segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Série Criacionismo - O gás hélio e métodos de datação IV

6 comentários:

Elyson Scafati disse...

depois continuo demolindo o resto dessa porcariada...

Elyson Scafati disse...

André, quando uma rocha cristaliza, ela forma o retículo cristalino que é como se fosse uma gaiola.

Obviamente que se a rocha estiver rachada, os gases podem escapar.

Mas a quantidade que escapa é tão ínfima que não altera em nada nossos objetivos.

Entretanto, como sempre, em tudo que criacionistas criam, impera a mentira.

He não se trata de um subproduto do decaimento da série do U238 e nem do U235 levam ao He, mas ao Rn222 o qual se mantém aprisionado no retículo cristalino, sendo sua meia vida de 3,8 dias e depois decai em Po218.

O He4 a que o vídeo se refere é oriundo do decaimento alfa (2p e 2n) que ocorre na série do Urânio, sendo que esta partícula alfa ao encontrar-se com eletrons, dentro da rocha, acaba por combinar-se e formar um núcleo de He.

Esse é o He presente na atmosfera terrestre, embora ele seja o segundo elemento mais abundante no universo (é resultante da fusão entre núcleos de H dentro das estrelas).

Mas este não nos interessa para a datação radioativa, pois é produzido ao longo de quase todo o decaimento do U238. O que nos interessa é o U230 e o Pb 206, ou seja, as duas pontas.


Mais uma vez a mentira impera!!! O He pode sim escapar da atmosfera a taxas calculadas quase que ao mesmo nível das taxas de produção.

Ou seja, a ideia de uma terra jovem com base no He é falsa.

ver aqui:

http://www.talkorigins.org/faqs/faq-age-of-earth.html


Mas e se existirem elementos filho presentes nas rochas?

O meio mais direto de calcular a idade da Terra é o da idade isocrônica Pb/Pb, derivado de amostras da Terra e de meteoritos. Isso envolve a medição de três isótopos de chumbo (Pb-206, Pb-207, ou então Pb-208 ou Pb-204). Uma representação gráfica de Pb-206/Pb-204 versus Pb-207/Pb-204 é construída.
Segue aqui a explicação para as isócronas:

http://www.geo.cornell.edu/geology/classes/Geo656/656notes03/656%2003Lecture04.pdf

Elyson Scafati disse...

Dessa forma, mesmo tendo elementos filho na amostra, antes do decaimento podemos estimar uma idade para o mineral sob análise.

Teoria cinética dos gases elaborada por Daniel Bernoulli diz que os gases consistem em um grande número de moléculas se movendo em todas as direções, onde elas colidem entre si e esse impacto causa uma pressão na superfície de contato que podemos sentir.

Isso é uma relação entre temperatura e a velocidade das partículas.

veja aqui:

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/teoria-cinetica-dos-gases/teoria-cinetica-dos-gases-1.php

Ou seja, teoria cinética de gases nada tem a ver com taxa de escape de gases para o espaço.

Isso tem a ver com a massa da molécula de He, cuja interação com a gravidade terrestre é muito pequena e sua densidade em relação a outros gases é baixa, somente superada pela molécula de H.

Embora Vardmann detenha mil credenciais científicas e um excelente curriculo, é um criacionista o que já o coloca na berlinda quanto às pesquisas aqui mencionadas.

Onde está o Peer-reviewed formal disso? Cadê a publicação disso em revista científica? Não existe? Então jogue a pesquisa no lixo.

Quanto as demais afirmativas sobre os erros de datação: Onde está a publicação disso em revista científica? Onde estão as fontes destes erros gritantes? Não existem? Jogue toda esta balela no lixo.

O campo da terra não está ficando mais fraco a cada dia. Ele oscila de tempos em tempos e se inverte (veja algo em torno de paleomagnetismo).

Os raios cósmicos (oriundos de estrelas e do Sol) atingem o N14 e fazem o C14. O método de datação de C14 se presta a analisar amostras entre 50 e 70 mil anos.

Se houve oscilações no campo magnético (e de fato houve, para mais e para menos), certamente que se formará mais ou menos C14.

