Segundo o professor Luiz Carlos Weinschütz, coordenador do Cenpáleo/UnC e da pesquisa, trata-se de uma nova espécie fóssil de réptil voador, encontrada no município Cruzeiro do Oeste, no noroeste do Paraná. Ele afirmou que o achado foi um dos raros registros mundiais de pterossauros no interior de continentes.
Conforme Weinschütz, "estes animais habitavam raras regiões úmidas entre dunas, como oásis, onde viviam e morriam no seu entorno. Esporadicamente chuvas tempestuosas assolavam o local e carregavam ossos para o fundo destes lagos de forma caótica, contribuindo para a desarticulação dos esqueletos, o que torna o trabalho de coleta e identificação um imenso quebra-cabeça".[Será que esse é o melhor cenário para explicar os fósseis?]
De acordo com os pesquisadores, a qualidade e quantidade de fósseis encontrados apontam para a existência de uma comunidade de pterossauros, fato que até então não estava claramente denotado em outro sítio fossilífero do planeta. Os estudos foram baseados em ossos pertencentes a cerca de 50 indivíduos, que representam desde animais juvenis até adultos.
O pesquisador Alexander Kellner, do Museu Nacional, afirma que "o tamanho desta nova espécie de réptil voador variava de 0,65 a 2,35 metros de envergadura alar [das asas], tinham hábitos gregários, eram desprovidos de dentes e possuíam um bico voltado para baixo com cristas, tanto na arcada superior como inferior e, possivelmente, eram frugívoros [se alimentavam de frutos e vegetais]".
Em julho de 2012, após o planejamento, começaram as escavações. Ao todo, foram coletadas mais de cinco toneladas de blocos de rochas. Para conseguir executar o projeto, a Universidade do Contestado fez convênios com a Prefeitura de Cruzeiro do Oeste e o Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para viabilizar a pesquisa no Cenpáleo/UnC, em Mafra.
Até então, eram conhecidas espécies apenas na Chapada do Araripe, no nordeste brasileiro, descobertas em 1971. Somente em 2011, com os trabalhos de pesquisa para a elaboração de um livro de fósseis da região Sul do país, o material foi redescoberto no Paraná. Os preparativos começaram no mesmo ano, com a descrição do perfil estratigráfico do sítio fossilífero.
Fonte: G1
Nota: A descoberta em si está de parabéns, a região do Arenito Caiuá, no Paraná, entra para o cenário de descobertas de fósseis de pterossauros. Mas devo ponderar algumas questões. O cenário imaginário que supostamente teriam vivido esses pterossauros é muito menos provável que o cenário mais abrangente apoiado pelas evidências, um dilúvio global. Isso porque, se ali foi um oásis no meio de um deserto, conforme sugere o pesquisador Weinschütz, as condições de fossilização são menos prováveis, uma vez que os animais mortos teriam que "esperar" para serem soterrados por uma tempestade esporádica e serem levados para o suposto lago, que dependeria de chuva, muita chuva no deserto que, obviamente, é algo demorado (apesar de acontecer). E como, então, acreditar que carniceiros e micróbios não tenham deteriorado os cadáveres de pterossauros? E como não foram encontrados outros tipos de animais fossilizados no leito do suposto lago, uma vez que tudo iria parar lá pela ação das "esporádicas chuvas tempestuosas"? Um outro cenário, o do dilúvio global, sugere que os animais morreram afogados em muita lama e tentaram se proteger se agrupando, muitas vezes, sendo encontrados fósseis agrupados e misturados hoje. A formação da própria rocha onde se formaram os fósseis, o Arenito Caiuá (formação rochosa), é uma evidência do dilúvio, e não da existência de um deserto na região, porque é resultado de sedimentação diferencial de grãos de areia e outros detritos provenientes da inundação global, sendo que formaram camadas do tipo plano-paralelas (sem sinais de erosão entre si). A datação também é algo duvidável, uma vez que a rocha é datada e os fósseis, indiretamente. Sabemos que o Dilúvio causou um caos sobre a superfície da Terra e as proporções entre os elementos químicos radioativos "pai" e "filho" sofreram alterações, de forma que as datações não passam de especulação. O presente não é a chave do passado, o princípio uniformitarista foi quebrado. Portanto, esses fósseis são decorrentes da maior catástrofe que já se abateu sobre a Terra, e não de mini dilúvios locais, pois tais mini dilúvios não poderiam soterrar rapidamente animais gigantes como os grandes dinossauros e animais aquáticos fossilizados nadando em cardumes e até mesmo se alimentando. O tempo para acontecer essa fossilização imaginada pelos evolucionistas não bate com o tempo de decomposição dos organismos e nem com outras condições específicas para haver uma fossilização. É um tudo ou nada. E haja oásis, desertos e mini dilúvios locais no mundo pra explicar todos os fósseis de animais e plantas, hein? Jazidas enormes de animais misturados com plantas, com outras espécies de animais... Somente uma catástrofe global para explicar isso coerentemente. [ALM]
3 comentários:
Confesso que fiquei muito surpreso e curioso sobre um comentário criacionista sobre o artigo científico a respeito da espetacular descoberto de pterossauros em arenitos do Cretáceo paranaense...
