A razão deste breve ensaio sobre o artigo do pastor André Reis se deveu aos muitos e-mails que recebi quando de sua divulgação, especialmente depois que o mesmo ganhou destaque no blog Advir . Não se trata de uma resenha acadêmica, são apenas algumas ponderações que intentam mostrar que há outra maneira de entender o assunto.
Alguns esclarecimentos, no entanto, se fazem necessários. Primeiramente em relação ao pastor André Reis. Quero dizer que respeito muito sua capacidade acadêmica e afirmo que o mesmo foi um dos melhores alunos do SALT – UNASP. Além disso, nossos encontros nos EUA sempre foram pautados pela cordialidade, mesmo quando num breve e-mail eu afirmei que discordava de parte de sua interpretação a respeito de Órion.
Não se trata, portanto, de uma reação ortodoxa contra qualquer tipo de “heresia”. De jeito nenhum. Não estamos aqui tratando de nenhuma coluna fundamental do adventismo, mas de um aspecto de nossa herança religiosa que pode acomodar diferentes interpretações. Não é meu interesse prolongar um extenso debate sobre o assunto ou levar os leitores a “ficarem do meu lado”. Meu intento é mostrar que, em que pese meu respeito pelo articulista, há outra maneira de interpretar a questão. Como dizia Agostinho: “No essencial: unidade, no não essencial: diversidade, mas em tudo: caridade”.
E por falar em caridade/respeito, embora não se trate de uma reação ao livro do pesquisador Yuri Mendes (Os mistérios de Órion), uma vez que o mesmo será nominalmente citado aqui, cabe também uma palavra a seu respeito. Quando seu livro foi publicado, nós trocamos alguns poucos e-mails aonde eu expus as razões porque discordava de pontos centrais de sua publicação e do temor que eu nutria de que a esse livro, uma vez publicado pela CPB, desse às suas posições ar de oficialidade eclesiástica uma vez que a editora oficial da igreja publicou suas pesquisas. Contudo, tanto o Yuri Mendes quanto o André Reis foram tremendamente corteses para comigo e creio que esta nota de seu caráter merece ser trazida a público. Também foram éticos e jamais fizeram qualquer divulgação panfletária a meu respeito. (...)
(Rodrigo Pereira da Silva - teólogo e pós-doutor em arqueologia bíblica)
[Leia o artigo na íntegra clicando aqui]
Leia também: Órion e os eventos finais
9 comentários:
Oi André
Aqui vai o link com minhas respostas.
http://www.adventismorelevante.com/2010/12/bate-papo-com-rodrigo-silva-sobre-orion.html
Abraçø!
Esqueça o que a esquizofrênica da Hellen disse, André.
Se algo vier de Órion em uma nave não será nada mais que uma forma de vida inteligente.
Assim, teriamos 3 destinos:
1 - Nos destruírem, pois seriam tecnologicamente superior.
2 - Aprendermos com eles muitas coisas interessantes sobre o universo e sobre tecnologia;
3 - Não se interessarem por nós e nem por nada que há aqui e caírem fora.
O que será que o Yuri Mendes e o André Reis cheiraram, fumaram, beberam ou injetaram? Isso só pode ser efeito de drogas ou é doença mental mesmo...
Quanto a Bates, deve ter usado mescalina, ficado bem louco e, ao olhar para o céu e ver Òrion imaginou anjos e ouviu trombetas...
Se eu lhe disser André que Enoch voltará pela constelação da Ursa Maior, Elias pela constelação de Ofiuco e que Jesus resolveu mudar o itinerário e vir pela constelação de Peixes, vc acreditaria?
Bem, eles me disseram isso...(brin + cadeirinha, tá!?).
Vocês realmente não falam coisa com coisa...
Sobre a sua pergunta de como conciliar isso com a bíblia:
Simples, André Reis: Desconsidere tudo isso, pare de flutuar e bote seus pés no chão.
Hellen e Jesus não sabiam nada de astronomia. Ou seja, eram ignorantes no assunto.
Sem falar que Hellem era completamente pirada (acho que o designer a fez com uns 20 parafusos a menos...).
Na época de Jesus achava-se que as estrelas eram pontinhos na abóbada celeste e que eram menores que a Lua.
Quando um pequeno asteróide caia, achavam que as estrelas tinham se desprendido do céu, por isso "estrela cadente".
Logo, não há nada de linguagem figurada e tudo o que ambos disseram ou disseram por eles é puro nonsense.
Abraço
Com todo respeito a André e Yure, mas acho a visão de Rodrigo mais coerente, apesar de não concordar plenamente com ele.
