O Escritor e teólogo, Aurélio Agostinho de Hipona, numa de suas Cartas, afirmou:
“É impossível que Deus odeie em nós o atributo pelo qual nos fez superiores aos demais seres vivos. Devemos, portanto, recusar-nos a crer de um modo que não receba ou não busque razão para nossa crença, uma vez que sequer poderíamos crer se não tivéssemos almas racionais”.
Pode-se citar diversas passagens das Escrituras em que Cristo, os apóstolos e os profetas do Velho Testamento instigam as pessoas a usarem sua inteligência e a razão (p. ex. Is. 1:18, Mt. 22:36,37; 1Pe. 3:15). Portanto, o fideísmo é também uma heresia. Infelizmente, é fácil perceber que muitos cristãos, na prática, preferem ser cientistas no trabalho e intuitivos na fé. E o desastre se vê quando começam as conversas sérias: versículos evocados fora de contexto, má compreensão de preceitos elementares, papo superficial. Logo se apela para os testemunhos ralos e cheios de clichês tirados das musiquinhas da moda gospel, e fica por isso mesmo. Presenciar a tudo isso é tortura chinesa.
Fé é o que a pessoa que escreveu esse artigo talvez tenha, mesmo que a nível do consciente não o assuma; a própria ciência é um sistema de crenças em que existem valores que se sobrepõem a outros valores ― sem uma crença qualquer, o conhecimento seria impossível. Portanto, a fé tem muito da Razão (preconceito positivo).
O fideísmo é outra coisa: é o convencimento de que a crença dos outros não tem nenhum valor, e de que somente uma crença sectária é valorizada sem discussão possível (preconceito negativo). Seja racional com razoabilidade, sempre!
(Leandro P. dos Santos)
Nota: Baseado neste argumento acima, o Dr. Rodrigo Silva deu uma das melhores respostas em defesa da fé racional em Jesus na TV nacional, em entrevista no Programa do Jô. Veja:
Nenhum comentário:
Postar um comentário