sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Parte da água da Terra pode ser mais antiga que o Sol?

Um estudo apresentado nesta quinta-feira (25) indica que metade da água do planeta talvez seja mais antiga do que o Sistema Solar, o que aumenta a possibilidade de existir vida fora de nossa galáxia, a Via Láctea. Utilizando um sofisticado modelo que permite simular as fórmulas químicas entre as moléculas de água formadas no Sistema Solar e as que existiam antes, os pesquisadores da Universidade de Exeter, na Inglaterra, descobriram que entre 30% e 50% da água consumida hoje em dia é cerca de um milhão de anos mais antiga do que o Sol. O trabalho, divulgado na revista americana Science, vai alimentar o debate sobre se as moléculas de gelo de água nos cometas [que parecem não ter água] e nos oceanos se formaram no disco de gás e poeira ao redor do jovem Sol há 4,6 bilhões de anos, ou se provêm de uma nuvem interestelar mais antiga.

“Determinando agora a parte antiga da procedência da água na Terra, podemos ver que o processo de formação de nosso Sistema Solar não foi único e que, portanto, os exoplanetas podem se formar nesses ambientes onde a água é abundante”, explicou Tim Harries, do Departamento de Física e Astronomia da universidade britânica e um dos autores da pesquisa.

Levando-se em consideração que a água é um elemento crucial para o desenvolvimento da vida na Terra, os resultados desse estudo podem sugerir que a vida existe em outro lugar mais além da nossa galáxia, ressaltaram os cientistas. “Trata-se de um passo importante em nossa busca para saber se a vida existe em outros planetas”, afirmou Harries.

Os resultados “aumentam a possibilidade de que alguns planetas fora de nosso Sistema Solar (exoplanetas) contem com as condições propícias e recursos de água que permitam a existência de vida e sua evolução”, afirmou.

Fonte: G1 Notícias

Nota d blog Criacionismo: O objetivo de tudo isso está na última palavra do texto: evolução. É isso o que eles sempre querem provar. Usam a palavra “resultados”, mas tudo o que têm é um modelo computacional que simula fórmulas químicas e que parte de hipóteses assumidas a priori pelos pesquisadores. O fato é que não existe nada de concreto sobre a presença ou não de água em exoplanetas. E, ainda que houvesse, já vimos que as condições para manter vida não são tão simples assim (confira aqui). De qualquer forma, para o criacionista, não é estranho o pensamento de a água preceder a vida e mesmo o Sol, afinal, o livro de Gênesis informa que o Espírito de Deus pairava (literalmente, rahap) sobre a face das águas, na fase “sem forma e vazia” da Terra. E o nosso Sol somente foi criado no quarto dia da semana da criação (veja aqui e aqui). [MB]

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Respostas 12: O preço que não se quer pagar

Respostas 11: Uma religião que decepciona

Respostas 10: Uma história não tão original

Respostas 9: Como acreditar se eu não vi

Respostas 8: Homem, Deus ou fraude

Respostas 7: Sagrada ou manipulada (parte 2)

Respostas 6: Sagrada ou manipulada (parte 1)

Respostas 5: Um Deus que Se cala

Respostas 4: Deus no banco dos réus (parte 2)

Respostas 3: Deus no banco dos réus (parte 1)

Respostas 2: Toda verdade é relativa, menos esta

Respostas 1: Inteligente demais para pensar

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Felipe Valente - Há um Deus

Há '44 milhões de anos' ácaro era ácaro e formiga, formiga

Uma luta entre um ácaro e uma formiga foi preservada por milhões de anos [segundo a majorada cronologia evolucionista], pois os animais ficaram presos em uma resina fóssil. O momento do ataque em que o parasita mordeu a cabeça da formiga foi eternizado em um pedaço de âmbar do tamanho de uma moeda de dez centavos e não sofreu deteriorações com o passar dos anos. O pequeno pedaço de âmbar foi adquirido por um colecionador que descobriu o tesouro nos países bálticos, na região nordeste da Europa. De acordo com análises, os animais datam de cerca de 44 a 49 milhões de anos atrás [idem]. O ácaro é um dos apenas 14 fósseis conhecidos de um grupo chamado de Laelapidae, cujos parentes modernos muitas vezes vivem entre as folhas caídas no chão das florestas e parasitam formigas. O motivo para que esse parasita seja tão raro de ser encontrado em fósseis é que para ele ser preservado era preciso um contexto muito particular. O ácaro precisava ficar muito tempo em árvores e fica preso na resina que escorre pelos troncos.

Fonte: UOL Notícias

Nota do blog Criacionismo: Curiosamente, os dois espécimes são praticamente idênticos aos seus parentes atuais. Quando não se parte para hipóteses baseadas em fósseis petrificados e muita imaginação para cobrir as supostas lacunas (elos) evolutivas entre animais de espécies diferentes (macroevolução), é isto o que temos: animais idênticos aos seus correspondentes modernos, isso tendo se passado tantos supostos milhões de anos de evolução. [MB]

Leia também: "Âmbar precisou de água, muita água", "Flor de '100 milhões de anos" e "Âmbar com insetos pode mudar história"

terça-feira, 16 de setembro de 2014

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

1º Congresso Brasileiro do Design Inteligente causa polêmica na Unicamp


A divulgação oficial no site da Unicamp de um congresso com tema polêmico a ser realizado por professores da universidade em um hotel de Campinas mobiliza alunos e acadêmicos contra a iniciativa.

