Essa é a conclusão de Kevin Peterson e seu professor Ron Fearing, da Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos. Eles estavam estudando um pequeno robô com mobilidade similar à de um inseto - o DASH (Dynamic Autonomous Sprawled Hexapod) foi inspirado em uma barata. Como o andar do robô deixava a desejar, eles resolveram instalar asas para ver se isso o ajudaria e ser tão esperto quanto seu modelo inspirador. E as conclusões foram mais interessantes do que os pesquisadores imaginavam.
Embora as asas tenham melhorado significativamente o desempenho do DASH na corrida - acelerando-o de 0,68 metro por segundo (m/s) para 1,29 m/s - isso não seria suficiente para que ele decolasse. Mas, como o bater as asas melhorou ainda mais o desempenho, os cientistas acreditam que isso seja um reforço para a hipótese de que o voo começou com animais que saltavam de árvores e abriam suas proto-asas para planar.
Além de permitir o planeio, as asas permitem que o robô suba em superfícies bem mais íngremes, passando de uma inclinação máxima de 5,6 graus para 16,9 graus, também condizente com o comportamento de um animal que precise chegar o mais alto possível para saltar.
O biólogo Robert Dudley, também de Berkeley, afirmou que a barata robótica não é o melhor modelo para estudar o voo dos pássaros porque ela tem seis pernas, e não duas, e suas asas são de plástico inteiriço, muito diferente de penas. Por isso, esse experimento não é suficientemente preciso para ser incorporado no estudo da evolução.
Mas ele gostou do uso de robôs para estudar a biologia evolutiva [claro que iria gostar!]: “O que os experimentos conseguiram foi demonstrar a viabilidade de usar modelos robóticos para testar a hipótese das origens do voo.”
Então, agora é só construir modelos mais similares aos dinossauros, cujos fósseis preservaram as primeiras penas.
Fonte: Inovação Tecnológica
Nota do blog Criacionismo: A ânsia darwinista por evidências que corroborem suas hipóteses macroevolutivas é tanta que os faz deixar de ver certas incoerências. Lembre-se de que robôs revelam (muito) design inteligente. Pessoas tiveram que usar a cabeça, fazer cálculos, gastar dinheiro e tempo para projetar esses mecanismos relativamente simples, se comparados aos organismos que os inspiram. Os chips e programas que os fazem se mover e executar outras tarefas dependem de informação específica provida pelos projetistas inteligentes. Depois vêm uns espertinhos e dizem que esse mecanismo oriundo de design inteligente pode ajudar a entender outro mecanismo muito mais complexo (no caso, o voo), só que este fruto de mutações fortuitas, acaso e seleção natural. Assim não dá! Enquanto os hipotéticos “elos perdidos” permanecem perdidos, tudo pode ser usado para “explicar” a evolução! Até o design inteligente (DI)! Além disso, usar modelos matemáticos baseados em premissas filosóficas (no caso, o naturalismo e a macroevolução) para tentar provar algo que não se pode observar empiricamente (a origem da vida e os “saltos” evolutivos) não me parece pesquisa muito sólida.
Em seu blog no New York Times, Alex Rosenberg analisa o espantoso fato de que a evolução foi capaz de “criar” seres conscientes que, em algum momento, se aperceberam de que eles teriam evoluído. Ele escreveu: “O livro A Origem das Espécies revelou como os processos físicos por si só produzem a ilusão de design. Variações aleatórias e seleção natural são as fontes estritamente físicas da economia meios/fins da natureza que nos enganam e fazem-nos procurar um designer. Os naturalistas aplicaram esse discernimento para revelar a natureza biológica das emoções humanas, percepção e cognição, linguagem, valores morais, laços sociais e instituições políticas. A filosofia naturalista, por sua vez, retribuiu o favor ajudando a psicologia, a antropologia evolutiva e a biologia a resolverem seus problemas por meio de maior clareza conceitual em torno da função, adaptação, aptidão darwiniana e seleção individual versus seleção de grupo.”
Para Rosenberg, ele e os demais seres humanos são o resultado de um processo físico que, mais tarde, lhes dotou de consciência e razão, e quer que aceitemos o fato de que essa aleatoriedade foi capaz de lhe dar um cérebro (um amontoado de moléculas capaz de gerar pensamentos) no qual podemos confiar!
Mas garanto que, se alguém visse a baratinha robótica na Universidade de Berkeley e não conhecesse seus criadores, jamais concluiria que ela poderia ser fruto de “variações aleatórias que nos enganam e fazem-nos procurar um designer”.[MB]
“Quase que invariavelmente as pessoas formam suas crenças não baseadas nas provas, mas naquilo que elas acham atraente” (Blaise Pascal).
