As declarações geraram diversas reações de repúdio, especialmente por parte de grupos religiosos e ligados aos direitos infantis. “Dawkins parece pensar que, porque um crime foi cometido há muito tempo, devemos julgá-lo de maneira diferente. Mas sabemos que as vítimas de abuso sexual sofrem os mesmos efeitos, não importa se o crime foi cometido há 50 anos ou ontem”, declarou Peter Watt, diretor da Sociedade Nacional para a Prevenção da Crueldade contra Crianças.
Ateu declarado, Dawkins é vice-presidente da Associação Humanista Britânica. Em 2012, entrou em outra polêmica sobre pedofilia por dizer que, para uma criança, é pior ser criada em um ambiente de fé católica do que sofrer abuso de padre.
Fonte: Terra
Nota do blog Criacionismo: Embora Dawkins tente minimizar o abuso de que foi alvo, essas experiências fincam raízes na
memória e frequentemente afetam o relacionamento com as pessoas e com Deus. Principalmente se levarmos em conta que o abusador, no caso de Dawkins, foi um líder religioso, numa escola anglicana. Não sou psicólogo, mas imagino que essa experiência que ele procura desprezar tenha traído suas expectativas em relação a um referencial de pessoa religiosa. Com o tempo, inconscientemente, o biólogo acabou desenvolvendo aversão pela religião e, principalmente, por Deus. Ele odeia o religioso que abusou dele e traiu suas expectativas, mas transfere a raiva e a frustração para o Criador. Basta analisar um pouco as palavras exageradamente iradas com que Dawkins descreve Deus em livros como Deus, Um Delírio. O ódio que o inglês alimenta contra as religiões (especialmente a cristã) também é um tanto exagerado, o que revela se tratar de algo pessoal, que dói no íntimo dele. Um livro que ajuda a entender essas questões de transferência e da influência especialmente dos pais na visão que a pessoa desenvolverá com respeito a Deus é o ótimo Deus em Questão, de Armand Nicholi Jr. É uma pena que Dawkins tenha passado por isso e é uma pena que ele não consiga ver a relação de uma coisa com a outra. [MB]
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