O primeiro passo foi dado com as proteínas, essas moléculas grandes que formam as células, e em seguida com os neurônios, através dos quais passam as informações, e as células gliais que os alimentam e modulam as transmissões, feixes de íons que passam de uma célula a outra através de longos filamentos. Tudo isso é reconstruído virtualmente a partir de dados coletados da matéria viva.
Dispostas em forma de estrela em torno de um microscópio infravermelho, uma dúzia de caixinhas prolongadas por uma pipeta de plástico parecem se alimentar da mesma fonte de luz verde. Cada unidade contém doze neurônios de rato, cuja atividade a máquina decifra precisamente - a atividade é então modelada no computador. Essa é a essência do projeto. Desde 2005, essas experiências têm-se revelado uma verdadeira mina de informações sobre o funcionamento básico das células cerebrais.
Através delas, o Cérebro Azul já foi capaz de simular uma coluna neocortical de ratos, unidade de base do cérebro, composta de 10 mil neurônios, cada um capaz de criar entre si até 30 milhões de conexões. Mas o cérebro humano, o objetivo final do Projeto Cérebro Humano, conta com pelo menos 100 milhões de neurônios. E, hoje, é necessária a potência total de um computador portátil para simular o comportamento de um único neurônio. Isso quer dizer que precisamos melhorar a potência dos computadores. Estima-se que um cérebro humano virtual exigiria uma máquina mil vezes mais potente do que o maior supercomputador existente.
O Projeto Cérebro Humano vai, portanto, trabalhar lado a lado com os fabricantes de hardware para tentar encontrar soluções em termos de potência de cálculo, consumo de energia e dissipação de calor. E pensar que o nosso cérebro é capaz de fazer mais e melhor do que todas essas máquinas, (quase) sem esquentar a cabeça! [...]
Os pesquisadores do Projeto Cérebro Humano pretendem transformar a máquina deles em uma ferramenta de última geração para a compreensão do cérebro, simulando situações reais, administrando nela medicamentos ou novas moléculas virtuais, mas também alimentando-a com todos os conhecimentos atuais e futuros. Para Markram, trata-se de uma questão “de interesse da humanidade”. [...]
O Projeto Cérebro Humano também será útil para a robótica (os robôs "alimentarão" o cérebro artificial com sensações), para as próteses de interfaces do sistema nervoso e, claro, para a informática, que tem muito a aprender com a extraordinária capacidade do cérebro humano. [...]
Fonte: Inovação Tecnológica
Nota do blog Criacionismo: “Engenharia reversa” é outro nome para cópia de design inteligente. Agora observe seu computador... Seria ele fruto de ajuntamentos fortuitos de componentes eletrônicos? (Vamos dar uma chance ao acaso e imaginar que esses componentes já estavam lá, uma vez que na experiência do Cérebro Azul foram usados neurônios de rato; se tivéssemos que conceber a origem casual dos neurônios – ou dos circuitos de um computador – nosso exercício de imaginação iria beirar o sobrenatural, e não queremos deixar a porta aberta para Deus, não é mesmo, amigos naturalistas?) Bem, basta você voltar aos trechos que grifei em bold para perceber que o que os cientistas estão fazendo é empregar muito dinheiro e planejamento/inteligência para “apenas” copiar algo (o cérebro) que teria, ele sim, evoluído a partir do nada! Durma-se com uma incoerência dessas.[MB]
2 comentários:
André, pelos deuses do Olimpo e pelos deuses de Argard!!!!
Se vc quiser acompanhar o desenvolvimento de um cérebro, comece pelos sistemas sensoriais de uma bactéria. Daí caminhe pelos filos hj existenrtes e verá ele se formando pouco a pouco. Desde pequenas redes neurais, como em planárias, até o nosso cérebro.
É uma pena não termos toda a coleção de seres que aqui habitaram. Isso possibilitaria responder as perguntas que tanto o atormentam e ao Michelson.
O cérebro com cortex como é o de mamíferos, não surgiu em um passe de mágica e nem fortuitamente do nada, mas em 4,5 bi de anos de evolução da vida.
E daí, qual o problema em se fazer engenharia reversa? Isso já existe desde que o homem começou a bolar máquinas para ajudá-lo no dia a dia.
O cpérebro não é capaz de executar tarefas complexas como fazem os computadores, mas um sistema bioeletrônico poderia se valer de intelig~encia artificial, aprender e executar tarefas sozinho, realizando internamete a programação para tal.
Em suma, André, mais uma vez somos brindados com uma nota extremamente infeliz e desonesta.
favor apagar comentário acima acima do meu!!!!
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