A comunidade estudantil e catedrática discorda da realização do debate sobre a Origem do Universo e da Vida, foco principal do 1º Congresso Brasileiro de Design Inteligente. Os contrários classificam o assunto como uma "pseudociência" e uma vertente do criacionismo.

Nas redes sociais, alunos classificaram a divulgação do evento pela universidade como algo “vergonhoso”.

Com a polêmica, a instituição retirou nesta quarta-feira (10) a nota de divulgação do site oficial. Para justificar a retirada, a Unicamp alegou que não tem participação institucional na promoção ou organização do evento e, por isso, concluiu que “não se justifica a sua divulgação por meio de seus veículos de comunicação”.

Em novembro do ano passado, um congresso com o mesmo tema foi cancelado pela Unicamp após pressão de um grupo de professores que alegava que os congressistas buscam credibilidade no meio científico.

O professor Marcos Eberlin, do Instituto de Química (IQ) da Unicamp e responsável pelo congresso, defende o debate e propõe uma análise da teoria do design inteligente para que ela se torne mais conhecida.

O congresso será realizado nos dias 14, 15 e 16 de novembro.

Fonte: Correio Popular

Nota: É lamentável o ocorrido. Quem são os inquisitores do século XXI? Alguns dos militantes do darwinismo. Que desesperação da turminha de Darwin... Jogando baixo pra atrapalhar a divulgação da Teoria do Design Inteligente, quando deveriam é refutar os seus argumentos científicos. Mas é isso mesmo, quando não pode-se com um argumento, a estratégia de muitos é difamar os argumentadores (como fazem com o Dr. Eberlin e outros proponentes do DI) e tentar atrapalhar os eventos que promovem a teoria, mas isso não resolve a questão, só piora ainda mais. Mas a força dos dados científicos é maior do que o amor a um paradigma errado. Como diz o Dr. Eberlin, "nada em ciência é melhor do que um dado após o outro, dia após dia. E os dados, uma verdadeira avalanche deles, apontam hoje para o DI como a melhor inferência sobre nossas origens". E como diz o coordenador da TDI no Brasil, Enézio Filho, toda essa polêmica da retirada do anúncio do site da Unicamp causa o efeito contrário ao que muitos darwinistas querem, pois divulga ainda mais o Design Inteligente. Veja abaixo o print screen que tirei do site da Unicamp antes de ser removido, devido à pressão dos ultra-darwinistas de plantão, os censuradores e inquisitores do século XXI:

Análise de cometa lança por terra hipóteses evolutivas


Existem inúmeras técnicas concebidas para tentar medir o sucesso de uma empreitada científica. Mas parece que nenhuma se compara a uma métrica bem do tipo senso comum: o quão boquiabertos os cientistas ficam quando veem os resultados de seus esforços. E, por essa avaliação, os primeiros resultados obtidos pela sonda espacial Rosetta representam um sucesso inegável: os cientistas ainda não encontraram nada do que esperavam ao ver um cometa de perto. “À primeira vista”, porque a missão Rosetta está apenas no começo, olhando o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko ainda a meia distância, aproximando-se para enviar um módulo de pouso e depois persegui-lo por um ano durante sua aproximação do Sol. Desde que as primeiras imagens do cometa 67P chegaram, os cientistas ficaram meio sem saber o que fazer com suas teorias, que defendem que os cometas são essencialmente “pedras de gelo sujo”. A “sujeira” está lá, mas o gelo, que se acreditava responder pela larga maioria de sua massa, ainda não deu o ar da graça.

Agora, mais um instrumento a bordo da sonda Rosetta fez a sua primeira coleta de dados, e colocou em números o que as primeiras imagens já deixavam desconfiar. O instrumento, chamado Alice, começou a mapear a superfície do 67P, registrando o primeiro espectro de luz emitida por ele na faixa do ultravioleta extremo. A partir dos dados, a equipe do Alice constatou que o cometa é extraordinariamente escuro - mais escuro que carvão - quando visto nesses comprimentos de onda. O aparelho detectou hidrogênio e oxigênio na “atmosfera” do cometa, conhecida como coma, mas não moléculas de H2O.

O instrumento confirmou ainda que, ao contrário do que se esperava inicialmente, a superfície do cometa não possui sinais de gelo. “Estamos um pouco surpresos com o quão pouco reflexiva é a superfície do cometa e com quão pouca evidência há de gelo de água exposto”, disse Alan Stern, principal cientista do Alice, do Instituto de Pesquisa do Sudoeste, nos Estados Unidos, que construiu o instrumento com financiamento da NASA.

Ainda é muito cedo para dizer que o cometa 67P não tem água. O que dá para garantir é que ele não a tem na quantidade esperada, o que levanta grandes expectativas sobre os jatos emitidos em sua aproximação do Sol - que serão filmados de perto pela Rosetta.

A observação do cometa foi idealizada para ajudar os cientistas a entender mais sobre a origem e a evolução do nosso Sistema Solar, partindo do pressuposto de que os cometas seriam verdadeiras cápsulas do tempo desse processo de formação. Além disso, com a dificuldade de explicar a origem da vida, vinha ganhando força a ideia de que a vida teria se originado no espaço e vindo para a Terra a bordo dos cometas, congelada nesses hipotéticos blocos de gelo cósmicos.