Por essa razão que o método é estatístico embora seja denominado de absoluto. Colhemos várias amostras e as datamos.

Fazemos um diagrama estatístico e aquelas que discreparem para mais ou para menos são excluídas Até que oscilem dentro de uma faixa (por isso que vem: idade = X +-y)

Quanto ao caso do diamante, estas são estruturas feitas de carbono. Não é de se espantar que algum C14 fosse detectado. Meia vida não quer dizer que exatamente metade dos átomos vão decair com hora marcada. É uma média do que ocorre.

Assim, um traço bacteriano de 3,8 bi de anos pode conter C14, mas não se prestaria a ser amostra para este método de datação.

No mais qual a fonte da afirmativa sobre ter se usado o método do C14 para o diamante?

Tudo o que pedi aqui de fontes, não são aquelas da igreja mas fontes científicas, com a devida publicação em revista de mesmo cunho.

Em suma, André se os métodos de datação fossem essa lixeira que o filme tenta promover ninguém mais os usaria.

E, também não seria por eles estarem errados, como o filme tenta mostrar, que atestaria uma terra jovem.

Elyson Scafati disse...

Sobre o escape de He e H (Scientific American, n 85 - artigo Vazamento de Atmosferas Planetárias).

Um planeta pode adquirir uma atmosfera com os gases fluindo do seu interior, pode capturar materiais voláteis de cometas e asteróides que o atingem ou ter gravidade suficiente para atrair gases do meio interplanetário.

Todavia é importante saber como os planetas perdem atmosfera, mais do que como eles adquirem uma.

A atmosfera terrestre gradualmente perde gases para o espaço, porém essa taxa é pequena. Para o H e o He, a taxa é de 3Kg e 50 G por segundo, respectivamente, o que em escala geológica é bem significativo.

Mas como se dá este escape?

* Por escape térmico - é o mais comum e simples dos processos. O sol aquece todos os corpos do sistema solar. Para se livrarem desse calor valem-se de 2 formas:

- perda de matéria; mais comum em cometas.

- emissão de radiação infravermelha; este é o processo mais comum em corpos de vida longa como a Terra. Este aquecimento pode causar a perda da atmosfera, se o aquecimento solar exceder até certo limite que depende da força de gravidade do corpo.

Este escape térmico ocorre de duas formas:

+ Escape de Jeans:O ar evapora átomo por átomo, molécula por molécula no topo da atmosfera, em um local conhecido como exobase (500 Km acima da superfície aqui na Terra). Porém o processo para atingir a exobase é lento.

Aqui o ar é tão tênue que raramente as partículas de gás colidem. Porém, nada impede que partículas com velocidades suficiente escapem para o espaço, sobrepujando a força de gravidade.

Poucas moléculas atingem a exobase, mas algumas moléculas de água e metano atingem a estratosfera, se decompõe e liberam H, que se difunde até atingir a exobase.

A exobase tem temperatura de 1000K e as moléculas atingem uma velocidade média de 5Km/s, inferior a velocidade de escape que é de 10,8 Km/s a esta altura, porém a amplitide dos dados é grande e as moléculas com grande velocidade conseguem escapar.

O escape de Jeans é responsável por cerca de 10% a 40% do escape de H.

+ escape hidrodinâmico ou vento planetário: o ar quando aquecido pode fluir em grande quantidade. A atmosfera superior absorve UV o que a esquenta e a faz expandir-se, deslocando o ar para cima.

Isso acelera suavemente o ar e o faz atingir a velocidade de escape.

O hidrogênio ao fluir pode capturar e arrastar moléculas mais pesadas, a uma taxa que diminui com a massa da partícula.

Elyson Scafati disse...

A evidência para a ocorrência de que este escape possa ter ocorrido nos primórdios da Terra é dada por 3 pistas:

1 - Gases Nobres - se estes não escapassem, permaneceriam na atmosfera indefinidamente, uma vez que são inertes. a abundância de seus isótopos seria similar aos seus valores iniciais, que são equivalentes aos do Sol, pois todos os corpos do sistema solar se originaram na mesma nebulosa.