Respeito à opção de qualquer pessoa ter ou ter uma crença, mas usar "argumentos" sem o mínimo conhecimento científico e exposto com “convicção ilusória e fantasiosa”, tentando manipular e influenciar pessoas que não tiveram acesso a cultura científica séria, ou pior, pessoas psicologicamente frágeis, é um desserviço a população, chego a afirmar que é um ato de grande irresponsabilidade que mereceriam uma retratação judicial. Muito me espanta saber que o sr. é formado em geografia por uma Universidade tão conceituada como a UEM, e traz argumentos tão infundados e infantis que me soam como ofensa, pois este trabalho é fruto de muitos anos de pesquisas e envolvem vários cientistas sérios. E caso algum leitor seu tenha acesso a este comentário, que fique sabendo que a região de Cruzeiro do Oeste a 80 milhões de anos era sim um deserto, NUNCA ocorreu um dilúvio, que a vida evoluiu a partir de formas simples surgidas a Bilhões de anos e que a ciência se baseia em observações, experimentos, fatos e muito, mas muito trabalho e estudo. Mas obviamente para "alguns" é muito mais "fácil" falar "deus fez isto", "deus quer que você pague o dízimo"...
Olá, Dr. Luiz Carlos Weinschütz
Primeiro, volto a parabenizá-lo pela descoberta dos fósseis, como parte da equipe de pesquisa.
Segundo, eu não sou contra a ciência empírica. Sigo os dados aonde eles levarem. Obviamente, discordo da pesquisa no que tange ao cenário e à datação dos fósseis, uma vez que estudo isso há anos, pelas duas perspectivas (evolucionista e criacionista). Há vários artigos publicados aqui no blog que apoiam o que comentei sobre parte das conclusões de sua pesquisa.
Terceiro, gostaria da refutação ao que julgou "infantil" e "infundado" cientificamente. Só colocar sua autoridade como geólogo não resolve muito, uma vez que o embate criacionismo X evolucionismo é mais profundo e há cientistas sérios defendendo os dois lados. Posso citar alguns pra você. Pesquise o Lattes deles e seus trabalhos acadêmicos (creio que conheça o primeiro da lista, por ser formado na mesma instituição que o senhor:
Dr. Nahor Neves de Souza Jr. (Geólogo pela Unesp e doutorado pela USP). Lattes: http://lattes.cnpq.br/2628899736351944
Dr. Raul Esperante (Paleontologia)http://grisda.org/about-gri/home-office-staff/raul-esperante/
Dr. Mauro Natal (Geologia pela UFMG e Unesp) Lattes: http://lattes.cnpq.br/1526949630937730
Dr. Walter J. Veith (Zoologia) http://walterveith.com/
Dra. Marcia Oliveira de Paula (Biologia) Lattes: http://lattes.cnpq.br/4490638056627291
Dr. Marcos Eberlin (Química) Lattes: http://lattes.cnpq.br/9866858833240787
Esses e muitos outros são cientistas sérios e defendem o que escrevi sobre os fósseis serem evidências do Dilúvio, uma catástrofe global.
Estou aberto ao debate mas profundo, caso tenha tempo para isso, sobre a estratificação do tipo plano-paralela e cruzada das rochas sedimentares, sobre o processo de formação de fósseis e quanto à datação radiométrica, e outros pontos de discordância entre as duas cosmovisões citadas.
Perceba que não fui desrespeitoso em nenhum momento na nota da postagem e nem aqui no campo de comentários, como sempre faço com todos os comentaristas. Valorizo a ética e o respeito entre debatedores de ideias.
Também note que sua postagem foi aprovada no blog assim que cheguei em casa e vi, pois o blog é moderado graças a alguns ultra-darwinistas mal educados que vinham fazendo comentários desrespeitosos e insultos bastante grosseiros. Aí não restou outra opção senão a de moderar o blog. Sou totalmente a favor do livre debate, desde que seja com respeito, ainda que entre pessoas com ideias muito discordantes e polêmicas.
Quero dizer, por fim, que minha graduação em Geografia pela UEM foi uma das mais bem avaliadas pelos meus professores, o que está refletido em notas e no próprio testemunho de muitos deles. Escrevo isso apenas para dizer que é possível ser um criacionista e ser um bom acadêmico, ainda que eu não aceite tudo o que me foi apresentado, por não bater com muitas evidências científicas, como nesse caso em questão. A ciência é uma coisa, o naturalismo filosófico querendo posar de científico, é outra bem diferente.
Sei da minha condição frente à sua, que já possui doutorado, mas humildemente estou a disposição para uma conversa, baseada em evidências sólidas, como já fiz com meus professores da UEM, de forma lúcida e com respeito mútuo.
André Luiz Marques
Segue o link de um estudo apresentado pelo Dr. Nahor Neves de Souza Jr., que sintetiza o que defendemos. Refute os argumentos, por favor:
https://www.youtube.com/watch?v=SWi0KijuzUk
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