sábado, 17 de dezembro de 2011

Tempestades solares erodem a Lua

Tempestades solares violentas podem soprar grande quantidade de material da superfície da Lua. Em um novo estudo da NASA, pesquisadores usaram simulações digitais para examinar como os eventos solares podem erodir a superfície do nosso satélite. Foi descoberto que eles podem até causar danos na atmosfera de Marte, já que o planeta não possui campo magnético. Essa é a primeira vez que cientistas tentam prever os efeitos das tempestades solares e erupções na Lua. “Descobrimos que quando essa nuvem massiva de plasma atinge a lua, remove facilmente material volátil da superfície”, afirma William Farrell, um dos envolvidos na pesquisa. “O modelo prevê 100 a 200 toneladas de material lunar – o equivalente a dez caminhões-caçamba lotados – arremessados durante uma típica passagem de dois dias desse evento.”

As tempestades solares são nuvens enormes de plasma quente e partículas carregadas que avançam pelo espaço. De acordo com os pesquisadores, uma dessas, que seja forte, pode conter facilmente bilhões de toneladas de plasma, viajando a incríveis 1,6 milhão de quilômetros por hora, com o tamanho maior do que várias vezes a Terra. Já que a Lua não tem atmosfera, o satélite fica vulnerável aos efeitos meteorológicos espaciais. Como resultado, a tempestade chega até ela, causando um processo conhecido como “crepitação”.

“A crepitação está entre os cinco principais processos que criam a exosfera lunar sob condições solares normais. Mas nosso modelo prevê que, durante uma tempestade, ele acaba virando o principal, com 50 vezes mais predominância do que os outros”, comenta Rosemary Killen, a líder do estudo.

Os ventos solares comuns são formados principalmente por partículas de hidrogênio carregadas, os íons. Mas o plasma das tempestades é altamente elétrico, com íons pesados, que provocam efeitos dez vezes mais fortes. [...]

Cientistas já haviam estudado o efeito das tempestades do Sol no campo eletromagnético da Terra, e sabemos que com isso ocorrem auroras intensas em nosso planeta. Mas, de acordo com os pesquisadores, em planetas como Marte, que não tem a mesma proteção, o plasma solar pode arranhar e erodir a atmosfera superior.

A NASA planeja lançar a missão Evolução Volátil e Atmosférica de Marte (MAVEN) no fim de 2013. A nave foi desenhada para orbitar o planeta e estudar como a atividade solar, incluindo as tempestades, remove a atmosfera do planeta vermelho.

Dos modelos realizados, os pesquisadores também preveem que pequenos corpos, como os asteroides, também são vulneráveis ao processo de crepitação.

Fonte: Hypescience

Nota do blog Criacionismo: Fiquei pensando cá com meus botões: se o sistema solar tem mesmo os bilhões de anos a ele atribuídos, será que nosso planeta, bombardeado pelo Sol durante tanto tempo (mesmo que fosse por “apenas” alguns milhões de anos), ainda teria atmosfera? E a Lua, tendo sofrido a ação de milhões de explosões solares, não teria sido grandemente erodida, ficando, pelo menos, sem qualquer vestígio de poeira como a que se vê por lá? O mesmo pensamento pode mais ou menos se aplicar à erosão dos cometas que passeiam perto do Sol. Além disso, conforme informa o físico Adauto Lourenço, em seu livro Como Tudo Começou (Editora Fiel, 2007, p. 185), medições feitas por mais de 140 anos dão conta de que o campo magnético terrestre perdeu, nesse intervalo de tempo, cerca de 15% de sua intensidade. Se extrapolarmos esse enfraquecimento para o passado (acima de algumas dezenas de milhares de anos), teríamos um planeta inóspito, desprotegido e incapaz de abrigar vida, como Marte.[MB]

Leia também: “Hidroxila em rocha desafia teoria da formação da Lua” 

5 comentários:

Elyson Scafati disse...

Acho bom o Michelson costurar os botões dele, pois andam meio soltos (ler material científico de verdade e não o lixo produzido pelos criacionistas).

O sistema solar tem sua idade estimada entre 4,5 a 4,7 bi de anos.

