quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Dawkins comemora vitória sobre criacionistas

Cientistas e naturalistas, incluindo o professor Richard Dawkins e Sir David Attenborough, estão comemorando uma vitória sobre o movimento criacionista depois que o governo ratificou as medidas que vão impedir grupos antievolução de ensinar o criacionismo nas aulas de ciências. O Departamento de Educação revisou seu modelo de contrato de financiamento, permitindo que o secretário da Educação retire dinheiro de escolas que não cumpram critérios rigorosos relacionados com o que elas ensinam. Com o novo acordo, o financiamento será retirado de qualquer escola gratuita que ensine que o que eles alegam são “evidências baseadas em opiniões ou teorias” que vão “contra o que está estabelecido cientificamente e/ou evidências históricas e explicações” [leia-se: que vão contra a filosofia darwinista].

A British Humanist Association (BHA), que liderou uma campanha contra o criacionismo - o movimento que nega a evolução darwiniana [nega apenas a hipotética macroevolução] e afirma que a Terra e toda a vida foram criadas por Deus - descreveu o movimento como “altamente significativo” e previu que ele teria implicações para outros grupos religiosos que procuram atuar em escolas.

Dawkins, que foi um dos principais expoentes na campanha, deu boas-vindas à confirmação de que os criacionistas não receberão financiamento para atuar livremente nas escolas, se procurarem retratar suas opiniões como ciência. “Congratulo-me com todos os movimentos para garantir que o criacionismo não seja ensinado como fato nas escolas”, disse ele. “Leis governamentais como essa são extremamente bem-vindas, mas eles precisam ser devidamente aplicadas.” [...]

Vários grupos criacionistas têm manifestado interesse em abrir escolas nas vilas e cidades em toda a Inglaterra, incluindo Bedford, Barnsley, Sheffield e Nottingham. Críticos dizem que eles procuram promover o criacionismo, ou a doutrina do “design inteligente”, como uma teoria científica e não como um mito ou metáfora. [...]

O acordo de revisão do financiamento foi aproveitado por anticriacionistas que estão pressionando por concessões mais amplas do governo. “É claro que algumas escolas religiosas estão ignorando as leis e continuam a ensinar mito como se fosse ciência”, disse Dawkins. “A evolução é fato, apoiada pela evidência de uma série de disciplinas científicas, e prestamos um grande desserviço aos nossos jovens, se não formos capazes de ensiná-lo corretamente.”

Fonte: The Guardian

Nota do blog Criacionismo: A posição da Sociedade Criacionista Brasileira (e deste blogueiro filiado a ela) é a de que o criacionismo não seja ensinado nas aulas de ciência, já que o modelo criacionista lida com aspectos científicos e teológicos. No entanto, seria interessante que os alunos tivessem acesso às críticas ao darwinismo, oriundas de suas insuficiências epistêmicas. Seria bom que os alunos aprendessem a diferença entre macro e microevolução; que o darwinismo está “contaminado” pela filosofia naturalista e que esta não é científica, uma vez que não pode ser submetida ao método científico (naturalismo metodológico). Seria bom que, nas aulas de ciência, os alunos, a despeito de não aprenderem sobre criacionismo, pudessem aprender muitas outras coisas sobre ciência (método) e evolução (aspectos factuais e hipotéticos). Mas, lamentavelmente, eles são doutrinados no naturalismo, enquanto pensam que estão apenas aprendendo sobre ciência. O que está acontecendo na Inglaterra é mais uma Inquisição sem fogueiras. O ateu ultradarwinista Richard Dawkins abomina o Tribunal do Santo Ofício católico, mas tenho a impressão de que, se pudesse, mandaria os criacionistas para a fogueira, com aquele sorrisinho de canto de boca que lhe é peculiar. Já que não pode riscar o fósforo, ele ao menos estoura seus rojões em comemoração à truculência do Departamento de Educação britânico. Pelo menos assim poderão calar esses odiados criacionistas! Condenando-os ao silêncio (inclusive os defensores da Teoria do Design Inteligente, muitos dos quais nem criacionistas são), cessa o incômodo de ter que debater o assunto das origens e preserva-se à força a hegemonia acadêmica e midiática do darwinismo naturalista ateu (sim, porque, no fundo, é isso o que quer o autor de Deus, Um Delírio). O que os criacionistas farão com a evidência de design inteligente que lhes vêm da genética pós projeto genoma, cujas revelações converteram o próprio diretor desse projeto, o ex-ateu Francis Collins? O que farão com as observações advindas da estratigrafia, que lhes mostram imensas formações de estratos planos-paralelos (como os do Grand Canyon) que apontam para uma megainundação com grande deposição de sedimentos? O que farão com as evidências científicas de que as mutações geralmente são deletérias (veja-se o caso das drosophilas) e de que a microevolução não é capaz de promover o “surgimento” de novos planos corporais nem tampouco nova informação complexa e específica? Terão que dizer que tudo isso e muito mais não passa de mito. Por lei, os criacionistas não poderão dizer que o criacionismo é baseado em evidências! Bico calado! Que mundo é esse que Dawkins quer legar a seus descendentes? Um mundo em que os discordantes são calados à força da lei e em que a teoria darwinista permanecerá blindada das discussões que podem ameaçar seu viés filosófico. “Deus não existe e eu o odeio.” Esse é o verdadeiro slogan motivador das atitudes de Dawkins. Esse senhor precisa de terapia. Fósforos na mão dele são um perigo![MB]