E, até antes do que isso, com a dificuldade de explicar a origem da água na Terra, alguns cientistas já argumentavam que os oceanos da Terra foram enchidos com água trazida por cometas que se chocaram com nosso planeta.

Mais uma vez, a realidade está se mostrando um pouco mais complicada do que as teorias gostariam - e isso, sim, é o que sempre faz valer a pena grandes empreitadas científicas como as da sonda espacial Rosetta.

Fonte: Inovação Tecnológica

Nota do blog Criacionismo: Nada como a ciência empírica, observacional, in loco para derrubar hipóteses evolucionistas. Se forem confirmadas as suspeitas de que não há água nesse e em outros cometas, ficará mais difícil para os evolucionistas justificarem a origem da vida em nosso planeta. Aqui eles já sabem que não seria possível, mesmo em três bilhões de anos. Cada vez fica mais claro que a Terra foi projetada para manter a vida, com atmosfera e gases ajustados nas proporções exatas e água suficiente em estado líquido. Uma joia rara neste vasto Universo. [MB]

Seminário A Filosofia das Origens 2014

Entre no site da SCB para maiores informações.

1º Congresso Brasileiro de Design Inteligente é anunciado no site da UNICAMP

Fonte: UNICAMP

O papa, o domingo e os "fundamentalistas"

terça-feira, 9 de setembro de 2014

1º Congresso Brasileiro do Design Inteligente



1o. TDI-BRASIL - Primeiro Congresso Brasileiro do Design Inteligente 14, 15 e 16 de Novembro de 2014 The Royal Palm Plaza Campinas, SP. Inscrições no site do evento, confira aqui:

Teremos diversas palestras de cientistas e profissionais das mais diversas áreas do conhecimento científico. Será um evento histórico que marcará a consolidação da TDI no Brasil e reunirá pela 1a. vez os inúmeros defensores do Design Inteligente espalhados por todos os cantos do país.

O 1o. TDI-BRASIL se iniciará na sexta-feira 14 de Novembro as 18:30 h com cerimônia de abertura, palestras de abertura e um jantar de gala com musica ao vivo.

No sábado 15 de Novembro teremos várias palestras e discussões, almoço no The Royal e um break a tarde de quase 2,5h para confraternização na piscina do hotel seguido a partir das 16:30h de mais palestras e debates até as 21h, e ai mais um jantar de gala (Noite da Pizza).

No domingo teremos mais palestras pela manha, seguido de mesa redonda e uma assembleia histórica com a criação da Sociedade Brasileira do Design Inteligente e a elaboração do Primeiro Manifesto público TDI-BRASIL sobre o ensino da evolução e do Design Inteligente em nossas escolas e universidades públicas.

Mais Detalhes (aqui) sobre o 1o. Congresso da TDI-Brasil, um evento histórico! Confira abaixo os palestrantes já confirmados.


Resenha: Tudo é química e é na Química que vemos as assinaturas da ação que causou a Vida. É pela Química, ao nível atômico e molecular, que bem percebemos como as coisas funcionam e como os processos químicos estão arquitetados para que a Vida possa se auto suster, obter energia, se proteger do meio ambiente hostil, armazenar e utilizar informação e se reproduzir, entre tantos outros processos essenciais a qualquer coisa que queiramos chamar de Vida. Nessa palestra vamos discutir alguns desses processos, ao nível molecular, e mostrar com fatos químicos como a Química da Vida refuta causas naturais e apontam como nunca antes para o Design Inteligente na estruturação da Química da Vida.

CV: Rodinei Augusti. Químico, graduado pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. Mestre e Doutor em Química pela UNICAMP. Pós-Doutor em Química pela Purdue University (EUA). Professor associado da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Desenvolve trabalhos sobre a aplicação da espectrometria de massas em várias áreas, como o monitoramento de reações de interesse ambiental e o controle de qualidade de bebidas alcoólicas. É assessor das revistas científicas: Rapid Communications in Mass Spectrometry, Journal of Mass Spectrometry, Analytical Chemistry, Inorganic Chemistry, Journal of the Brazilian Chemical Society, Analyst (London), Journal of the American Society for Mass Spectrometry e Química Nova.


Resenha: Nesta palestra será discutido um dos temas mais intrigantes da vida, ou seja, os fantásticos mecanismos bioquímicos de extrema complexidade e de altíssimo nível de inteligência, sofisticação e informação que levam a nossa individualidade como ser. Seriam a recombinação gênica e a segregação dos homólogos durante a gametogênese obras do evolução darwiniana e seus mecanismos de seleção natural agindo sobre mutações e duplicações gênicas? Ou os fatos nos fariam concluir definitivamente pela ação de um Designer inteligente?

CV: MARCELO ALVES VARGAS -UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE - FURG -Biólogo, licenciado e bacharel formado pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG), mestre em ciências fisiológicas: Fisiologia animal, também formado pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e doutor pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Atualmente é professor adjunto II da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e atua nas disciplinas de Biologia Celular, Embriologia e Histologia em diferentes cursos. Sua linha de pesquisa envolve os efeitos da radiação UV no sistema visual e a ação fotodinâmica de HPAs induzidos pela radiação UV nos animais.