Será que ele se esqueceu do campo magnético da Terra? Este campo é gerado pelo material metálico no interior do Planeta, o qual gira internamente e gera eletromagnetismo, exatamente como ocorre com o sistema de um dínamo.

Este campo magnético repele as partículas carregadas advindas de erupções solares, o que faz com que nosso planeta mantenha sua atmosfera quase que intacta.

O mesmo ocorre com Venus, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, bem como com qq outro planeta capaz de gerar um campo magnético interno.

André, a desonestidade ou ignorância do Michelson atingem níveis alarmantes!!!!


Se um corpo é erodido, a força gravitacional obviamente é bem mais poderosa que o vento solar quando se trata de partículas mais pesadas (ex. sólidos, exceto se eles sublimam como ocorre com gelo seco e iodo).

Veja o que o estudo diz: "há remoção de material volátil". Terra não é volátil, portanto, o pó da Lua fica por lá mesmo. É o processo denominado crepitação que se trata de uma liberação espontânea de energia interna, quando o material é submetido a aumento de temperatura (nosso caso), exposição a altas pressões e contato direto com radiação (nosso caso). Assim, há grande variação da entalpia do sistema onde ela ocorre.

Entalpia é grandeza que mensura a máxima energia de um sistema termodinâmico, teoricamente passível de ser deste removida na forma de calor, muito utilizada em processos isobáricos (a pressão constante) que também é nosso caso.

Seguramente que isso também se aplica aos cometas e tal qual a Lua sua poeira ficaria bem lá e ainda indo na contra mão da infeliz nota do artigo indicado sobrariam ainda muitos cometas e meteoros de tamanho considerável, pois este processo de erosão é pequeno se comparado ao que ocorre no planeta Terra, por ação de chuvas, ventos, calor, gelo, lixiviação e abrasão.

Elyson Scafati disse...

Pelos deuses, André!!!! Adauto Lourenço é a personificação da desonestidade em carne e osso. É o supra-sumo do estelionato intelectual. Dou a ele a medalha de ouro do “TOP TEN” dos criacionistas mais desonestos do Brasil, quiçá do mundo.

O campo magnético da Terra é variável, pois de tempos em tempos a polaridade se inverte, conforme já discutimos.

http://criacionistaconsciente.blogspot.com/2009/06/decaimento-da-intensidade-do-campo.html

Tal inversão não é motivo para que o planeta seja destruído; vide a presença ainda de seres vivos por aqui, mesmo depois de eventos de maior potencial destrutivo, como as armadilhas siberianas, a extinção KT e as eras glaciais.

O valor do campo magnético não chega a ser zero e nem cai ou permanece longamente em níveis que destruam ou comprometam a vida na Terra.

A razão de Marte ter morrido está em seu tamanho. Seu núcleo esfriou mais rápido e assim deixou de existir o dínamo interno. Sua atmosfera e sua água (substâncias voláteis) se foram. O que sobrou foi um deserto frio, pedregoso e banhado pela radiação solar.

Assim, quando falamos de corpos celestes, tamanho é documento e este tamanho vai dizer por quanto tempo o campo magnético se manterá ativo.

Obs: Júpiter não tem material metálico em seu núcleo mas tem hidrogênio metálico que é um líquido constituído por elétrons e prótons ionizados que faz o mesmo papel do dinamo que existe no centro da Terra e gera campos magnéticos absurdos, que chegam mesmo a interferir em nossos campos magnéticos.

Antes de vomitar idiotices, seria interessante que Adauto estudasse mais para deixar de ser ignorante e rezasse mais para pedir perdão de suas mentiras, dissimulações e desonestidades.

Mas, o que esperar de alguém que obteve o diploma em uma universidade de décima categoria (a Bob Jonnes - fundo de quintal - University), cuja missão é propagar a ideologia fundamentalista de uma seita radical e obscurantista cristã?
Vamos lá André: nono mandamento:
NÃO DIRÁS FALSO TESTEMUNHO!!!!!
NÃO DIRÁS FALSO TESTEMUNHO!!!!!
NÃO DIRÁS FALSO TESTEMUNHO!!!!!
NÃO DIRÁS FALSO TESTEMUNHO!!!!!

