quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

A Era Glacial segundo o criacionismo

Produções cinematográficas como a animação “A Era do Gelo” dão sua parcela de contribuição para solidificar a ideia de que os períodos glaciais teriam durado centenas de milhares de anos. De fato, existem evidências de que há muitos anos as geleiras cobriram grandes áreas da América do Norte e do noroeste da Europa, mas teriam durado tanto tempo? Foram várias glaciações (a maioria dos geólogos crê que foram quatro) ou foi apenas uma? Analisemos os fatos sob a ótica criacionista.

Causa da glaciação – Segundo o Dr. James Gibson, diretor do Geoscience Research Institute, uma das melhores sugestões para a causa da glaciação é a de Michael Oard. Oard propõe que o oceano estava ainda aquecido imediatamente após o dilúvio (devido à liberação das águas sob pressão das “fontes do grande abismo” [Gênesis 7:11]). Isso significa que muita água se evaporaria e produziria precipitação, produzindo grandes quantidades de neve nas regiões mais próximas aos polos. Atividades vulcânicas (que lançam muita poeira na atmosfera) mantiveram os verões frios, aumentando a precipitação e impedindo o derretimento da neve e do gelo. Quando o chão ficou coberto de neve, passou a refletir mais a radiação solar. Isso teria esfriado ainda mais o ar acelerando o processo. Depois de várias centenas de anos, o oceano se esfriou o suficiente para diminuir a precipitação de mais neve. A atividade vulcânica declinou também, permitindo que os verões se tornassem mais quentes, provocando o derretimento do gelo.

Em seu livro O Mundo Já Foi Melhor, Harry J. Baerg acrescenta: “De acordo com as estatísticas realizadas por William J. Humphrey, professor de Física e Meteorologia, três ou quatro vezes o número de vulcões ativos, bloqueando a passagem do calor solar, poderiam reduzir a temperatura média da atmosfera o suficiente para trazer outra era glacial” (p. 66). E existem evidências de que no passado, em certo momento da história, houve muito mais atividade vulcânica (confira as pesquisas do geólogo Nahor Neves de Souza Jr., explicadas em seu livro Uma Breve História da Terra).

Outro requisito importante para uma glaciação é a umidade abundante. “Deve haver uma enorme precipitação de neve para a formação dos vastos campos. Quando a terra emergiu vagarosamente das águas do dilúvio, grandes lagos foram represados atrás de barreiras de material empilhado. Elas devem ter proporcionado parte da umidade necessária para a formação de nuvens de neve. Os oceanos circundando as áreas glaciadas supriram, sem dúvida, o resto. A temperatura fria das primeiras geleiras e a ação dos ventos tenderiam a precipitar a umidade das nuvens carregadas” (O Mundo Já Foi Melhor, p. 67, 68).

Mas como entender as evidências de que teria havido mais de uma glaciação? Segundo Baerg, a atividade vulcânica que teria causado a glaciação excessiva deve ter variado consideravelmente e o gelo poderia ter avançado e recuado várias vezes, não ocupando milhões de anos, necessariamente. Geólogos criacionistas acreditam que o gelo cobriu grande parte das regiões apenas uma vez, e que a evidência atribuída às outras eras é fruto do trabalho das águas durante o dilúvio. “Alguns glaciologistas creem que talvez as glaciações tivessem sido somente fases de avanço e retração de geleiras durante uma época glacial única” (Jean Flori e Henri Rasolofomasoandro, Em Busca das Origens, p. 274).

Duração da glaciação – No modelo de Oard, a Era Glacial pode ter durado menos de mil anos. “Devemos ter em mente”, escreve Baerg, “que não houve necessidade de milhões de anos para se desenvolver uma era glacial. Todos os fenômenos ligados ao gelo poderiam ter ocorrido em um espaço de tempo relativamente curto. Não precisamos pensar que foram necessários milhões de anos para acumular o gelo das geleiras, uma vez que, em poucos meses durante o inverno, grandes porções de terra são cobertas. [...] A formação e o desaparecimento dos lençóis de gelo devem ter ocorrido entre o tempo do dilúvio e o começo da história registrada” (O Mundo Já Foi Melhor, p. 70). E, conforme lembram Flori e Rasolofomasoandro, “a pequena glaciação do século 18 fez oscilar o limite do gelo em torno de alguns milhares de quilômetros, de norte a sul. A oscilação foi verificada no intervalo de tão-somente 150 anos” (Em Busca das Origens, p. 275).

Embora a Bíblia não registre claramente um evento como a glaciação (e esse nem é o propósito dela, ser um documento geológico), o texto de Jó 38:22 pode indicar um clima mais frio no princípio da história bíblica.

