sexta-feira, 31 de julho de 2015

Usar o C-14 pode ficar difícil por causa da poluição

Quão confiável é o método?
As emissões de carbono não estão apenas alterando o clima - elas também podem prejudicar uma técnica bastante usada por cientistas. Estipular a idade de amostras por radiocarbono pode se tornar mais incerto: em algumas décadas, ela não conseguiria distinguir entre objetos modernos e artefatos que estavam na Terra há um milênio. A datação por radiocarbono é bastante conhecida por seu uso em paleontologia e arqueologia, usada em objetos com até 60.000 anos de idade, mas seu uso talvez precise ser revisado. De acordo com uma pesquisa publicada na Proceedings of the National Academies of Sciences, até 2050, humanos e animais podem ter a mesma idade de C-14 (ou radiocarbono) que seus antecessores de mil anos atrás.

Na atmosfera, raios cósmicos convertem nitrogênio-14 em carbono-14 em uma quantidade razoável. Plantas colhem parte desse C-14 durante a fotossíntese e, dessa forma, o elemento entra na cadeia alimentar. Mas o C-14 é um isótopo radioativo, ou seja, ele se decompõe naturalmente com o tempo, deixando para trás átomos de carbono estáveis. Comparar o número de átomos de carbono radioativo ajuda cientistas a determinar a idade de uma amostra.

Mas existe um problema: o combustível fóssil que humanos estão desenterrando e soltando na atmosfera é tão velho que ele tem pouco C-14 em sua composição. E a cada ano, esse carbono “C-14 morto” deixa a atmosfera cada vez mais “velha” - o que acaba fazendo tecidos orgânicos novos parecem mais velhos também.

Para descobrir se esse problema poderá agravar ainda mais a datação de radiocarbono, a física Heather Graven, da Imperial College de Londres, modelou quanto o C-14 atmosférico mudará no decorrer do século 21, examinando diversos cenários de emissão de combustível fóssil diferentes.

Caso a humanidade reduza agressivamente as emissões de carbono até 2020, Graven acredita que o C-14 atmosférico cairá até a concentrações pré-industriais e se manterá assim até o final do século (as concentrações de C-14 na atmosfera são atualmente maiores que as da época pré-industrial, devido a testes nucleares da Guerra Fria).

Mas caso as emissões de gás carbônico continuem a aumentar até a metade ou o final do século, o C-14 da atmosfera irá registrar níveis menores que o da era pré-industrial, o que significa que as formas vivas da Terra começarão a parecer muito mais velhas. Até o fim do século, tudo – das nossas colheitas aos nossos corpos – podem parecer mais velhos de acordo com análises de radiocarbono. Graven escreve:

“Dadas as tendências de emissões atuais, o “envelhecimento” artificial da atmosfera, causado pela emissão de combustível fóssil, deve ocorrer muito mais rápido e com uma magnitude maior do que esperávamos. Essa descoberta tem implicações fortes e ainda não conhecidas em muitas aplicações do radiocarbono em diversos campos, e implica que a datação de radiocarbono talvez não mais forneça a idade definitiva de amostras de até 2.000 anos de idade.

Isso deve criar alguns problemas para os arqueólogos: por exemplo, será mais difícil datar itens recentes descobertos de forma isolada, que não deem outras pistas de sua idade além do método carbono-14. E cientistas que usam essa técnica em níveis mais precisos, como para estudar o envelhecimento de células humanas, também podem ser afetados.

Isso também pode tornar mais difícil de rastrear a caça ilegal: descobrir se uma caixa cheia de presas foi arrancada de um elefante em algum momento dentro dos últimos 2.000 anos não é muito útil. Em um mundo com mais carbono na atmosfera, talvez seja melhor depender de outros métodos de datação.

Fonte: Gizmodo

Nota do blog Criacionismo: Se levarmos em conta a Revolução Industrial e o consequente aumento de carbono na atmosfera, todas as amostras datadas parecerão mais velhas do que são. E existem outros fatores que alteram esse e outros relógios radioativos. Quanto mais contaminada com carbono, mais antiga parecerá a amostra. Ou, então, se a taxa de decaimento do C-14 tiver sido acelerada ou se o C-14 tiver se esvaído por algum motivo da amostra, novamente ela terá aparência de antiga. [MB]

terça-feira, 28 de julho de 2015

'Nasa encontra planeta similar à Terra em potencial zona habitável'

Será mesmo que é semelhante à Terra?
Cientistas da Nasa divulgaram nesta quinta-feira (23) que descobriram um exoplaneta com características muito similares à Terra e que orbita uma estrela semelhante ao Sol.

O planeta Kepler-452b foi chamado pelos cientistas de "primo distante" da Terra. Ele é 60% maior e tem boa chance de ser rochoso, embora sua massa e composição ainda não tenham sido determinados.

Ele demora 385 dias para dar uma volta completa ao redor de sua estrela, chamada de Kepler-452, astro do sistema que está a 1.400 anos-luz de distância da Terra.

Essa estrela é um pouco mais velha que o Sol (tem "só" 1,5 bilhão de anos a mais), tem a mesma temperatura, é 20% mais brilhante e possui um diâmetro 10% maior.

Os achados desta quinta foram publicados no periódico "The Astronomical Journal". Com a descoberta, aumentou para 521 o total de exoplanetas descobertos pelo satélite Kepler.

'Condições necessárias para a vida' [Será?]