Em tempo: No Brasil também há gente preocupada com o criacionismo (clique aqui para conferir). Ficaram de cabelo em pé com nosso tuitaço de sexta-feira, dia 14, o qual colocou a tag #criacionismo em primeiro lugar nos Trend Topics e a manteve lá por quase quatro horas. Infelizmente, muitos ainda acham que o criacionismo nasceu no coração de fundamentalistas norte-americanos que querem impô-lo à força por via política. Os primeiros nomes importantes do criacionismo norte-americano (é bom especificar, porque Adão e Eva já eram criacionistas), entre eles, adventistas como o biólogo Frank Marsh, nada tinham que ver com política. Os bem-informados sabem que a Igreja Adventista defende a separação entre Igreja e Estado. No Brasil, não foi diferente. O matemático adventista Orlando Ritter é tido como um dos primeiros defensores do criacionismo, no Brasil, a usar argumentos científicos. O fundador da Sociedade Criacionista Brasileira (com 40 anos de história), o ex-agnóstico Dr. Ruy Vieira, sempre foi professor universitário e nunca se valeu da política para defender a abertura para discussão dos modelos criacionista e evolucionista. Portanto, pessoal, não se pode julgar o todo pelas partes. Não devemos colocar todos os criacionistas debaixo do mesmo guarda-chuva. Assim como há darwinistas que discordam uns dos outros (isso era mais evidente especialmente nos tempos em que Stephen Gould e Dawkins se engalfinhavam por aí), nem todos os criacionistas aprovam os mesmos métodos de divulgação de suas ideias. Uma coisa é o criacionismo, outra são os criacionistas.[MB]

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Dr. Marcos Eberlin fala sobre design inteligente

Ótima entrevista concedida pelo Prof. Dr. Marcos Eberlin ao programa Academia em Debate, da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Eberlin é professor titular e pesquisador na Unicamp, muito conhecido na comunidade científica pelo seu trabalho na área de química.

Só faço a ressalva de que creio que não temos uma alma, mas somos uma alma vivente (Gênesis 2:7).[ALM]

domingo, 8 de janeiro de 2012

A bússola do cristão

Jesus é o centro da Bíblia, e a Bíblia é a "bússola" que nos orienta para permanecermos nos caminhos de Deus, rumo à Canaã Celestial. 

sábado, 7 de janeiro de 2012

Com a palavra, Pasteur

Louis Pasteur (1822-1895) - cientista francês inventor do processo de pasteurização e outras descobertas importantes para a humanidade.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Por que as escolas adventistas ensinam o criacionismo


O criacionismo é uma corrente de estudos interdisciplinares que procura explicar a origem da vida e do Universo, com semelhanças e diferenças em relação às teorias evolucionistas e ao design inteligente. A Rede Educacional Adventista ensina o criacionismo, baseando-se em argumentos científicos e lógicos, sem impor crenças religiosas nem omitir a versão evolucionista. Portanto, o ensino se encontra em harmonia com as prescrições do Ministério da Educação e Cultura.

1. O argumento criacionista é coerente com o que se observa nos fósseis encontrados na coluna geológica e diz que a criação deu origem a tipos básicos (“espécies”) de seres vivos e que eles “evoluíram” de forma mais ou menos limitada (diversificação de baixo nível ou “microevolução”). Os criacionistas não creem, no entanto, que todos os seres vivos descendem de um mesmo ancestral unicelular comum, pois é algo que, por experimentação e observação, não é possível ser demonstrado.