Leia também: "Dúvidas sobre a evolução dinossauros-aves" e "Aves e dinossauros foram contemporâneos"
5 comentários:
André,André!!!!
Para começar, o site inovação tecnológica não possui o que se denomina linguagem científica. Ele traz assuntos de cunho científico para o nível leigo, ou seja, tenta aproximar a ciência daqueles que, como vc, sequer têm noção do que ela seja.
Elo perdido, não se trata de linguagem científica, mas coloquial. Cientificamente dizemos "fossil de transição" que combina características dos seus descendentes e antecessores evolutivos (isso existe literalmente as toneladas).
A evolução das espécies, André é mais complexa que cadeias filogenéticas onde há elos faltantes.
A maioria dos fósseis transicionais não é antecessora direta de formas atuais, pois a evolução das espécies é um processo contínuo.
Asim, todos os organismos vivos, em dado momento, representam formas transicionais.
Porém, certas espécies são particularmente importantes dentro da filogenética entre grupos distintos, no que concerne a sua anatomia, fisiologia, histologia, genética e relações ecológicas.
Eis os mais famosos transicionais:
Pikaia, considerado um dos primeiros cordados.
Vulcanodon, transição entre dinossauros Prossaurópodes e dinossauros saurópodes.
Pakicetus, transição entre Condilarthros e cetáceos, anterior ao Ambulocetus.
Protosuchus, transição entre tecodontes e crocodilos.
Scleromochlus, transição entre tecodontes e Pterossauros.
Tetraceratops, transição entre Pelicossauros e Terapsidas.
Lagosuchus, transição entre tecodontes e dinossauros saurísquios.
Cynognathus, transição entre sinapsidas e mamíferos.
Heterodontosaurus, transição entre saurísquios e ornitísquios.
Archaeopteryx, transição entre répteis e aves.
Tiktaalik roseae, um peixe sarcopterígeos com muitas características de tetrápode terrestre.
Ambulocetus, uma forma basal de cetáceo, que ainda retinha a capacidade de caminhar em terra.
Australopithecus afarensis (Lucy), uma espécie importante para perceber a evolução dos hominídeos.
Ocapi, tida como espécie transicional ainda viva da girafa.
Darwinius masillae (Ida), a transição entre os estrepsirrinos e os haplorrinos.
Quanto à ancestralidade entre répteis e aves, conforme já debatido ainda não se sabe ao certo como isso aconteceu conforme elucidado aqui:
http://criacionistaconsciente.blogspot.com/2011/07/primeira-ave-e-apenas-dino-com-penas.html
Nem todos os dinos penosos são aviários, mas possuem uma forte relação com as aves, principalmente no que se refere a sua anatomia.
A isso se denomina evolução convergente, que é o mesmo caso dos lindos olhos de uma lula com os olhos dos cordados, as asas de um inseto, dos pterossauros, das aves e dos chiropteros (morcegos), caso entre peixes, antigos repteis marinhos (ictiossauro) e cetáceos (baleias em geral).
Os abutres são aves da família Accipitridae, relacionadas com as águias e falcões (Ordem Falconiformes), que se adaptaram a um modo de alimentação necrófaga. Os urubus e condores pertencem à família Cathartidae da Ordem Ciconiiformes e ocupam as funções ecológicas dos abutres e são parecidos com estes, apesar de serem mais aparentados com cegonhas ou garças.
Os nimravídeos e macairodontídeos (ex: Smilodon) foram carnívoros do Cenozóico que desenvolveram paralelamente dentes caninos de grandes proporções. Ambos os grupos recebem por isso o nome vulgar de tigres-dente-de-sabre, mas apenas os macairodontídeos são felinos.
O Thylacoleo foi um marsupial contemporâneo que viveu no Plistocénico da Austrália, com morfologia semelhante à dos leões (daí o nome vulgar leão marsupial) e que também desenvolveu paralelamente dentes desproporcionados, neste caso os incisivos.
Os airos do hemisfério Norte e pinguins do hemisfério Sul têm aspectos semelhantes e ocupam o mesmo nicho ecológico, mas são de ordens de aves diferentes.
A convergência evolutiva eassocia-se à seleção natural, pela qual mutações que geram alterações morfológicas propícias a determinado ambiente são selecionadas em detrimento de outras menos adequadas. Desta forma, seres vivos que compartilhem o mesmo habitat, ou mesmos hábitos de vida, podem desenvolver estruturas similares que os tornam capazes de sobreviver àquelas condições.
Assim, André "Eis o mistério da lula!!!"