Como para vocês o diabo é o pai da mentira, acho que certas marcas de cristão têm um grande problema pela frente com a salvação e a danação.
No fundo, André, criacionistas me lembram muito pessoas que reclamam nos tribunais sem ter o mínimo de razão: Falam um monte de besteiras e a outra parte é quem tem de provar que o que eles dizem não passa de alegações sem qq fundamento. Em resumo, isto é DESONESTIDADE, a qual deve ser deveras apreciada pelo seu deus da mentira.

Elyson Scafati disse...

Sobre:

“Hidroxila em rocha desafia teoria da formação da Lua”

A hipótese do grande impacto tem como evid~encia a semelhança entre as rochas terrestres e as lunares.

A composição dos isótopos estáveis de oxigênio das rochas lunares é idêntica à da Terra e bastante diferentes de outros objetos siderais.

Isto sugere que a Lua, ou o seu precursor, tenha tido origem na mesma distância do Sol que a Terra, à data da formação do sistema solar.

Quanto à água e a formação de apatita, sem dívida foi durante o período do grande bombardeamento do planeta de há 3,9 bi de anos atrás.

Sim, houve um dilúvio no planeta Terra devido à quantidade de água que chegou até aqui. Idem para a lua, porém, tal fato não se relaciona ao dilúvio bíblico, pos se assim o fosse, Noé e sua arca teriam virado um cozido.

Elyson Scafati disse...

Veja as desonestidades do criacionismo:

http://bulevoador.haaan.com/2009/11/2435/


Leia e caia na real...

Sith Lord disse...

A ideia de que as tempestades solares podem soprar poeira da Lua não é verdadeira. Apesar da gravidade menor, material lunar tem que atingir a velocidade de 2,38 km/s (8600 km/h!) [1] para escapar definitivamente da gravidade lunar, e as partículas do vento solar não tem energia suficiente para dar essa velocidade a grãos de poeira. Com certeza o efeito dele por milhões de anos contribui para a erosão lunar, mas o principal fator ainda são micrometeoritos.

Agora, é evidente que ele tem papel em retirar _gases_ dos corpos celestes, como de fato ocorreu com Marte, e acontece em escala menor com a Terra. É muito mais fácil dar essas velocidades altas a partículas individuais do que a grãos de poeira, concorda? Ainda assim, o campo magnético da Terra protege da maior parte dessas partículas, se não desviando pelo menos desacelerando. Como Marte não possui campo magnético há muito tempo, sua atmosfera foi erodida e hoje é muito fina*.

Quanto à medição de que o campo magnético diminuiu 15% em 140 anos, se você realmente extrapolar por uma reta descobre que ele era zero há apenas 933 anos... mas sabe-se que bússolas existiam há mais de 2000 anos [2]! Mesmo que esse dado seja correto**, há evidência de rochas de milhões de anos que ainda mantém a orientação do campo magnético da Terra de quando elas se formaram. É a partir disso que descobrimos o ainda misterioso fenômeno da inversão dos polos magnéticos [3]! Enfim, essa diminuição seria apenas uma oscilação temporária - e possivelmente interessante de investigar.

Por fim, cometas são mesmo erodidos e às vezes até engolidos pelo Sol. A maioria, porém, tem uma órbita com período de centenas de milhares de anos, e apesar de perderem massa quando se aproximam do Sol, podem fazer muitas turnês antes de se tornarem pedaços de rochas sem gases.

*A atmosfera fina é um desafio para as missões de exploração a Marte. O rover Curiosity, que está a caminho nesse exato momento, ao chegar em Marte terá que fazer uma série de procedimentos complexos para chegar em segurança à superfície: primeiro aerobraking, ou usar o atrito do ar como freio; depois lançar um pára-quedas supersônico; e quando mais próximo da superfície pairar com retrofoguetes[4]!

**Pessoalmente não confio nesse dado vindo do Adauto, de quem tive o "privilégio" de assistir uma palestra cheia de erros factuais e noções grosseiras da ciência.

Fonte:
[1]http://en.wikipedia.org/wiki/Moon
[2]http://en.wikipedia.org/wiki/Compass
[3]http://en.wikipedia.org/wiki/Magnetic_polarity_reversal
[4]http://www.youtube.com/watch?v=BudlaGh1A0o

Related Posts with Thumbnails
Related Posts with Thumbnails
BlogBlogs.Com.Br