Resenha: Nessa palestra serão abordados os tópicos seguintes:

OS PRESSUPOSTOS EQUIVOCADOS DOS EDUCADORES E PROFESSORES SOBRE A TE

A. Não há dificuldades com a TE
B. Fora da TE só há respostas religiosas
C. Os enunciados sobre evolução nos livros didáticos são confiáveis
D. Qualquer dúvida sobre a TE é inconcebível por ser Ciência e ser uma teoria já aceita há muitos anos

II. AS FRAUDES NOS LIVROS DIDÁTICOS

A. A experiência de Urey-Miller e a biogênese
B. As fraudes dos hominídeos
C. A semelhança do homem com o chimpanzé
D. Os bicos dos tentilhões das Ilhas Galápagos
E. Mariposas de Manchester Orchestra
F. Os embriões de Haeckel

III. PROPOSTA PARA UMA EDUCAÇÃO SEM PRECONCEITO

A. Um ensino mais construtivista que valorize questionamentos
B. Analisar outras teorias em aulas como a Teoria do Design Inteligente .

CV: MÁRIO MAGALHÃES - UNIDADE INTEGRADA PROFESSOR LUIS REGO Licenciado em Letras pela Universidade Estadual do Maranhão – UEM (2002). Mestre em Teologia Exegética pelo Centro Presbiteriano de Pós-graduação Andrew Jumper – Universidade Mackenzie (2006). Mestre em Educação pela Universidad Americana (2010). Bacharel em teologia pelo Instituto Bíblico Betel Brasileiro (1992).Professor do curso de Letras da UEM e Professor da Unidade Integrada Professor Luis Rego. Tem experiência em Línguas Clássicas, atuando principalmente em: Estilo, Evangelho, Grego, Manuscrito, Texto.



Resenha: A matéria se converte em energia, e energia em matéria, mas a informação é informação, não é matéria nem energia. A informação da Vida é, ainda, formada por um sistema alfabético químico semântico e abstrato, e por um código que não pode, por princípio e pelas leis naturais da informação, estar ligado a qualquer força química. E isto é um fato que a química tem confirmado de uma forma cabal e aparentemente definitiva. Mais ainda, a informação da Vida e o seu código usam as leis da química de uma forma espetacularmente inteligente, o que se vê na dupla hélice do DNA, na escolha das quatro bases nitrogenadas, no par RNA/DNA, na troca de timina por uracila e no par ribose/desoxi-ribose, e na "redundância" magnificamente inteligente do código genético. Mais ainda, a informação da Vida é zipada e encriptada, maximizada ao extremo, através de estratégias como a do overlapping genético e splicing alternativo. Informação de mais alta qualidade, ápice da inteligência química. A informação da Vida comprova a TDI através de leis naturais científicas e conhecimento científico recente da mais alta sofisticação. A impossibilidade de tal informação ter surgido de matéria e energia refuta, ainda, por leis naturais, qualquer possibilidade de forças naturais terem formado o Universo e a Vida. Jaz refutada a evolução darwiniana e qualquer outra teoria que já foi ou venha a ser elaborada que procure invocar matéria ou energia como suas causas. A informação destrói os fundamentos do materialismo filosófico, e ao mesmo tempo apresenta prova irrefutável de Design Inteligente. Ela também comprova a TDI como teoria científica, por oferecer aos seus críticos uma forma também clara de refutá-la.CV - Marcos N. Eberlin: Graduação (1982), mestrado (1984) e doutorado (1988) em Química pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP e pós-doutorado no Laboratório Aston de Espectrometria de Massas da Universidade de Purdue, USA (1989-1991). Atualmente é professor titular MS-6 da Universidade Estadual de Campinas, na qual coordena o Laboratório ThoMSon de Espectrometria de Massas (http://thomson.iqm.unicamp.br/). É membro da Acadêmia Brasileira de Ciências (2002) e comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico (2005). Recebeu o Prêmio Zeferino Vaz de Reconhecimento Acadêmico (2002) e Prêmio Scopus-Capes (2008) de excelência em publicações e formação de pessoal. É presidente (2009) da Sociedade Internacional de Espectrometria de Massas (IMSF) e presidente executivo da Sociedade Brasileira (BrMASS), e editor associado do periódico Jounal of Mass Spectrometry da Wiley. Orientou quase uma centena e meia de mestres, doutores e pós-doutores e seu grupo de pesquisa é hoje um dos maiores do Brasil, com cerca de 55 pesquisadores. Já publicou cerca de 650 artigos científicos com perto de 10 mil citações em áreas diversas da Química e Bioquímica, e Ciências dos Alimentos, Farmacêutica e dos Materiais.