Vamos ao show de besteiras da infeliz nota:
Design inteligente de um robô difere do design encontrado na natureza, pois máquinas tem de ter um design ótimo para serem eficientes e na natureza, não se busca o ótimo, mas o necessário para se viver em determinado meio. Ex. qual a pelagem ótima de um urso (branca, preta, marrom, acinzentada)?
Por que um panda tem de comer praticamente metade de seu peso em bambu para sobreviver? Por que os coelhos são coprófagos (comem cocô)? Por que um guepardo é tão veloz e somente pode caçar certo tipo de antílope e em seu pique quase morre de cansaço? Por que nossos joelhos nos dão problemas e nossa coluna idem e a de um animal ou antropóide não traz esse tipo de problema?
Como vê, não temos design inteligente, mas apenas um design que nos permite sobreviver.
Sim, André, muitas vezes máquinas são construídas para nos fazer entender o que aconteceu na natureza. É o que em ciência se denomina modelo (uma aproximação daquilo que é real).
Os modelos são usados em TODOS os campos da ciência, sendo o mais clássico deles a equação de Clapeyron (PV = nRT) que na realidade é uma expansão em Séries de Taylor e Mc Laren no que se refere ao comportamento dos gases.
Outros modelos são as equações de Navier-Stokes na explicação da aerodinâmica, as equações de Maxwell para explicar o eletromagnetismo e a entropia de Hawking que explica o comportamento da energia em um buraco negro.
Quanto aos elos perdidos, André, eles continuarão perdidos, simplesmente porque não existem, mas os transicionais estão ai para quem quiser vê-los.
Quanto às premissas utilizadas, não se tratam de filosofia, pois esta é apenas uma forma de orientar pensamentos e seu debate se encontra no campo da véritas (onde conta a argumentação ) e não da alethea (onde conta a situação fática).
Como já conversamos ad nauseam, os modelos aproximam a realidade de uma linguagem compreensível e muitas vezes há a evidenciação indireta, como, por exemplo, dizer que no centro da Terra há ferro e níquel e que o planeta que orbita Alfa Centauri A tem uma atmosfera de nitrogênio e metano, ou que uma estrela tem uma temperatura X ou que um tiranossauro era um carnívoro emplumado.
Aquilo que não mais existe, ou que existe e está fora de nosso alcance somente se estuda e se estabelecem premissas pela evidenciação indireta. Porém, tal prática em nada desmerece o estudo como vc imagina.
Saltacionismo hoje não é uma teoria muito aceita, uma vez que viola conceitos da síntese evolutiva neo-darwiniana, que combina a teoria de evolução de espécies por meio de seleção natural de Charles Darwin, a genética como base para a herança biológica de Gregor Mendel e a genética populacional.
Na teoria neutralista da evolução demonstra matematicamente que é possível haver evolução por deriva genética na ausência de seleção natural, mesmo em grandes populações e por longas escalas de tempo.
Tal teoria ajudou a esclarecer observações cuja síntese moderna não era capaz de explicar, como, o elevado nível de polimorfismo genético em populações naturais, incompatível com o modelo selecionista, pois acarretava níveis insuportavelmente altos de carga genética.
Assim, o neutralismo fundido à teoria evolucionista explica a evolução em termos de seleção natural e por mera deriva genética (processo que modifica a frequência dos alelos e a predominância de certas características na população).
Veja que a teoria evolutiva, como toda a ciência é linda, porém complexa.
Assim, André, de acordo com o exposto, quando um cientista diz ter crença em algo, não se trata do campo da emunah (a revelação religiosa), como desonestamente vc afirma, mas da alethea.
No mais, aqui deixo a frase de Pascal para que vc reflita quando pensar em destruir algo que sequer vc tem noção:
“Quase que invariavelmente as pessoas formam suas crenças não baseadas nas provas, mas naquilo que elas acham atraente” (Blaise Pascal).
Desenhando:
Vc acha os deuses atraentes,e crê em demasia nestes seres fantásticos, mas sequer tem evidências palpáveis sobre eles. Quanto às teorias científicas que violam sua crença vc não gosta delas, ou seja não lhes são atraentes, portanto não merecem crédito apesar de todas as evidências a favor delas.
pense, reflita...
Mais um transicional para nossa coleção.
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1§ion=Geral&newsID=a2453360.xml
embora a desonestidade e falta de compreensão do que é biologia a partir de certas pessoas digam o contrário...
http://www.criacionismo.com.br/2009/03/peixe-fossil-e-tido-como-ancestral-do.html
insistindo no quesito ampliação da informação genética, como se ela não pudese ocorrer, bem explicado por Dawkins.
http://www.noanswersingenesis.org.au/dawkinschallenge.htm
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