Olá George
Terei prazer em ler as razões de vc achar assim.
Lembre-se que insistir em Órion é a porta do céu é equivalente a insistir que as estrelas do universo refletem a luz do sol, ambas citações de EGW com fatos astronômicos inverossímeis segundo a astronomia moderna.
EGW disse: "A luz é progressiva, devemos andar nessa luz." (CE 33)
Um abraço
André
Eis o mistério do buraco de Órion
http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/buraco+espacial+intriga+cientistas/n1237624413971.html
Não se trata de uma porta do além e nem de uma possível rota para o bonde espacial de Jesus movido à força divina.
Francamente, eu não consegui entender onde vcs querem chegar com essa discussão estúpida...
Para mim, vocês estão como a ferrovia norte-sul: ligando o nada a coisa alguma.
Bates e Helen eram dois pirados. Simplesmete isso tudo não passa de controle social da dominação pelo medo.
É de chorar verem vocês discutindo astronomia!!!!
Elyson, não sei se vc leu meus materiais mas vc está me atacando sem saber.
Por exemplo, tirando o pano de fundo histórico de Bates e da não-inerrância de EGW e tudo o mais, como vamos conciliar a informação de que a Nebulosa de Órion está a 1500 anos luz de distância, têm área de 600 trilhões de km2 onde cabem 20.000.000 de sistemas solares etc e etc...? Se a imagem demora todo esse tempo, o som da voz de Deus através de Órion demoraria 1.000.000 de vez mais já que o som viaja a 340 m/s e a luz a 300.000 km/s, ou seja o som da voz de Deus saindo de Órion demoraria 1 bilhão e quinhentos milhões de anos para chegar à Terra. Sem contar que som não se propaga no vácuo... Veja como simples cálculos revelam a impossibilidade de que algo que acontece em Órion possa impactar a Terra durante a vinda de Cristo.
Tem um vídeo no youtube de um evangelista adventista que faz uma viagem da TErra a Órion. Quando eles estão se aproximando de Órion, ele diz assim: "Estamos nos aproximando de Órion a uma velocidade aproximadamente 100 vezes maior do que a velocidade da luz." Isso é um disparate sem tamanho. Eu calculei, eles vão da Terra a Órion em mais ou menos 1 minuto e a velocidade necessária pra isso seria quase 1 bilhão de vezes acima de velocidade da luz ou seja 300 trilhões de quilômetros por segundo.
Por isso, eu NÃO defendo a idéia de que Órion é a porta do céu e creio que tenho todo o peso da evidência do meu lado.
Creio que quem parar de verdade para ver a evidência, fará o mesmo.
Um abraço
andré
Sim, mas o que tem Órion a ver com vinda de Cristo, porta do céu, maluquices de Hellen, baboseiras de Bates, etc, etc?
Bem, porta do céu não existe. O céu vai até onde os limites do universo se expandem.
O universo sofre o efeito de aceleração da energia escura, ou seja, quanto mais longe ele vai, mais se acelera. Dessa forma seu tamanho é bem maior que os 13,5 bi de anos-luz.
Porém, a luz que vemos de seus confins tem a idade de 13,5 bi de anos.
Parece um contra-senso, mas não é. Embora os confins do universo estejam longe daqui, sua aceleração não foi ainda o suficiente para as galáxias se afastarem à velocidade da luz, tomando nosso planeta como referencial.
Por essa razão vemos ainda essa luz dos confins do universo. Sabemos medir a aceleração da energia escura, e com isso podemos detectar que o universo está se expandindo cada vez mais rápido.
Antes se media esta energia pela constante cosmológica. Hoje se mede pela constante de Huble ( H0=H0 = 70.4 +1.3/−1.4 km/s/Mpc que resulta em uma idade para o universo em torno de 13,7 ± 0,2 bi de anos).
Quando tal expansão atingir uma velocidade igual a da luz, não mais veremos os corpos sob tal velocidade.
Pode ser ainda que tal velocidade de expansão supere a velocidade da luz ou, antes disso, ocorra um big rip e acabe com este universo e suas flutuações quânticas gerem um outro universo.
Além dos confins do universo, não sabemos o que existe, pois não há tempo e nem espaço, os quais ganham sentido com a expansão do universo.
Porta do céu ou do inferno não se tratam de algo com dimensões físicas, mas psíquicas, ou seja, estão dentro da cabeça de cada um.
Ou ainda, para quem acredita em algo espiritual, estas têm uma dimensão espiritual.
Ou seja, variam com as crenças de cada um.
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