Em comunicado divulgado pela Nasa, Jon Jenkins, chefe do projeto do satélite Kepler, disse que a descoberta fornece uma oportunidade de entender e refletir sobre o ambiente em evolução da Terra.

"É inspirador considerar que esse planeta já vive há 6 bilhões de anos na área habitável dessa estrela, mais do que a Terra. Isso é uma oportunidade substancial para a vida surgir, devem existir todos os ingredientes e as condições necessárias para a vida existir neste planeta", afirmou o pesquisador. [Quanta fé, hein?]

Além desse achado, foram descritos ainda outros 11 candidatos à planeta que também estão em zona habitável.

A busca de planetas similares à Terra é uma das maiores aventuras na pesquisa espacial, e embora já tenham sido detectadas centenas de planetas do tamanho do nosso e outros menores, eles circulam em órbitas próximas demais de suas estrelas para que haja água líquida em sua superfície.

Comparação feita pela Nasa mostra o Sol e a Terra (à esquerda) e a estrela Kepler-452 com o planeta Kepler-452b (Foto: NASA/JPL-Caltech/T. Pyle)
Comparação entre o Sistema Kepler-452 e o Sistema Solar feita pela agência espacial americana, a Nasa (Foto: NASA/JPL-CalTech/R. Hurt)
Fonte: G1

Nota: Como professor de Geografia, cada vez mais estou convencido de que a vida só é possível pelo conjunto complexo de condições que exitem neste Planeta. Nada foi provado até então que haja vida em outro planeta. O máximo que pode-se fazer é especular, e é exatamente o que a Nasa, por meio de Jon Jenkins, faz no artigo acima. Vamos comparar a Terra com o Kepler 452b e analisarmos se é possível ter vida naquele planeta. Apenas 16 de inúmeras condições:

1. A Terra tem um campo magnético adequado para nos proteger dos ventos solares. este planeta tem? Não se sabe.

2. A Terra tem a atmosfera finamente ajustada para nos proteger dos raios nocivos à vida (que é sensível), para nos dar o oxigênio, a temperatura adequada etc. Este planeta tem? Não se sabe.

3. A Terra tem a água em seus três estados físicos fundamentais para que a vida tal como conhecemos possa se desenvolver. Este planeta tem? Não se sabe.

4. A Terra tem um outro "escudo" além do campo magnético a uma distância maior. Este planeta tem? Não se sabe.

5. A Terra tem a vida comprovada. Este planeta tem? Improvável devido a não se saber as condições acima e outras abaixo.

6. A Terra tem seu eixo inclinado 23º27' que, ao fazer a translação, gera as estações do ano, importantes para a vida na Terra para se renovar. Aquele planeta tem? Não e sabe.

7. A Terra tem a força gravitacional finamente ajustada para abrigar a vida. Não é muito forte como Júpiter e nem muito fraco como Mercúrio. Aquele planeta é assim? Ele é 60% maior que a Terra, portanto. Não!

8. A Terra tem a Lua que permite a formação de marés tamão importantes para a reprodução da vida marinha principalmente. Aquele planeta tem? Não se sabe.

9. A Lua está a uma distância ideal (nem muito perto e nem mito longe da Terra) para não gerar tsunamis quando muito perto e nem ficar sem formar marés quando muito longe. Aquele planeta tem um satélite assim? Não se sabe.

10. A Terra tem o equilíbrio certo entre a energia solar que entra e a que sai. Aquele planeta tem isso? Não se sabe.

11. A Terra tem seus "leões de chácara" (Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno e Plutão) que ajudam a nos proteger de meteoros, principalmente os planetas gigantes por atraírem meteoros pelo seu campo gravitacional. Aquele planeta tem esses escudos? Não se sabe.

12. A Terra tem os elementos químicos essenciais para a manutenção da vida. Aquele planeta tem isso? Não se sabe.

13. A Terra tem a concentração certa de carbono na atmosfera. Aquele planeta tem? Não se sabe. Planetas do nosso Sistema Solar não tem as proporções ideias para ter vida.

14. A Terra tem uma infinidade de outras condições finamente ajustadas para abrigar a vida, tal como um bercinho de criança serve pra abrigar um bebê confortavelmente. Mas todos os planetas ditos "primos" da Terra não tem todos eles. Se faltar uma só dessas condições, impossível haver vida. entendeu?

15. A Terra tem sua velocidade de rotação finamente ajustada para que a vida não torre queimada pelo Sol se fosse mais de vagar e nem morra congelada se fosse mais rápido.

16. A Terra está numa posição ideal na nossa galáxia para abrigar a vida, frágil como ela é, estando na "ponta" para o meio da galáxia. Isso é importante senão nós morreríamos se fosse muito perto do centro da galáxia e se fosse muito longe do centro, devido à radiação muito forte ou frio muito intenso.

Dessa forma, as evidências indissociáveis que a Terra tem pra abrigar a vida faz com que isso seja uma forte evidência para que a Terra e todo o Universo seja obra de um Deus Criador, o qual se revelou a nós na Bíblia e na própria natureza.

"Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis;" (Romanos 1:20) [Prof. André Luiz Marques]

sexta-feira, 24 de julho de 2015

A serpente do Éden tinha patas (e a ciência confirma)

Achado surpreendente (e bíblico!)
A revista Science desta quinta feira publicou um artigo sobre o fóssil de uma serpente de quatro patas (confira aqui), o que chamou a atenção de muita gente, especialmente dos que conhecem bem o relato bíblico da criação e da queda do ser humano. O fóssil, encontrado na Formação Crato, na Bacia do Araripe, interior do Ceará, está circundado por fezes de peixes igualmente fossilizadas, o que sugere que o animal morreu soterrado por água e lama. Segundo os pesquisadores, essa cobra de quatro patas vivia no supercontinente Gondwana, integrante da parte sul da Pangea. É bom lembrar que o livro do Gênesis descreve a serpente como um ser que, depois do pecado, passou a rastejar. Portanto, antes disso, ela se locomovia de outra forma. Não seria esse fóssil um remanescente daqueles seres primordiais quadrúpedes que teria sido preservado sob uma grande inundação? Infelizmente, muitos cientistas ainda consideram a história bíblica um mito. No artigo abaixo, o colaborador Everton Alves detalha o assunto [MB]:

A teoria da evolução explica que as cobras evoluíram dos lagartos. Ao longo de milhões de anos, elas teriam perdido as patas porque estas começaram a crescer de forma mais lenta ou por um período de tempo mais curto.[1] Segundo os evolucionistas, ambos, cobras e lagartos, caminhavam em terra e nadavam no oceano (origem marinha).

As patas teriam se tornado cada vez menos úteis à medida que a cobra ia evoluindo. Para fazer essa afirmação, pesquisadores analisaram o fóssil de uma cobra designada Eupodophis descouensi.[1] Esse réptil pré-histórico teria vivido durante o período Cretáceo (correspondente ao período bíblico diluviano), no lugar que hoje é conhecido como Líbano.

Mas ainda não há consenso. Muitas questões ainda deixam os pesquisadores confusos: Por que as cobras atuais não têm patas? Em que fase da evolução elas teriam perdido os membros? Alguns pesquisadores afirmaram que as cobras nunca perderam seus membros. Ao invés disso, teriam sido os mamíferos e as aves que ganharam os membros de forma independente.[2]

Em 2015, a descoberta do primeiro fóssil de uma cobra com quatro patas (origem terrestre) já encontrada está forçando os cientistas a repensar a forma como as cobras teriam evoluído de lagartos.[3] O fóssil de Tetrapodophis amplectus, nome científico da cobra, foi encontrado décadas atrás no Nordeste do Brasil, mas demorou bastante tempo até que os cientistas descobrissem as patas – até porque o material estava em uma coleção particular. O fóssil foi datado da época do Cretáceo inferior (aptiano), de supostos 113-125 milhões de anos atrás (correspondente ao período bíblico diluviano).

Embora os pesquisadores já o estejam considerando um elo de transição entre cobras e lagartos, existe outra hipótese que sequer foi levantada. A Bíblia menciona que no Jardim do Éden havia uma cobra com origem terrestre que possuía patas (ou asas) e esta persuadiu Eva a comer do fruto proibido. Diante do que a cobra (na verdade um médium utilizado pelo anjo caído) havia feito, Deus a amaldiçoou, conforme mencionado em Gênesis 3:14: “Por causa do que você fez você será castigada. Entre todos os animais só você receberá esta maldição: de hoje em diante você vai andar se arrastando pelo chão e vai comer o pó da terra.”

A Bíblia não fornece detalhes sobre a quantidade de espécies de cobras que tinham patas nem o tempo que levou para que elas perdessem as patas e passassem a rastejar. Todavia, os achados podem, sim, estar relacionados à descoberta de espécies primitivas de cobras que possuíam patas e que perfaziam a fauna original da criação.

(Everton Fernando Alves é enfermeiro e mestre em Ciências da Saúde pela UEM; seu e-book pode ser lido aqui)

Lido em: Criacionismo

Referências:

[1] Houssaye A, Xu F, Helfen L, Buffrénil V, Baumbach T, Tafforeau P. “Three-dimensional pelvis and limb anatomy of the Cenomanian hind-limbed snakeEupodophis descouensi (Squamata, Ophidia) revealed by synchrotron-radiation computed laminography.” Journal of Vertebrate Paleontology 2011; 31(1):2-7.
http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/02724634.2011.539650#.VbFn2qRVj2N


[2] Head JJ, Polly PD. “Evolution of the snake body form reveals homoplasy in amniote Hox gene function.” Nature. 2015; 520(7545):86-9.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25539083

[3] Martill DM, Tischlinger H, Longrich NR. “A four-legged snake from the Early Cretaceous of Gondwana”. Science. 2015; 349(6246):416-9.
http://www.sciencemag.org/content/349/6246/416

segunda-feira, 20 de julho de 2015

UEM abre espaço para discutir as origens

A universidade cumprindo o seu papel
As últimas décadas têm testemunhado repetidos debates midiáticos sobre a controvérsia da origem da vida, particularmente na América do Norte. É o caso do famoso julgamento de Dover, que tratou da decisão de uma escola da Pensilvânia de ensinar a Teoria do Design Inteligente como alternativa à Teoria da Evolução, em 2005. O debate a respeito da origem da vida no Brasil não é recente. Todavia, no final do último ano o assunto ganhou repercussão destacável da mídia por causa da realização do 1º Congresso Brasileiro do Design Inteligente, em Campinas, que contou com um comitê científico de mais de 300 pesquisadores. Entendemos, portanto, que existe uma discussão instalada no meio acadêmico sobre a origem da vida, mas não encontramos nesse meio um espaço adequado para a apresentação e o confronto das ideias concorrentes. Em face dessa necessidade, a Comissão Organizadora, composta por alunos e professores da UEM, decidiu criar um evento para que a comunidade acadêmica e externa pudesse analisar as teorias concorrentes de uma forma sistemática.