2 - estrelas são fontes de UV, que possibilita o escape hidrodinâmico e o sol não é exceção.

3 - Planetas terrestres jovens podem ter tido atmosferas ricas em H (redutoras), sendo que o H advém de reações entre a H2O e o Fe, a partir de gases de nebulosas ou de moléculas de H2O quebradas pela RUV, lembrando que nos primórdios da Terra ela era quente e houve intenso bombardeio de asteróides o que propiciou a H2O estar em estado gasoso. Sem duvida isso propiciaria o escape hidrodinâmico e o arraste de outros gases com a consequente perda para o espaço.

* Por escape não térmico: aqui, reações químicas ou o choque de partículas, acima da exobase, catapultam átomos à velocidade de escape.

Este tipo de escape pode envolver íons, partículas que normalmente ficam presas ao planeta devido ao campo magnético seja ele global (do planeta) ou localizado (devido a um vento solar).

Com a troca de carga, um íon de H colide com um H neutro e captura seu elétron. Resultado: um H neutro com alta velocidade e imune ao campo magnético. Este processo responde pela perda de 60 a 90% do H terrestre.

Outro ponto é a armadilha magnética planetária, formada por linhas de campo magnético que não se fecham de pólo a pólo, uma vez que são dragadas pelo vento solar. É por essa abertura que os íons escapam, após vencer a gravidade.

Somente o H e o He conseguem tal façanha e essa corrente resultante de partículas carregadas é denominada de vento polar e responde por 10 a 15 % das perdas de H e quase pela totalidade das perdas de He (embora um gás nobre, pode ser ionizado).

Estes íons leves podem levar outros íons consigo, sendo que, no passado, se o vento polar fora mais forte, poderia mesmo ter carregado o Xe.

A evidência para tal é que o Kr, que não tem o mesmo padrão isotópico do Xe, embora mais leve, deveria ser mais propenso a escapar, mas resiste à ionização, sendo que o vento polar não o afetaria.

No escape fotoquímico, moléculas de O, N e CO2 se deslocam para a atmosfera superior, onde o Sol as ioniza.

Estas, ao se recombinarem com elétrons ou colidirem com outro íon ocorre a separação de dessas moléculas em átomos devido à energia liberada com o choque. Tais íons têm velocidade suficiente para escapar para o espaço.

A ejeção ocorre quando não há campo magnético, o que deixa a atmosfera vulnerável ao vento solar. Este colide com os íons, há troca de carga o que propicia seu escape.

A ejeção e o escape fotoquímico respondem pela perda da atmosfera de Marte.

* Por queda de asteróide. Se estes forem grandes e rápidos o suficiente serão vaporizados e ao mesmo tempo, vaporizarão uma massa equivalente da superfície. A nuvem de gás se expande com velocidade maior que a de escape e empurra a camada de ar acima dela.

Assim, quanto maior o impacto, maior o cone de atmosfera ejetado.
Assim, mais uma vez, se evidencia a mentira criacionista.


Como desejam ter credibilidade se apenas o que fazem é mentir? Pense André....

Henri disse...

O carbono - 14 NUNCA foi o metodo favorito para datar coisas, pois ele é muito falho. Até falei isso com o dono do vídeo. Ele disse que era um dos mais eficientes. Eu ia falar pra ele que não era mas veio na minha cabeça: pra quê! ele vai insitir no mesmo ponto! mas o metodo de datação do carbono não é porque qualquer invasão de fungo, ou ser vivo, pode alterar a data do carbono. Dizer que o metodo de datação falhou algumas poucas vezes não é sinonimo de que é tudo errado. O metodo carbono-14 é mais usado porque é mais simples e mais fácil, mas existe a datação radiometrica, por exemplo e muitos outro metodos. Bom e pela quantidade de vezes que é datada alguma coisa, sempre vai ocorrer um equivoco. É estatistica. Mas a maioria dá certo. E nuca, nunca, conseguiram datar a idade da Terra sendo 10 ou 6 mil anos. Isso seria impossivel, porque então nós não teriamos: petroleo, nem a grande barreira de recife de corais da australia.

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