Resenha: A vida existe, é um fato! O discurso ideológico de uma ala da comunidade científica defende que esta existência é fruto de eventos aleatórios em condições peculiares da matéria. Este discurso deixa de lado cerca de trezentos e cinquenta anos de pura Ciência e se volta para interpretações impertinentes e mistificações, revelando ser de caráter anticientífico. A termodinâmica, como é ensinada em qualquer bom livro de graduação, permite avaliar concretamente a possibilidade da existência de sistemas vivos ordenados a partir de condições aleatórias e pode ser aplicado a qualquer sistema de projeto inteligente. Nesta palestra os conceitos básicos de termodinâmica – energia e entropia – serão aplicados em sistemas de ordenamento simples para mensurar sua viabilidade. Os resumos apontam para a completa impossibilidade da existência de seres vivos gerados sem qualquer design inteligente.CV: Kelson Mota T. Oliveira - Prof. Dr. em Físico-Química - Laboratório de Química Teórica e Computacional (LQTC), Departamento de Química, Universidade Federal do Amazonas (UFAM), com pesquisas em Química Teórica & Computacional, na área de mecânica quântica molecular e coordenador do Grupo de Pesquisa em Química teórica e Computacional. Químico graduado pela UFAM; mestre e doutor em Físico-Química pela Universidade de São Paulo (USP/São Carlos). Orientador de mestrado e doutorado em Físico-Química e professor do PPGQ/UFAM. Membro do 1º Conselho Superior da FAPEAM (Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Amazonas). Coordenador responsável pela criação do Programa de Pós-Graduação em Química da UFAM (2007)



Resenha: Evidências de DI na Biologia: mimetismo e camuflagem
Características de alta complexidade estão envolvidas nos fenômenos biológicos da camuflagem e do mimetismo, induzindo adeptos da teoria da evolução a elaborar explicações naturalistas baseadas em seleção natural e mutacionismo, levando a hipóteses como a da evolução convergente. No entanto, os processos e mecanismos necessários para se produzir a extrema complexidade de fenômenos como a camuflagem e o mimetismo constituem-se em obstáculo, e não em evidência, às explicações naturalistas. Uma análise científica despida de preconceito demonstra que o mimetismo e a camuflagem podem representar evidências consideráveis em favor da Teoria do Design Inteligente.CV: Ricardo B. Marques: Biólogo, bacharel e licenciado pela Universidade Federal do Ceará – UFC. Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente (M.S./UFC). Paleontólogo, cadastrado no Directory of Palaeontologists of the World, com pesquisas em paleoicnologia de vertebrados e paleoherpetologia. Zoólogo, cadastrado no World Directory of Primatologists, pesquisas em sistemática e ecologia animal, anatomia comparada, herpetologia e etologia. Neurobiólogo, membro da International Mind, Brain and Education Society (IMBES), da Global Association for Interpersonal Neurobiology Studies (GAINS), da International Neuropsychoanalysis Society (NPSA) e da Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento (SBNeC). Foi professor de Biologia Geral, Sistemática Animal e Zoologia (UFC) e de Biologia Celular e Molecular e Biofísica (FATECI). Membro da American Society for Biochemistry and Molecular Biology (ASBMB). Foi Diretor Científico do Instituto Cearense de Ciências Naturais (ICCN). Especialista em Neuropsicologia pela Unichristus. Atualmente leciona Neurociência Aplicada em cursos de Pós-Graduação (Unichristus).e faz atendimento clínico como neuropsicoterapeuta. Analista de Inteligência e Contra-Inteligência (Membro ABRAIC) e consultor em Gestão do Conhecimento (membro SBGC). Formação em Astrobiologia pela University of Edinburgh (UK).

CV: ENEZIO E. DE ALMEIDA FILHO COORDENADOR DO NÚCLEO BRASILEIRO DO DESIGN INTELIGENTE

Possui graduação em Ciências Humanas pela Universidade Federal do Amazonas (1980) e mestrado em Historia da Ciência pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2008). Doutorando em História da Ciência, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2009). Coordenador do NBDI (Núcleo Brasileiro de Design Inteligente), Campinas - SP, desde 1998.

Lido em: Ciência e Fé

domingo, 7 de setembro de 2014

Peixe vertebrado é encontrado no período Cambriano

Complexidade já na origem
Agora que alguns meses se passaram desde a descoberta de outro rico tesouro de fósseis Cambrianos a 42 km do Folhelho Burgess, cientistas estão iniciando a publicação dos achados do novo sítio Cânion Mármore. Um achado fabuloso, que acabou de ser publicado por Simon Conway Morris e Jean-Bernard Caron, está dando maior estampido na Explosão Cambriana. Não tanto tempo atrás, evolucionistas enfatizavam que não existia nenhum vertebrado no Cambriano. Eles sabiam que os vertebrados eram muito avançados para aquela primeira aparição de planos corpóreos multicelulares. Cordados primitivos, talvez - mas nada como peixes, até milhões [sic] de anos mais tarde. O Metaspriggina (originalmente nomeado a partir de uma espécie Ediacarana Spriggina, mas mais tarde determinada como desconexa) foi anteriormente considerada um cordado primitivo - um ancestral dos vertebrados. Agora, Conway Morris e Caron examinaram uma centena de fósseis a mais da Metaspriggina e compararam-nas com fósseis similares da China e do Folhelho Burgess. O grande detalhe visto nos espécimes do Cânion Mármore (considerado ser mais antigo que o Folhelho Burgess) confirma que esse animal foi muito mais que um cordado: ele foi um peixe vertebrado, justo lá no Cambriano inferior! Imagine um peixe vertebrado, com esqueleto, visão binocular, músculos, nervos, vísceras e vasos sanguíneos: é tão complexo comparado com o que havia anteriormente, que torna inegável o repentino e explosivo aumento de complexidade.