O curso de extensão “Diferentes Olhares sobre a Origem da Vida” é uma iniciativa que busca tornar a informação acessível em uma base sistemática e fornecer um espaço para a discussão aberta e livre da questão. Contaremos com a participação de ministrantes que apresentarão as três grandes vertentes para a questão da origem da vida: a Teoria do Design Inteligente, a Teoria da Evolução e o Criacionismo. Cada uma dessas vertentes será apresentada por um cientista que a represente como adepto. Em outras palavras, a Teoria da Evolução será apresentada por um cientista evolucionista, a Teoria do Design Inteligente será apresentada por um cientista teórico do design inteligente e o Criacionismo será apresentado por um cientista criacionista. (Confira a programação aqui.)

O evento não terá como objetivo defender ou apresentar qualquer uma das três vertentes em preferência às demais. Nosso objetivo é conceder espaços e condições iguais para que os participantes possam adquirir uma visão crítica a respeito de cada vertente e formar suas próprias opiniões. O evento é aberto a toda a comunidade acadêmica e externa.

Esperamos por você!

A Comissão Organizadora (UEM)

Nota do blog Criacionismo: A Universidade Estadual de Maringá está simplesmente de parabéns pela iniciativa. Com isso, ela prova que é realmente democrática e privilegia o pensamento plural e a análise de ideias, sem patrulhamentos. Que a iniciativa sirva de exemplo para outras instituições. [MB]

terça-feira, 14 de julho de 2015

Paleobiologia e o enigma das descobertas de tecidos moles

Eles não deviam estar lá
A Paleobiologia é um campo científico que se dedica ao estudo dos organismos fósseis sob a ótica da Biologia e utiliza conceitos e ferramentas dessa ciência para esclarecer aspectos fundamentais sobre a história e os processos evolutivos dos organismos.[1] Nas últimas décadas, paleobiólogos têm descoberto tecidos moles -embora os evolucionistas prefiram o termo “tecido não resistente” − no interior dos ossos de dinossauros fossilizados.[2] Eles parecem tão frescos a ponto de sugerir que os corpos foram enterrados apenas alguns milhares de anos atrás.

Em 2005, um estudo norte-americano liderado pela Dra. Mary Schweitzer (confira) desafiou as evidências de uma cronologia que coloca em 65 milhões anos a época da extinção dos dinossauros. Os autores resolveram quebrar um precioso fóssil - um fêmur de Tiranossauro rex −, ainda que com certa relutância, para estudá-lo por dentro e procurar tecidos moles preservados. Para tanto, eles usaram alguns ossos isolados de um espécime procedente da Formação Hell Creek, em Montana (Estados Unidos), e obtiveram certo sucesso.[3] Os autores descobriram filamentos flexíveis e transparentes que se assemelham a vasos sanguíneos (mantêm elasticidade, são transparentes e ocos).

Dentro desses supostos vasos sanguíneos havia vestígios do que pareciam ser hemácias; e outros que pareciam osteócitos - células que constroem e mantêm o osso. Para os autores, o processo que preservou essas estruturas é diferente da fossilização comum; um meio desconhecido de preservação que ainda faz os pesquisadores pensarem duas vezes antes de dar um palpite a respeito. Embora o material estivesse preservado (confirmado pela elasticidade), unicamente as proteínas não poderiam ser utilizadas para dar detalhes do DNA do animal.[3] Os autores forneceram apenas uma vaga explicação de fatores geoquímicos e ambientais que poderiam ter preservado os tecidos, mas acrescentaram que a causa ainda é indeterminada.

Como era de se esperar, o anúncio de Schweitzer foi recebido com grande ceticismo por parte da comunidade evolucionista. Schweitzer, inclusive, teve problemas para publicar seus resultados. “Tive um revisor que me disse que ele não se importava com o que diziam os dados”, disse a pesquisadora. “Ele sabia que o que eu tinha encontrado não era possível. Eu escrevi de volta e disse: ‘Bem, quais dados convenceriam você?’ E ele disse: ‘Nenhum’.”[4: p. 37].

A melhor maneira de os evolucionistas descartarem essa forte evidência contra o cenário darwinista era alegar contaminação ou algo do gênero. Foi então que Jeffrey Bada, um geoquímico orgânico do Instituto Scripps de Oceanografia, em San Diego, disse: “Não posso imaginar tecido mole sobrevivendo por milhões de anos.”[5] Ele acrescentou que o material celular encontrado deveria ser a “contaminação de fontes externas”. Em 2008, um estudo publicado na revista PLoS One interpretou os restos de tecidos moles vasculares (túbulos ramificados e os glóbulos) nos fósseis de T. rex como sendo produtos de biofilmes bacterianos.[6] Mas, mesmo que os vasos sanguíneos fossem produtos do biofilme, este dificilmente poderia ter explicado a presença de proteínas e DNA.[7]

Schweitzer, entretanto, buscou levantar objeções contra a interpretação de biofilmes e, em estudos posteriores, acrescentou outros argumentos e mostrou linhas de evidência complementares para corroborar a interpretação de que os restos eram, sim, tecidos biológicos de dinossauros. Foi então que, em 2009, Schweitzer e colaboradores identificaram sinais de vasos sanguíneos e colágeno por meio de uma análise feita em um fêmur de Hadrosaur B. canadenses (Hadrossauro), o dinossauro bico-de-pato, um fóssil de 80 milhões de anos, encontrado na formação do rio Judith, sítio paleontológico no estado de Montana.[8]

Em vez de escavar o fóssil no local, os cientistas removeram a peça juntamente com a camada de arenito que a envolvia. O bloco foi selado e transportado para o laboratório a fim de evitar contaminação e degradação do material - para evitar novamente as críticas sobre contaminação.[8] Os pesquisadores, então, usaram análises independentes e distintas como microscopia de tunelamento de elétrons para examinar a aparência e a estrutura dos tecidos, e espectrometria de massa e testes de ligação de anticorpos para identificar proteínas. Os resultados mostraram evidências de colágeno, bem como de laminina e elastina, duas proteínas encontradas em vasos sanguíneos.

