sexta-feira, 4 de julho de 2014

Jornalista discute decisão inglesa de proibir ensino criacionista em escolas

Brasília, DF … [ASN] O governo do Reino Unido proibiu o ensino do criacionismo como teoria científica em escolas e universidades públicas. A decisão faz parte de um documento oficial que estabelece novas diretrizes para unidades de ensino vinculadas às igrejas, em prol de um “currículo mais amplo e equilibrado”. Colégios também terão que começar a ensinar a teoria da evolução nas séries iniciais. O documento considera como criacionismo“qualquer doutrina ou teoria que sustenta que os processos biológicos naturais não podem explicar a história, a diversidade e a complexidade da vida na Terra e, portanto, rejeita a teoria científica da evolução”. O diretor de assuntos públicos da Associação Humanista Britânica, Pavan Dhaliwal, disse ao site britânico Politcs que “juntamente com esta medida, as escolas devem seguir o currículo nacional, que a partir de setembro irá incluir um módulo sobre a teoria da evolução no nível primário”.

Para o jornalista Michelson Borges, que possui um blog especializado no tema, “a decisão do governo mostra que, com o passar do tempo e o acirramento da controvérsia entre o criacionismo e o evolucionismo, cientistas evolucionistas e religiosos liberais vão se aproximando cada vez mais e hostilizando o grupo dos que defendem o relato da criação como registrado no livro bíblico de Gênesis”. Borges, ainda comentando a decisão do governo britânico, explica que “o governo do Reino Unido diz que, como não está de acordo com as evidências e consensos científicos, o criacionismo não deve ser apresentado aos alunos como uma teoria científica.’ Como diz o ditado, toda generalização é burra. E aqui parece que, uma vez mais, não interessa detalhar o problema. De fato, o criacionismo não deve ser apresentado como uma teoria científica, já que tem fundamentos religiosos, mas dizer que ele não conta com evidências científicas é ‘forçar a barra ‘”.

Questão de coerência
Na avaliação do jornalista criacionista, se o criacionismo não deve ser ensinado nas escolas por não ser científico, o macroevolucionismo também não deveria, pois é essencialmente filosófico, metafísico. Macro ou megaevolução é a hipótese segundo a qual a vida teria surgido da não vida, em um mar primordial, há bilhões de anos. Essa forma de vida rudimentar, em um passe de mágica, precisou adquirir complexidade (o que significa receber não se sabe de onde grande quantidade de informação genética para dar origem a órgãos antes inexistentes, como os sistemas reprodutores masculino e feminino, por exemplo, que deveriam surgir em dois organismos distintos, simultaneamente, no mesmo espaço geográfico, e tornar esses seres diferenciados compatíveis e capazes de gerar uma nova forma de vida igualmente sexuada). Assim, de uma célula primordial (e olha que uma célula, por mais simples que se possa concebê-la, já é ultracomplexa) teriam se originado todas as formas de vida, desde uma árvore até um ser humano, passando pelas aves, os insetos e as baleias. Isso não é científico. Isso não é empiricamente observável”.

O especialista afirma, ainda, que o documento considera como criacionismo “qualquer doutrina ou teoria que sustenta que os processos biológicos naturais não podem explicar a história, a diversidade e a complexidade da vida na Terra e, portanto, rejeita a teoria científica da evolução”. E arremata: “note como é capcioso o tal documento: criacionismo é doutrina (religião), enquanto evolucionismo é ciência. Já vimos que a coisa não é tão simples. Ambos os modelos (criacionista e evolucionista) têm componentes científicos e metafísicos. Mas é conveniente que se polarize a discussão como sendo ciência versus religião, e assim eles blindam o evolucionismo de qualquer crítica”. [Equipe ASN, da Redação, com informações do jornal O Globo]

Escolas confessionais, como a Educação Adventista, ensinam livremente o criacionismo e o evolucionismo. Veja vídeo abaixo:
 

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