 milhões a 65,5 milhões de anos atrás) [nota: datações feitas com base no princípio uniformitarista, se tornando questionáveis, quanto à confiabilidade], em Hell Creek, no leste do Estado de Montana.

Os crânios dos dinossauros, cujas dimensões variavam entre as de um prato e as de um crânio humano, provinham de diversos animais. Quando os paleontologistas estudaram os crânios, constataram que os pequenos chifres retos dos animais mais jovens se transformavam, à medida que os animais envelheciam. Os chifres dos animais jovens tinham as pontas para trás, enquanto os dos adultos apontavam para frente.

O folho característico do pescoço do animal também passava por alterações: os ossos triangulares que formavam uma crista em torno do folho nos animais jovens se alongavam e achatavam, formando um escudo em forma de leque, nos exemplares mais velhos.

"Neste projeto de 10 anos, pudemos recolher uma série muito boa sobre o crescimento dos dinossauros, algo que ninguém havia visto antes, e assim acompanhamos essa transformação à medida que ocorria", disse Goodwin. "Nós fomos capazes de documentar as mudanças extremas que ocorriam ao longo do crescimento, como por exemplo aquela que se refere à orientação dos chifres", afirmou.

Os pássaros como paralelo

Provas quanto aos motivos dessas mudanças físicas dramáticas nos dinossauros podem ser obtidas em seus mais próximos parentes vivos, dizem os especialistas. Os búceros, por exemplo, não ostentam sua característica estrutura de penas em forma de capacete até que tenham atingido três quartos do tamanho que terão como adultos.

Da mesma maneira que os chifres em um cervo, essas penas ajudam os demais animais a discernir entre os adultos maduros e os jovens. Da mesma forma, as mudanças na aparência dos dinossauros poderiam servir para promover a comunicação visual.

Por exemplo, os chifres ou calombos de cabeça, possivelmente acoplados a variações de cores, podem ter criado identificações visuais inconfundíveis que garantiam que membros de uma espécie se reconhecessem entre eles.

Também podem ter identificado dinossauros como machos ou fêmeas, ou os marcado como animais adultos em busca de reprodução ou jovens que necessitavam de proteção.

Conclusão exagerada?

Hans-Dieter Sues, paleontologista do Museu Nacional de História Natural dos Estados Unidos, em Washington, diz que os cientistas descobriram nos anos 70 que algumas espécies de dinossauros dotados de bicos na verdade representavam formas diferentes de animais em estágios de maturidade distintos, e que portanto o número de espécies identificadas era menor que o originalmente calculado.

Sues, que não participou da nova pesquisa, concorda em que algumas espécies de dinossauros do cretáceo tardio podem na verdade ser exemplares juvenis de outras espécies. "Muitos dinossauros - da mesma forma que muitos vertebrados atuais - mudavam muito de aparência ao crescer", ele disse.

Mas "algumas dessas conclusões são controversas", ele acautelou, acrescentando que a ideia de que até um terço das espécies precise de reclassificação representa um exagero. Ele acredita que uma segunda extinção "científica- de dinossauros seja improvável" a não ser que os caçadores de fósseis descubram novos exemplares que provem a teoria. "Testar hipóteses como essa é difícil", disse, porque "isso requer mais material fóssil do que dispomos atualmente".

Tradução: Paulo Migliacci ME

Fonte: The New York Times, por meio do Site Terra

-------------------------------------------------------------------------

Nota: Não é difícil acreditar nessa teoria, visto que é só descobrir um novo fóssil por aí, mesmo que apenas fragmentos deles, e entra em ação a imaginação de muitos cientistas e, posteriormente, desenhistas, para tentar recriar o aspecto (algumas vezes equivocadamente, como sugere a teoria de Mark Goodwin, por se basearem em um paradigma, e não nos fatos) daquela criatura extinta. Muitas espécies de dinossauros que conhecemos hoje, por meio dos estudos de fósseis, realmente podem ser invenção e má interpretação do material descoberto. Já que é assim, acreditar na confiabilidade da interpretação "idônea" de tais cientistas e desenhistas, prefiro acreditar, também e principalmente pela fé, na Palavra de Deus, que diz que os animais foram criados por Ele (e não pelo acaso) e muitos deles foram extintos no Dilúvio.

Assim, tenho a vantagem de acreditar na palavra de quem nunca teve que voltar atrás em Suas palavras, pois Suas palavras são a verdade. "Santificai-vos na verdade; a tua palavra é a verdade" (João 17:17)

2 comentários:

Elyson Scafati disse...

Caraca veio!!!

vc confunde dogmática religiosa (a verdade absoluta acima de tudo) com zetética científica (a verdade que varia conforme a expansão do conhecimento).

O conhecimento muda conforme novas descobertas que fazemos. Isso não desmerece a ciência, mas a fortalece dia a dia. Quanto ao fixismo religioso... esse já era há muito tempo. Virou história da carochinha.

Henri disse...

Essa ideia já foi derrubada. 1/3 das espécies nunca existiu? isso nunca foi comprovado realmente.

Related Posts with Thumbnails
Related Posts with Thumbnails
BlogBlogs.Com.Br