Em 2013, Schweitzer e colaboradores testaram uma hipótese anterior de que o ferro poderia desempenhar um papel na preservação de tecidos antigos dentro de fósseis de dinossauros.[9, 10] Os resultados sugeriram que a presença de hemoglobina − a molécula que contém ferro que transporta o oxigênio nas células vermelhas do sangue - pode ser a chave para preservar tecidos antigos dentro de fósseis de dinossauros, mas também pode escondê-los da detecção. Ao morrer, as células liberariam ferro nos tecidos que desencadearia a formação de radicais livres (antioxidante), funcionando como o formaldeído na preservação de tecidos e proteínas.

No entanto, a experiência realizada em laboratório é pouco representativa em comparação com o mundo real.[11] Eles mergulharam um grupo de vasos sanguíneos em líquido rico em ferro feito de células vermelhas do sangue, isto é, hemoglobina pura; e outro grupo foi mergulhado em água. Eles afirmaram que o grupo que permaneceu na água ficou irreconhecível dentro de dias, e o outro grupo em hemoglobina pura ficou reconhecível durante dois anos. Será que se a hemoglobina fosse diluída ela agiria da mesma forma? E a sugestão de que os vasos sanguíneos ficaram “reconhecíveis” por dois anos de alguma forma demonstra que eles poderiam durar 35 milhões de vezes mais?

Em 2012, uma equipe de pesquisadores do grupo Paleocronologia fez uma apresentação no período de 13 a 17 de agosto em uma reunião anual de Geofísica do Pacífico Ocidental, em Cingapura, idealizada pela conferência da União Americana de Geofísica (AGU) e pela Sociedade de Geociências da Oceania Asiática (AOGS).[12] Os autores descobriram uma razão para a sobrevivência intrigante dos tecidos moles e colágeno em ossos de dinossauros. Segundo eles, os ossos são mais jovens do que tem sido relatado. Para tanto, eles utilizaram o método de datação por radiocarbono (carbono-14) em múltiplas amostras de ossos de oito dinossauros encontrados no Texas, Alasca, Colorado e Montana. E, pasme! Eles reportaram a presença do carbono-14 (que decai rapidamente) nos ossos, revelando que eles tinham apenas entre 22.000 a 39.000 anos de idade.

Como era de se esperar, embora o trabalho tivesse sido aceito, os cientistas foram censurados e o resumo foi removido do site da conferência por dois presidentes, porque não podiam aceitar as conclusões. Quando os autores questionaram, eles receberam uma carta. Mas qual seria o motivo para isso? O pressuposto dos presidentes era o de que o carbono-14 não poderia estar presente em tais fósseis “velhos”. Negativas como essa têm impedido a realização de testes com a datação por carbono e prejudicado o progresso da ciência. Isso porque os evolucionistas sabem que, se uma análise fosse feita utilizando esse método de datação, seria altamente provável que mostraria uma “idade de radiocarbono” de milhares de anos, e não a de “milhões de anos”, como a da previsão evolutiva.

Em 2013, um estudo experimental realizado nos Estados Unidos por um cientista da microscopia, criacionista, encontrou tecidos fibrilares moles obtidos da região supraorbital de um chifre de Triceratops horridus (Tricerátopo) coletados na Formação Hell Creek, em Montana, EUA.[13] O tecido mole estava presente no osso pré e pós-descalcificado. Foram retiradas amostras da matriz óssea lamelar onde foram encontradas microestruturas parecidas com osteócitos. Os osteócitos são células derivadas dos osteoblastos que se diferenciam e preenchem a estrutura lamelar, compreendendo diversas funções histológicas, como, por exemplo, remodelação do esqueleto ou mesmo crescimento ósseo. Os autores notaram que alguns osteócitos apresentavam extensões filipodiais e, segundo eles, não havia nenhuma evidência de permineralização ou cristalização. Mas o que isso significa? Isso quer dizer que o material ósseo conservou proteínas ativas e, inesperadamente, DNA (que se degrada rapidamente). Ou seja, ele não foi degradado nem passou por processo de fossilização. Teoricamente, o material continua ileso, íntegro, desde a morte do dinossauro.

Após a publicação do artigo sobre a descoberta de tecidos moles, Mark Armitage foi demitido da Universidade Estadual da Califórnia por inferir que tais estruturas, talvez, tivessem milhares de anos em vez dos supostos milhões de anos.[14] Armitage, é claro, está processando a Universidade por ter sido despedido sem uma justa causa. O caso legal em torno da demissão de Armitage abre muitas questões importantes sobre a liberdade acadêmica. Na verdade, numerosos exemplos de supressão da “liberdade acadêmica” podem ser citados em que os cientistas têm sido discriminados por apresentar pontos de vista conflitantes com as perspectivas tradicionais.

