terça-feira, 28 de setembro de 2010

O voo do beija-flor



Suas asas batem 80 vezes por segundo e ele voa tão rápido que às vezes mal dá para acompanhá-lo com os olhos. As penas da cauda direcionam o voo em três direções. Quando ele pára (sim, ele consegue parar no ar!) diante de uma flor para sugar o néctar com sua língua comprida e fina, dá para contemplar melhor as penas cintilantes. Estou falando do beija-flor, claro.

Embora essa pequena maravilha da micro-engenharia seja minúscula e aparentemente frágil, você sabia que essa ave encantadora é uma das mais resistentes criaturas do reino animal? “Eles vivem no limite do que é possível aos vertebrados, e com maestria”, diz Karl Schuchmann, ornitólogo do Instituto Zoológico Alexander Koenig e do Fundo Brehm, na Alemanha. Já se ouviu falar de um beija-flor que viveu 17 anos em cativeiro. “Imagine a resistência de um organismo de 5 ou 6 gramas para viver tanto tempo!”, diz Schuchmann.

O coração de um beija-flor bate cerca de 500 vezes por minuto (em repouso!). Fazendo as contas, o minúsculo coração daquele beija-flor cativo teria batido meio bilhão de vezes. Quase o dobro do total de uma pessoa de 70 anos!

Doug Altshuler, da Universidade da Califórnia, estuda o voo dos beija-flores e concluiu que, neles, os impulsos elétricos que movimentam os músculos das asas lembram mais os dos insetos que os das aves. Talvez por isso o beija-flor produza tanta energia por batida de asas, o que faz com ele tenha que sugar néctar a cada poucos minutos.

Esbanjando beleza e engenharia, os beija-flores são um milagre da criação.

Michelson Borges é jornalista, membro da Sociedade Criacionista Brasileira (www.scb.org.br) e autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio (www.cpb.com.br).

Fonte: Digitais do Criador

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