Igualmente notável é o alcance dessa espécie. Desde que se correlaciona com espécimes dos depósitos de Chengjiang, na China, é claro que o peixe já era “cosmopolita” (no termo de Conway Morris) quando foi soterrado no Canadá - ele alastrou-se pelo globo! O resumo na Nature cataloga as surpresas ao autor “redescrever” o Metaspriggina:

“O conhecimento da evolução primária [sic] de peixes depende grandemente de materiais de corpo-mole do período Cambriano Inferior (série 2) do sul da China. Devido à raridade de algumas dessas formas e uma falta geral de material comparativo de outros depósitos, interpretações de várias características continuam controversas, como também suas relações mais amplas entre os vertebrados desmandibulados não esqueletizados anteriores. Neste artigo nós descrevemos o Metaspriggina em termos de novo material do Folhelho Burgess e de material excepcionalmente preservado coletado perto do Cânion Mármore, na Colúmbia Britânica, e três outros depósitos do tipo Cambriano do Folhelho Burgess da Laurência. Este peixe primitivo [sic] mostra inequívocas características vertebradas: uma notocorda, um par de proeminentes olhos de tipo câmera, sacos nasais pareados, possível crânio e arcualia, miômeros em forma de W, e uma nadadeira anal posterior. Uma impressionante característica é a área branquial [guelras] com uma matriz de barras bipartidas. À parte da barra mais anterior, que aparenta ser ligeiramente mais espessa, cada uma é associada com guelras localizadas externamente, possivelmente abrigadas em bolsas. A análise filogenética coloca o Metaspriggina como um vertebrado basal, aparentemente próximo dos táxons Haikouichtys e Millokunmingia, demonstrando também que este primitivo grupo de peixes era cosmopolita durante o período Baixo-Médio Cambriano (séries 2-3). Todavia, o arranjo da região branquial no Metaspriggina tem maiores implicações para a reconstrução da morfologia do vertebrado primitivo. Cada barra bipartida é identificada como sendo respectivamente equivalente à uma epibranquial e ceratobranquial. Essa configuração sugere que um arranjo bipartido é primitivo e reforça a visão de que a cesta branquial das lampreias é provavelmente dela derivada. Outras características do Metaspriggina, incluindo a posição externa das guelras e a possível falta de uma guelra oposta à barra mais-anterior mais robusta, são as características dos gnastotomados e então podem ser primitivos entre os vertebrados [sic].” (Ênfases do site Evolution News)

O cladograma mostra o Metaspriggina logo no mesmo ramo que os espécimes chineses, sugerindo que eles são “próximos” uns aos outros no tempo e nos traços, mesmo que encontrados em lados opostos do globo. Conway Morris diz que os espécimes chineses são “ligeiramente mais velhos”, mas de suas descrições, eles são similares ao Metaspriggina nos aspectos mais importantes. Se essas criaturas possuíam esqueletos ósseos ou cartilaginosos, não está claro.

A relação fortalece a identificação da espécie chinesa como peixe vertebrado. A Wikipedia tem reservas sobre essa descrição, dizendo que o Myllokunmingia (anunciado em 1999), que é “considerado ser um vertebrado, embora não tenha sido provado de forma conclusiva”, e do Haikouichthys (encontrado em 2004), que tem sido “popularmente caracterizado como um dos peixes mais antigos... mas não possui características suficientes para ser incluído sem controvérsia mesmo em qualquer dos grupos-troncos” craniatas ou chordatas. Bem, essencialmente agora isso foi provado.

Outra surpresa é que o Metaspriggina tem uma estrutura de guelras bipartidas, “característica dos gnastotomados”- os vertebrados mandibulados. Gnastotomados foram considerados como estando mais abaixo na linha evolucionária [sic], mas há traços similares encontrados ao tempo da Explosão Cambriana. Isso significa (em termos evolucionários) que os arranjos de guelras das lampreias (peixes sem mandíbula) são “derivados”, ao invés de intermediários aos gnastotomados.

Não é necessário dizer que a criatura que tem “um par de proeminentes olhos tipo câmera” e sacos nasais pareados mostra que esse é um animal sofisticado. Conway Morris não hesita em chamá-lo de peixe e vertebrado. O desenho no papel mostra “possíveis vasos sanguíneos”, e uma boca. Barbatanas não foram preservadas, fazendo-o parecer um pouco com um tonguefish* afinado, mas a falta de barbatanas pode ser um artefato de preservação. [N.T.: tonguefish, uma espécie de peixe da família Cynoglossidae]

A despeito das barbatanas, o Metaspriggina era um bom nadador, baseado nas suas estruturas musculares chamadas miômeros. Essas eram folhas de músculos em forma de W que você vê nos filés de salmão comprados no mercado; eles permitem ao peixe dobrar o corpo em movimentos ondulares para nadar. O Metaspriggina era, aparentemente, mais avançado [sic] que o Pikaia, um animal semelhante à enguia encontrado em 1911 por Charles Walcott no Folhelho Burgess: “Os miômeros, totalizando ao menos 40, são consideravelmente mais agudos do que no Pikaia e, em contraste com este cordado, Metaspriggina era, evidentemente, um nadador efetivo.”