Em 2015, foram encontradas fibras e estruturas celulares preservadas em espécimes de dinossauro de supostos 75 milhões de anos.[15] Os pesquisadores examinaram amostras de oito ossos de dinossauros do Cretáceo. Eles encontraram material consistente com as estruturas de fibra de colágeno endógeno e fragmentos de aminoácidos típicos de fibrilas de colágeno. Também observaram estruturas compatíveis com eritrócitos com espectros semelhantes ao do sangue total. Para a equipe, mesmo sem DNA, as células dos tecidos moles e as moléculas poderiam ensinar muito mais sobre a fisiologia e o comportamento dos dinossauros. Por exemplo, o tamanho das células do sangue pode revelar insights sobre o metabolismo e a suposta transição do sangue frio para o sangue quente. Exames tridimensionais das células do sangue revelaram que elas possuem núcleo, o que significa que as células do sangue humano não podem ter contaminado a amostra, porque não possuem núcleo.

Em 2015, pesquisadores norte-americanos publicaram os resultados de seu projeto iDINO (investigation of Dinosaur Intact Natural Osteo-tissue), cujo objetivo é a investigação da permanência de tecidos moles em ossos de dinossauros.[16] Os autores encontraram quantidades mensuráveis de carbono-14 em 16 amostras a partir de 14 espécimes fósseis de peixes, madeira, plantas e animais de toda a coluna geológica, Mioceno a Permiano, de todas as três eras: Cenozoica, Mesozoica e Paleozoica. As amostras vieram do Canadá, Alemanha e Austrália. Cerca de metade eram de ossos de dinossauros (sete espécimes). Todas as amostras foram preparadas por processos padrão para eliminar a contaminação e, em seguida, foram submetidas a um laboratório para espectrometria de massa atômica. As idades variaram entre 17.850 a 49.470 anos de radiocarbono.

Como pode ser visto, parece que está cada vez mais difícil defender o dogma de que os dinossauros viveram há milhões de anos na escala geológica, pois se há tecido mole em fósseis de dinossauros e até mesmo células sanguíneas e DNA, eles não podem ter morrido há tanto tempo, ainda que suposições sobre influências do ambiente e do ferro na preservação das biomoléculas tenham sido levantadas. Fato é que evidências científicas indicam que biomoléculas em restos fósseis não sobrevivem por até 80 milhões de anos, como algumas pesquisas apontam. Há evidências de que a degradação de biomoléculas ocorre depois da morte em um tempo entre semanas a décadas, com alguns fragmentos moleculares resistentes que poderiam sobreviver até no máximo 100 mil anos.[9, 17] Outra pesquisa sugeriu que o colágeno não deveria aguentar num organismo fóssil por mais de 2,7 milhões de anos, na melhor das hipóteses.[18]

Além disso, é curioso observar as tentativas de evolucionistas em relacionar muitas dessas descobertas com uma suposta contaminação, e também o modo como eles agem para abafar as descobertas ou métodos conflitantes com suas hipóteses de “milhões de anos”. Um pesquisador que segue apenas as evidências deve-se perguntar: Por quê? O público tem o direito de conhecer a cronologia real dos dinossauros e a verdade sobre a história da Terra.

(Everton Fernando Alves é enfermeiro e mestre em Ciências da Saúde pela UEM; seu e-book pode ser lido aqui)

Lido em: Criacionismo

Referências:

