Agora, os cientistas da British Geological Survey (BGS) e da University College London (UCL) esperam que o novo mapeamento chame atenção para o potencial dos reservatórios subterrâneos.
“As maiores reservas de água subterrâneas ficam no norte da África, em grandes bacias sedimentares, na Líbia, Argélia e Chade”, diz Helen Bonsor, da BGS. “A quantidade armazenada nessas bacias é equivalente a 75 metros de água sobre aquela área. É uma quantidade enorme.”
Devido a mudanças climáticas que transformaram o Saara em um deserto ao longo dos séculos, muitos dos aquíferos subterrâneos receberam água pela última vez há mais de cinco mil anos.
Os cientistas basearam suas análises em mapas de governos dos países africanos, assim como em 283 estudos de aquíferos. Eles afirmam que muitas das nações que enfrentam escassez de água têm, na verdade, reservas consideráveis embaixo do solo.
No entanto, os pesquisadores alertam que a perfuração de poços tubulares profundos pode não ser a melhor maneira de extrair a água, já que poderiam esgotar a fonte rapidamente.
“Poços profundos não devem ser perfurados sem que haja um conhecimento detalhado das condições das reservas locais. Poços simples e bombas manuais, desenvolvidos de forma cuidadosa e nos locais certos, têm mais chance de ser bem-sucedidos”, disse à BBC Alan McDonald, principal autor do estudo. Helen Bonsor concorda que meios de extração mais lentos podem ser mais eficientes.
“Muitos aquíferos de baixo volume estão presentes na África subsaariana. No entanto, nosso trabalho mostra que com exploração e construção cuidadosas, há água subterrânea suficiente na África para fins de consumo e irrigação comunitária”, diz ela, acrescentando que as reservas poderiam contrabalançar os problemas causados pela mudança climática.
“Mesmo nos menores aquíferos em áreas semiáridas, com baixíssimo índice de chuvas, as reservas subterrâneas ainda durariam algo entre 20 e 70 anos”, afirma Bonsor. “Então, nos índices atuais de extração para consumo e irrigação em pequena escala, os reservatórios fornecem e continuarão a fornecer proteção contra as variações do clima.”
Fonte: BBC Brasil
Nota do blog Criacionismo: Além da data estimada para o último preenchimento dos aquíferos africanos (cinco mil anos atrás), chama atenção a quantidade de água armazenada no subsolo de nosso planeta, e isso não é exclusividade da África (confira aqui e aqui). Muita gente já me perguntou onde foi parar toda a água do dilúvio. Somando-se as enormes quantidades de águas oceânicas (sem nos esquecermos das fossas abissais possivelmente inexistentes no mundo antediluviano), as grandes quantidades de água doce congelada nos polos e os gigantescos aquíferos, como esses da África, não parece ser tão difícil imaginar um cenário que responda a essa pergunta.[MB]
Um comentário:
André, as vezes me convenço que o Michelson não faz as coisas por ignorância, mas por maldade mesmo com seu desejo compulsivo de mentir, se fingindo de ignorante para dar respaldo à sua crença.
Vamos por partes:
Acerca das fossas oceânicas, a mais profunda delas (Fossa das Marianas) data de 170 mi de anos.
Acerca dos polos, estes passaram a se congelar por volta do eoceno (49 mi de anos atrás),devido a separação da Austrália e da Antártica esta passou a se congelar, uma vez que rumou para o sul. Ocorreu o "evento Azzola" (http://pt.wikipedia.org/wiki/Evento_Azolla)
Ou seja, Por estar isolado, o ártico tinha pouca renovação de suas águas. As altas temperaturas do eoceno contribuíram para a evaporação desse oceano, trnando suas águas mais densas e com as precipitaçoes nos rios que nele desembocavam formou-se uma fina película de água doce sobre o oceano que propiciou o desenvolvimento da azolla.
Com a proliferação de azzola no oceano ártico, boa parte do CO2 foi retirada da atmosfera o que diminuiu o efeito estufa e consequentemente fez os polos se resfriarem e assim a água sumiu dos mares para virar gelo.
Quanto á formação de aquíferos, há regiões onde predominam rochas porosas como calcário e rochas fraturadas.
O nosso aquífero, o Guarani tem cerca de 220 mi de anos e é feito de arenito. O Basalto sobre ele (depositado durante o cretáceo) impede que a água se evapore e também que o aquífero se recarregue, mantendo suas águas confinadas.
Ou seja, todo e qq aquífero é resultado de chuvas ocorridas durante milhões de anos e não de 40 dias e noites.
No saara, a região erá há uns 10 mil anos uma planície verdejante, devido às chuvas ocasionadas pelo fim da última era glacial. Mas bastou uma pequena guinada no eixo da Terra, para ele virar um deserto. Hoje o saara é tão deserto quanto era a 13 mil anos, durante a era glacial.
É natural que estas chuvas tenham penetrado o solo e formado aquíferos longe da superfície. E, por análises de satélites, o Saara apresenta vastos canais de rios.
Portanto, não foi o dilúvio o responsável pelos aquíferos saarianos, mas sim um processo contínuo de seca e chuvas nessa região (veja o documentário da discovery science que fala sobre o Saara).
Pronto, eis o mistério da água, sem um cenário diluviano [SIC] em homenagem ao Michelson.
Como vê, André, td tem uma resposta plausível, sem necessidade de nos orientarmos para mitos como fontes de explicação, o que nos leva a fazer uma máreligião e uma má ciência, como fez o professor criacionista do post anterior.
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