Todas essas características mostram que o Metaspriggina não era um cordado primitivo intermediário às lampreias ou outro nadador cambriano extinto, mas de fato era mais “derivado” (avançado) em alguns aspectos que alguns dos alegados descendentes. O editor da revista concorda, asseverando claramente que os peixes vertebrados são agora inquestionavelmente parte do Cambriano primário:

“O Folhelho Burgess cambriano do Canadá produziu alguns dos mais intrigantes e espetaculares fósseis de vida animal primitiva [sic], embora fósseis vertebrados sejam raros ou não existentes. Novas exposições próximas à localidade clássica remediaram essa deficiência com muitos fósseis espetaculares do até então enigmático fóssil Metaspriggina, revelado nesse estudo - por Simon Conway Morris e Jean-Bernard Caron - como um dos primeiros e mais primitivos [sic] peixes conhecidos, basal à existência dos vertebrados tanto com ou sem mandíbulas. A estrutura das guelras do Metaspriggina é reveladora, mostrando uma estrutura simples que pressagia aquelas dos vertebrados de muitas formas, sugerindo que a cesta branquial vista em vertebrados sem mandíbula modernos como as lampreias é uma estrutura altamente derivada.” [Ênfases do site Evolution News]

Um peixe vertebrado nadador com olhos de câmera, vasos sanguíneos, sistema digestivo, nadador muscular e guelras no Cambriano Inferior: para darwinistas, isso seria dificilmente mais surpreendente do que encontrar um coelho pre-cambriano.

(Evolution News; tradução: Alexsander Silva)

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Bíblia é fonte de inspiração; decisões são racionais, diz Marina

A candidata à Presidência pelo PSB, Marina Silva, afirmou que, para qualquer pessoa cristã ou judia, "a Bíblia é sem sombra de dúvida uma fonte de inspiração", mas que "as decisões são tomadas com base racional, para todas as pessoas". A declaração foi feita em entrevista concedida nesta segunda-feira (1º) ao Jornal da Globo, quando a ex-senadora foi questionada se era verdade que ela tomava decisões lendo aleatoriamente a Bíblia.

"Todos nós agimos em base na relação realista dos fatos, mas os seres humanos eles têm uma subjetividade. Uma pessoa que crê, obviamente, que tem na Bíblia uma referência. Assim como tem na referência a arte, a literatura. Às vezes você pode ter um 'insight' assistindo um filme. O quanto nós já avançamos, do ponto da ciência, da tecnologia, pela capacidade antecipatória que você encontra, enfim, na indústria cinematográfica...", disse.

"Mas a senhora toma decisões lendo a Bíblia aleatoriamente, é verdade isso?", questionou a jornalista Christiane Pelajo.

"Isso é uma forma que as pessoas foram construindo ou estão construindo para tentar passar uma imagem de que eu sou uma pessoa que é fundamentalista, essas coisas que muita gente de má-fé acaba fazendo", rebateu Marina.

"Qual é o tamanho desse amparo que a senhora toma em preceitos religiosos, frente ao que a senhora pretende ser, que é a governante de todos os brasileiros tomando decisões racionais?", indagou o jornalista William Waack.

"O mesmo amparo que você pode tomar a partir de outros referenciais. A Bíblia é sem sombra de dúvida uma fonte de inspiração para qualquer pessoa que é cristã, ou que é um judeu, enfim, e que não vai negar que é uma fonte de inspiração, mas existem outras fontes de inspiração às quais eu já me referi. As decisões são tomadas com base racional, para todas as pessoas", respondeu Marina.

A candidata disse em seguida, porém, que "dificilmente você vai encontrar uma pessoa que diz que ela é 100% racional". "Essa pessoa estaria presa à realidade e, com certeza, se os especialistas do comportamento forem avaliar uma pessoa como essa, vai ver que ela tem uma subjetividade muito pobre. Qualquer pessoa forma, toma as suas decisões considerando vários aspectos. Ele é atravessado pela cultura, se tem crença pela espiritualidade, se é da ciência, pelo conhecimento científico. O ser humano não é uma unidade, digamos, pura de alguma coisa. Somos seres subjetivos e a subjetividade é uma riqueza interior para qualquer ser humano".

Fonte: G1

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Articulista da Folha acusa Marina Silva de fundamentalista

O defeito dela é crer na Bíblia?
A inesperada candidatura da Sra. Marina Silva à Presidência da República deixa perplexos tanto a população como a opinião pública, inclusive os mais avisados. Todos reconhecem sua honestidade e inquestionável obstinação pelo progresso do homem brasileiro. Mas, por que então esse embaraço? Essa inquietação? Detecto, em casos extremos, cidadãos bem-intencionados que dizem que votarão em Marina, mas que, consciente ou inconscientemente, preferem que ela perca. Por que essa ambivalência? Não é por causa de seu apego a questões ecológicas, certamente, pois percebemos que as circunstâncias e as necessidades materiais imporão limites realistas a eventuais ações nesse campo. Não é por medo de inadequação em gestão, pois sua equipe, principalmente aquela que a assistia quando montava o seu partido, a Rede, inclui executivos, economistas e intelectuais reconhecidamente competentes.