[1] Soares LPCM, Kerber BB, Osés GL, Oliveira AM, Pacheco MLAF. “Paleobiologia e Evolução: o potencial do registro fossilífero brasileiro.” Revista Espinhaço 2013; 2(1): 24-40.
[2] Morell V. “Dino DNA: the hunt and the hype.” Science. 1993; 261(5118):160-2.
[3] Schweitzer MH, Wittmeyer JL, Horner JR, Toporski JK. “Soft-Tissue Vessels and Cellular Preservation in Tyrannosaurus rex.” Science. 2005; 307(5717):1952-5.
[4] Yeoman B. “Schweitzer’s Dangerous Discovery.” Discover Magazine 2006; 27(4):37-41. Disponível em: http://discovermagazine.com/2006/apr/dinosaur-dna ou
https://web.archive.org/web/20121020174529/http://discovermagazine.com/2006/apr/dinosaur-dna
[5] Entrevista concedida por Jeffrey Bada. In: Yeoman B. “Schweitzer’s Dangerous Discovery.” Discover Magazine 2006; 27(4):37-41. Disponível em:http://discovermagazine.com/2006/apr/dinosaur-dna
[6] Kaye TG, Gaugler G, Sawlowicz Z. “Dinosaurian soft tissues interpreted as bacterial biofilms.” PLoS One. 2008; 3(7):e2808.
[7] Wieland C. “More confirmation for dinosaur soft tissue and protein.” Journal of Creation 2009; 23(3):10–11. Disponível em:http://creation.com/images/pdfs/tj/j23_3/j23_3_10-11.pdf
[8] Schweitzer MH, Zheng W, Organ CL, Avci R, Suo Z, Freimark LM, Lebleu VS, Duncan MB, Vander Heiden MG, Neveu JM, Lane WS, Cottrell JS, Horner JR,Cantley LC, Kalluri R, Asara JM. “Biomolecular Characterization and Protein Sequences of the Campanian Hadrosaur B. Canadensis.” Science. 2009; 324(5927):626-31.
[9] Schweitzer MH, Wittmeyer JL. “Dinosaurian soft tissue taphonomy and implications.” In: AAAS Annual meeting, Abstracts with Programs, St. Louis, Missouri, USA, 16-20 de Fevereiro de 2006.
[10] Schweitzer MH, Zheng W, Cleland TP, Goodwin MB, Boatman E, Theil E, Marcus MA, Fakra SC. “A role for iron and oxygen chemistry in preserving soft tissues, cells and molecules from deep time.” Proc Biol Sci. 2013; 281(1775):20132741.
[11] Smith C. “Dinosaur soft tissue.” [Jan. 2014]. Creation, 2014. Disponível em:http://creation.com/dinosaur-soft-tissue
[12] Miller H, Owen H, Bennett R, De Pontcharra J, Giertych M, Taylor J, Van Oosterwych MC, Kline O, Wilder D, Dunkel B. “A comparison of δ13C & pMC Values for Ten Cretaceous-jurassic Dinosaur Bones from Texas to Alaska, USA, China and Europe.” In: AOGS 9th Annual General Meeting. 13 to 17 Aug 2012, Singapore. Disponível em: http://4.static.img-dpreview.com/files/p/E~forums/50713079/dfdc0a3fdc564435bb159bce43a40d77
Uu dados complementares: http://2.static.img-dpreview.com/files/p/E~forums/50713079/2dadd8b7e62d4940b3099d0d3c56e650
Vídeo no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=QbdH3l1UjPQ
Carta: http://newgeology.us/presentation48.html
[13] Armitage MH, Anderson KL. “Soft sheets of fibrillar bone from a fossil of the supraorbital horn of the dinosaur Triceratops horridus”. Acta Histochem. 2013; 115(6):603-8.
[14] CBS Los Angeles. “Lawsuit: CSUN Scientist Fired After Soft Tissue Found On Dinosaur Fossil.” [Jul. 2014]. CBS Los Angeles, 2014. Disponível em:http://losangeles.cbslocal.com/2014/07/24/scientist-alleges-csun-fired-him-for-discovery-of-soft-tissue-on-dinosaur-fossil/
[15] Bertazzo S, Maidment SC, Kallepitis C, Fearn S, Stevens MM, Xie HN. “Fibres and cellular structures preserved in 75-million–year-old dinosaur specimens.” Nat Commun. 2015; 6:7352.
[16] Thomas B, Nelson V. “Radiocarbon in Dinosaur and Other Fossils.” Creation Research Society Quarterly 2015; 51(4):299-311.https://creationresearch.org/index.php/extensions/crs-quarterly/s5-frontpage-display/item/117
[17] Entrevista concedida por Mary Schweitzer. “Protein links T. rex to chickens.” [Abr. 2007]. Entrevistador: Paul Rincon. BBC News, 2007. Disponível em:http://news.bbc.co.uk/2/hi/6548719.stm
[18] Nielsen-Marsh C. “Biomolecules infossil remains: Multidisciplinary approach to endurance.” The Biochemist 2002; 24(3):12-14.

Programa Origens: Projetada para a vida (2)

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Escama de cobra reduz atrito mecânico em 40%

A superfície inspirada nas escamas das cobras reduziu
o atrito entre dois materiais em inacreditáveis 40%.
[Imagem: Greiner/Schafer -
10.1088/1748-3190/10/4/044001]
Liso como cobra

A luta contra o atrito vem sendo enfrentada com superfícies cada vez mais lisas, eventualmente recobrindo o aço com diamante.

Mas uma superfície inspirada nas escamas das cobras reduziu o atrito entre dois materiais em quase inacreditáveis 40%.

A expectativa é que superfícies nanoestruturadas desse tipo possam otimizar equipamentos de todos os tipos, de motores de automóveis a equipamentos industriais e turbinas de aviões.

Christian Greiner e Michael Schafer, do Instituto de Tecnologia Karlsruhe, na Alemanha, voltaram sua atenção para as cobras porque elas são ótimas em escorregar por todo tipo de superfície e sua pele não se desgasta facilmente - tudo indica que elas só troquem de pele para crescer.

Mas os dois pesquisadores ficaram espantados quando testaram em laboratório as superfícies com texturas imitando as escamas dos animais.

"Se conseguíssemos uma redução de apenas 1% na fricção, nossos colegas engenheiros ficariam maravilhados; 40% é realmente um salto adiante e todos estão muito entusiasmados," disse Greiner.

Superfície antiatrito

A nova superfície antiatrito, contudo, não funciona bem em ambientes onde haja óleo ou outros lubrificantes. Na verdade, o efeito da pele de cobra, quando na presença de um lubrificante, cria três vezes mais atrito do que uma superfície lisa.

"Isto não é exatamente uma grande surpresa, já que nós estamos buscando inspiração na natureza e as espécies que imitamos vivem em ambientes secos e não secretam óleos ou outros líquidos em sua pele," disse Greiner.