2. O criacionismo apresenta três evidências básicas da existência de um Criador: (1) o ajuste fino do Universo (teleologia), (2) a existência de estruturas irredutivelmente complexas nos seres vivos, que tinham de funcionar perfeitamente desde que foram criadas, ou não chegariam aos nossos dias, e (3) a informação complexa especificada existente no material genético, que só a inteligência obviamente pode originar.

3. Os criacionistas entendem que, embora alguns aspectos do evolucionismo sejam fundamentados e úteis para a compreensão de muitos fenômenos naturais, há lacunas nesse modo de pensar. Como toda teoria, há alguns pontos no evolucionismo que não são cientificamente sustentáveis e podem ser analisados e apresentados aos estudantes.

4. Atualmente, há vários cientistas criacionistas que fazem boa ciência e apresentam argumentação lógica e importante para ser transmitida. Destacam-se dois biólogos norte-americanos: Leonard Brand e Harold Coffin. Ambos têm artigos publicados nos mais prestigiados periódicos científicos, respectivamente, sobre baleias fossilizadas da Formação Pisco (Peru) e sobre as florestas petrificadas de Yellowstone (EUA). No Brasil, destaca-se o químico e professor da Unicamp, Dr. Marcos Eberlin, que dirige o Laboratório Thomson de Espectrometria de Massas, é membro da Academia Brasileira de Ciências e o terceiro cientista brasileiro mais citado em publicações científicas de renome.

5. O modelo da evolução apresenta lacunas e deve ser confrontado com outras formas de pensar. Por exemplo, o evolucionismo não consegue explicar a origem da vida por processos naturais a partir de matéria não viva. Também não consegue explicar a origem da informação genética de sistemas irredutivelmente complexos e nem o aumento de complexidade que teria acontecido nos organismos durante o processo evolutivo, ou seja, não consegue explicar a origem de novos órgãos, sistemas de órgãos e novos planos corporais que surgem sem formas ancestrais bem definidas.

6. O questionamento dos criacionistas é voltado para alguns pontos do darwinismo e não há nenhum incentivo nem direcionamento a se odiar Darwin – ou qualquer outro ser humano.

7. O ensino criacionista, dentro da Educação Adventista, vai ao encontro do que prevê a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. A Lei estabelece que os alunos devem criticar objetivamente as teorias científicas como elaborações humanas de representação aproximada da realidade, e que essas teorias estão sujeitas a revisões e até a descarte, e que o Ensino Médio tem, entre suas finalidades, a de capacitar o educando a continuar aprendendo, a ter autonomia intelectual e pensamento crítico.

8. Conforme escreveu a educadora Ellen White, “é a obra da verdadeira educação desenvolver essa faculdade, preparar os jovens para que sejam pensantes e não meros refletores do pensamento de outrem” (Educação, p. 17). Assim, as escolas adventistas entendem que o ensino do contraditório e o contraste de ideias promovem o pensamento crítico. Por isso, são expostos comparativamente nas aulas de ciências os modelos criacionista e evolucionista.

9. O criacionismo, embora tenha um componente religioso, pode ter suas premissas discutidas no contexto científico e ser considerado em sala de aula. Além disso, atualmente, mais do que em outra época, trata-se de um fenômeno cultural, com muitos defensores, mesmo em países cientificamente avançados como os Estados Unidos. Por isso, o criacionismo merece ser conhecido pelos alunos.

10. Os criadores do método científico, cientistas do quilate de Copérnico, Galileu e Newton, não viam contradição entre a ciência experimental e a religião bíblica. Portanto, os criacionistas de hoje se consideram em boa companhia.

A Educação Adventista tem ao redor do mundo 7.442 instituições, 80.883 professores e mais de 1,5 milhão de estudantes. No Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Chile, Peru e Equador, são 841 estabelecimentos de ensino (incluindo faculdades), 15.248 professores e 224.311 alunos. A Educação Adventista é reconhecida por sua preocupação em oferecer educação de forma integral, privilegiando não apenas o conhecimento técnico, mas o ensino de princípios morais e de uma vida saudável e feliz.

É por essas razões que a Rede Adventista proporciona aos estudantes todo o conhecimento necessário para seu desenvolvimento, o que inclui o entendimento tanto do modelo evolucionista, quanto do criacionista.

(Michelson Borges e Felipe Lemos)

Fonte: Criacionismo

domingo, 1 de janeiro de 2012

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