Resta considerar suas crenças mais íntimas, inclusive religiosas. Minha convicção é a de que o comentarista não tem o direito de especular sobre a religião das pessoas que analisa. Todavia, há exceções quando se suspeita que essas crenças possam ter influência no bem-estar do povo. É o caso de fundamentalismos, inclusive o criacionismo.

Marina Silva, no passado, admitiu essa sua convicção. Ultimamente, evita discussões sobre o problema. Pois bem, não me sinto confortável em ter como presidente uma pessoa que acredita concretamente que o Universo foi criado em sete dias há apenas 4.000 anos [sic], aproximadamente.

Pois, para isso, é preciso ignorar a montanha de dados cientificamente incontornáveis e todo o patrimônio intelectual que a humanidade acumulou durante séculos. Percebo no fundamentalista cristão uma arrogância incomensurável, que apenas pode ser entendida como uma perversão intelectual, que não pode deixar de impor tendências cujos limites são imprevisíveis.

Muitos de seus seguidores vão perguntar qual seria a explicação para o fato de que tantos intelectuais (ou seriam pseudointelectuais) tivessem se integrado à Rede? Pois bem, Marina é um tesouro eleitoral, arrasta com ela uma multidão de eleitores bem-intencionados. Teria sido pelas suas ideias que esses economistas e intelectuais aderiram à Rede ou seria por causa do caudal aurífero eleitoral que, na sua liderança, perceberam?

Outros vão interpor contestações subjetivas como aquelas relacionadas às suas incontestáveis qualidades, tais como articulação oral, capacidade como debatedora, eloquência, etc. Ora, o fenômeno que foi chamado originariamente “idiot-savant” (savantismo) é hoje universalmente aceito.

A ciência reconhece que o cidadão pode atuar de maneira coerente em um campo, ser mesmo genial, enquanto em outras áreas do comportamento mostra-se incapaz, por vezes incontrolável. Ou seja, pior ainda. O fundamentalismo de Marina Silva não decorre da ignorância, mas de um defeito de percepção. Os especialistas chamam essa condição de desordem do desenvolvimento neural. Essa é a razão por que espero que Marina não ganhe esta eleição.

(Rogério Cezar de Cerqueira Leite, 83, físico, é professor emérito da Universidade Estadual de Campinas [Unicamp] e membro do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia e do Conselho Editorial da Folha; publicado na Folha de S. Paulo de 31/8/2014)

Nota do blog Criacionismo: Será que Rogério se sentiria “confortável” com um presidente adepto do candomblé (já tivemos), do espiritismo (há inúmeros políticos espíritas) ou defensor da eugenia, como o ateu Richard Dawkins? Essas subjetividades religiosas também não representariam um risco? Marina se torna inapta pelo simples fato de crer no que a Bíblia ensina sobre a criação? Além de reforçar a ideia injusta segundo a qual os criacionistas seriam fundamentalistas (o que os aproximaria dos terroristas islâmicos), Rogério dá a entender que os criacionistas teriam algum tipo de debilidade intelectual! Ele ignora deliberadamente o rol de cientistas criacionistas que deixaram grande legado à humanidade, gente do quilate de Louis Pasteur, Blaise Pascal, Isaac Newton e vários outros. Eles também não eram dignos de confiança?

Rogério é, no mínimo, injusto em sua avaliação. Marina já deixou claro que concorda que tanto o evolucionismo quanto o criacionismo sejam ensinados nas escolas. Duvido que a tal “inquietação” a que o articulista se refere seja causada pelo fato de Marina ser religiosa, ou, na opinião dele, fundamentalista. A maioria das pessoas não está nem aí para isso. Essa “inquietação” pode se dever ao fato de que Marina despontou de repente (após a morte de Eduardo Campos) como potencial ameaça aos dois principais candidatos à Presidência da República. Talvez alguns a considerem inexperiente ou que ela poderá ter dificuldades para estabelecer parcerias necessárias à governabilidade.

De qualquer forma, Rogério parece preferir gente ligada à corrupção, aos desmandos políticos e às alianças espúrias, a alguém que tem um currículo aparentemente ilibado, boa família e fé consistente. Na verdade, alguém que é capaz de ser fiel ao seu Deus e a suas convicções (algo que ninguém vai cobrar dela) será também muito provavelmente fiel ao seu país. (Erro e injustiça semelhantes são cometidos por empregadores que dispensam guardadores do sábado pelo fato de essas pessoas colocarem acima de tudo sua fidelidade ao Criador. Com isso, esses empregadores perdem funcionários que certamente lhes seriam ainda mais leais.)

Se eu fosse cometer injustiça semelhante à de Rogério, poderia dizer que Hitler era darwinista (e quem disse isso foi a própria secretária dele) e Lênin, ateu. Mas não quero enveredar por esse caminho...

O texto de Rogério é simplesmente lamentável, e parece até encomendado para despertar o medo dos eleitores numa candidata cujo maior defeito, na visão enviesada dele, é crer que Deus criou o Universo e a vida. [MB]

Em tempo: Situação semelhante parece estar ocorrendo nos Estados Unidos (será que por causa da candidatura de outro criacionista, o Dr. Ben Carson?), onde ateus estão se organizando para fazer frente aos políticos religiosos. [Confira]

Leia também: "Leitores divergem de artigo sobre orientação religiosa de Marina Silva"
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