Mas, como são muito mais eficientes do que as superfícies lisas, espera-se que as superfícies nanoestruturadas possam substituir os equipamentos lubrificados em um sem-número de aplicações.
Bibliografia:

Bio-inspired scale-like surface textures and their tribological properties
Christian Greiner, Michael Schafer
Bioinspiration & Biomimetics
Vol.: 10 044001
DOI: 10.1088/1748-3190/10/4/044001



Nota: Mero acaso ou design inteligente expresso nas escamas das cobras (e em tudo nelas)? Se copiamos a natureza pela sua eficiência e perfeição, por que atribuímos à evolução a sua origem, em vez de atribuir a um Ser inteligentíssimo que projetou cada ser vivo? [ALM]

XVIII Seminário "A Filosofia das Origens"

Clique sobre a imagem para ampliá-la
A Sociedade Criacionista Brasileira estará abrindo dentro de mais alguns dias as inscrições para mais um Seminário Filosofia das Origens, em Belo Horizonte, de 2 a 4 de outubro. Divulgue junto aos seus amigos e interessados. Acompanhe pelo nosso site www.scb.org.br ouwww.filosofiadasorigens.org.br

terça-feira, 7 de julho de 2015

Igreja Adventista já é a quinta maior comunidade cristã do mundo

Não foi só em termos econômicos que alguns países emergentes do Hemisfério Sul passaram a exercer maior protagonismo no cenário mundial nos últimos anos. O chamado Sul Global também assumiu um papel de destaque no contexto da Igreja Adventista pelo fato de concentrar a maior parte dos membros da denominação. Atualmente, 92% dos 18,5 milhões de adventistas vivem nessa parte do globo. Em 1960, o quadro era praticamente o oposto. Para se ter uma ideia, hoje a África reúne 38% do total de adventistas e a América Latinha, 32%. Os dados que mostram essa inversão histórica fizeram parte do relatório apresentado pelo secretário-executivo da sede mundial da organização, G. T. Ng, nesta sexta-feira, 3, durante a assembleia mundial que acontece em San Antonio, Texas (EUA).

T. Ng, que foi reeleito para continuar na função por mais cinco anos, apresentou estatísticas que mostram um avanço significativo da igreja no número de batismos. Hoje, de acordo com o secretário-executivo, a Igreja Adventista é a quinta maior comunidade cristã do mundo se for levada em conta a sua unidade mundial e o fato de que outras denominações, embora com maior número de membros, não possuem abrangência global ou são fragmentadas.

No ano passado, 1,6 milhão de novos membros foram batizados ou passaram a fazer parte da igreja por profissão de fé, o equivalente a 3.200 novos batismos por dia ou 2,2 batismos por segundo. Outro número recorde foi o plantio de 2.446 igrejas, uma congregação a cada 3 horas e 58 minutos. Esse crescimento chamou a atenção da mais prestigiada publicação evangélica norte-americana, a Christianity Today, que destacou o fato de, em 2014, mais de um milhão de fiéis terem se tornado adventistas pelo décimo ano consecutivo.
Se a Igreja Adventista fosse uma vila, essa seria a proporção de membros por região do mundo.
No entanto, a liderança da igreja vê as estatísticas com ponderação. Afinal, o número de membros em algumas partes do mundo tem estagnado ou entrado em declínio. Essa realidade é mais acentuada nos países ricos, fortemente influenciados pelo materialismo e o secularismo.

Conforme mostrou David Trim, responsável pela área de estatísticas da Igreja Adventista, em relatório apresentado na assembleia mundial, embora tenha havido crescimento, esse incremento foi lento nos últimos cinco anos. Na opinião dele, não está havendo uma crise de crescimento global, mas os dados emitem um sinal de alerta. Por isso, de acordo com Trim, a igreja está tentando criar mecanismos mais sofisticados para obter diagnósticos que retratem com maior precisão a realidade da organização no mundo.

Não por acaso, G. T. Ng foi reeleito por unanimidade. Sua capacidade analítica, que lhe permite enxergar além dos números, tem ajudado a igreja a lidar com esses desafios. “Sua longa experiência como professor mostra a capacidade analítica que ele tem para questões difíceis e sua prontidão para enfrentar situações positivas e negativas”, avalia Lowell Cooper, vice-presidente da Associação Geral. “A liderança de Ng tem aumentado a consciência da igreja global quanto às oportunidades e desafios da missão”, acrescenta Cooper. Essa opinião também é compartilhada por Geoffrey Mbwana, outro vice-presidente da sede mundial adventista. “Muito além da manutenção e análise de estatísticas, ele tomou medidas concretas para abordar as questões da missão”, analisa. Nos próximos cinco anos, G. T. Ng contará com o apoio de Myron Iseminger, cujo nome também foi votado na última sexta-feira para atuar como secretário associado. [Márcio Tonetti, equipe RA / Com informações de Felipe Lemos, da ASN, e Stephen Chavez, da Adventist Review]

Palestra sobre a Origem dos Dinossauros | Michelson Borges

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Programa Origens: complexidade irredutível

Um Planeta Adequado à Vida

William J. Tinkle 

Ph.D. e Professor Emérito de Biologia no Anderson College, Indiana, U.S.A. Reside atualmente em Eaton, Indiana, U.S.A.

As propriedades físicas e químicas da água e da atmosfera mostram uma "adequação" do ambiente para a vida, como já ressaltado de maneira interessante por William Whewell e J. Henderson. Este artigo contém uma recapitulação dessa evidência, em testemunho da criação divina do ambiente físico e químico adequado à vida.

Suponhamos que se esteja passeando num campo, entre árvores e arbustos, e que alguém invisível atire uma pedra numa das árvores.

Se isso acontecer somente uma vez, pensar-se-á que a pedra foi atirada a esmo. Porém se a mesma árvore for acertada nove vezes em dez, ter-se-á certeza de que o alvo é mesmo aquela árvore. A pedra estará sendo atirada com um propósito. [Continue lendo clicando aqui]
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