(Michelson Borges)

Fonte: Criacionismo

2 comentários:

Elyson Scafati disse...

André, André!!! Dílúvio nenhum foi causa de qq era glacial, pelo simples fato de que ele não existiu.

As causas das eras glaciais ainda são muito debatidas pelos cientistas.

Estas ocorrem em intervalos de 40 a 100 mil anos e as que mais se destacaram foram:

Glaciação Donau - há cerca de 2 milhões de anos
Glaciação Günz - há cerca de 700 mil anos
Glaciação Mindel - há cerca de 500 mil anos
Glaciação Riss - há cerca de 300 mil anos
Glaciação Würm - há cerca de 150 mil anos

Há evidências para tal:

http://en.wikipedia.org/wiki/Ice_age

De acordo com Milutin Milankovitch, o clima da Terra é determinado pelo volume de energia que ela recebe do sol. Segundo Milankovitch, essa insolação — incidência de radiação solar — é ditada, por sua vez, por três fatores astronómicos:


1 - a natureza irregular da órbita terrestre em torno do Sol. Em um período de 100 mil anos a órbita do planeta passa de um círculo quase perfeito para uma forma ligeiramente oval. À medida que tal excentricidade aumenta, ocorre o mesmo com o periéiio — distância mínima entre a Terra e o Sol —, o que causa menor insolação e temperaturas mais baixas.


2- a inclinação do eixo de rotação da Terra, que varia de 21,8 a 24,4 graus, a cada 40 mil anos. Com o máximo de inclinação, a insolação e as temperaturas caem.

3 - a precessão, se refere ao modo pelo qual a Terra oscila em seu eixo, como um pião. Em períodos de 21 mil anos, tal fenômeno afeta a inclinação do planeta e traz temperaturas mais frias.


Quando os três fatores se reforçam mutuamente, eles mergulham a Terra em uma glaciação.

Elyson Scafati disse...

Milankovitch demonstrou que as glaciações do passado coincidem com períodos de insolação mínima.

Mas cientistas descobriram depois que os fatores astronómicos isolados, não fazem baixar drasticamente as temperaturas.


Todavia, tais fatores podem bastar para deflagrar uma cadeia de eventos climáticos que desencadeariam a próxima glaciação.

Também há que se considerarem:

Mudanças na atmosfera, vulcanismo, flutuações na corrente oceânica, a distribuição dos continentes e oceanos (lembre-se as terras "andam sobre o magma"), impacto de asteróide e variações da atividade solar.

Simulações de computador revelaram que a Terra poderia passar de seu atual período intergiaclal para uma autêntica Era Glacial em apenas 60 mil anos e que a diminuição das médias de temperatura necessária para isso seria de apenas 6 graus Celsius.

A última grande glaciação no planeta ocorreu no período Terciário Superior da Era Cenozóica, há cerca de 60 milhões de anos, quando os homens ainda nem existiam.

No último período de um bilhão de anos, a Terra passou por seis grandes eras glaciais, sendo que a mais longa durou 100 milhões de anos, no período geológico chamado de Permo-Carbonífero.

As pequenas eras do gelo ocorrem a cada 20 000 a 40 000 anos, e que as de grande duração ocorrem em um intervalo de cerca de 100 000 anos.


As eras glaciais são diferentes dos chamados períodos glaciais, que possuem duração mais curta - de alguns milhares de anos - e que ocorreram muito mais vezes na história do planeta.

Só no período Quaternário, ou seja, no último um milhão de anos, foram registrados, na Europa e na América do Norte, quatro períodos glaciais (de expansão da calota de gelo) e quatro interglaciais (de retração, isto é, aquecimento).

"Assim sendo, pode-se afirmar que o planeta Terra sempre passou por fases de esfriamento e aquecimento global, independente da existência humana".

{TEIXEIRA, Wilson. [et. al.] (orgs) Decifrando a Terra. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008. pp.244-245.}

http://revistaescola.abril.com.br/historia/fundamentos/era-glacial-era-do-gelo-485196.shtml

Desa forma, André, toda essa babaquice de dilúvio como fator de causa das eras glaciais não passa de imaginação.

Quanto a Jó, em Israel e redondezas, até hoje neva no inverno. As regiões montanhosas do país são frias, inclusive com ocorrência de neve. Como exemplo, o pico do monte Hérmon é coberto por neve na maior parte do ano e Jerusalém recebe pelo menos uma queda de neve anual.

Ou seja, esse versículo NADA tem a ver com era glacial ou clima mais frio registrado na história bíblica.

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