quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Cientistas descobrem sistema “autolimpante” do cérebro

Na maior parte do nosso corpo, uma rede de vasos transporta a linfa, um fluido que remove o excesso de plasma, células mortas, detritos e outros resíduos que produzimos. Mas ela não passa pelo cérebro e os cientistas não sabiam exatamente como ele se virava para fazer sua “limpeza”. Até então, eles achavam que esse órgão se livrava dos resíduos por meio de um processo de difusão bem lento através dos tecidos. As substâncias solúveis em um fluido específico do cérebro, chamado líquido cefalorraquidiano, seriam mandadas para fora do sistema nervoso e, depois, lançadas na corrente sanguínea. Mas neurocientistas das Universidades de Rochester, Oslo e Stony Brook acabaram de descobrir que o cérebro também promove uma limpeza por ali de uma segunda maneira (bem mais rápida e eficiente, por sinal), com a ajuda de uma corrente de fluido que passa por dentro dele. E tem mais: esse processo acaba com o acúmulo de toxinas associadas à doença de Alzheimer, Huntington e outras doenças neurodegenerativas.

Liderados pelo neurocientista Maiken Nedergaard, o grupo perfurou o crânio de ratos vivos e injetou no seu cérebro moléculas radioativas. Então, acompanharam seu caminho junto com outros resíduos carregados pelo líquido cefalorraquidiano. Eles observaram que, como um rio, esse fluido carregou as moléculas rapidamente ao longo de canais específicos – formados, olha só que interessante, por células cerebrais não neurais chamadas “glia” (veja na imagem acima). Elas criam um canal de descarga para o líquido cefalorraquidiano e ainda ajudam a regular o seu fluxo.

Depois, o líquido pode cair na corrente sanguínea, retornar para o cérebro ou ir para o sistema linfático. Os pesquisadores batizaram a rede de sistema “glimpático”, em referência tanto às células da glia quanto à sua similaridade funcional com o sistema linfático.

Os pesquisadores também injetaram um tipo de proteína chamado beta-amilóide no cérebro dos camundongos. Ela está presente em todos os cérebros saudáveis, mas, em casos como a doença de Alzheimer, pode se acumular e provocar danos cerebrais. Isso foi feito tanto em ratos com um sistema glimpático normal quanto em outros com um gene deficiente que impedia que as células da glia auxiliassem no fluxo do fluido cerebral. Resultado: nos ratos normais, a proteína foi rapidamente levada embora por esse sistema “autolimpante”. Já nos outros, ela ficou mais tempo.

Agora, acredita-se que problemas nesse sistema autolimpante do cérebro possam ser responsáveis (em parte, pelo menos) pela acumulação excessiva de proteínas prejudiciais observadas em doenças neurodegenerativas. Além disso, o estudo também pode levar a uma compreensão maior do funcionamento desse sistema como um possível removedor das toxinas neurais que inevitavelmente vão se agregar e causar danos cerebrais à medida que envelhecemos.

Fonte: Superinteessante

Nota do blog Criacionismo: Limpeza, canal de descarga, regulagem de fluxo. Esqueça a filosofia evolucionista-naturalista por um minuto. Ao ler conceitos como esses, o que lhe vem à mente? Se eu lhe dissesse que encontrei por aí um computador superavançado, à prova d’água, com impressionante capacidade de armazenamento de informação, e ainda por cima capaz de se autolimpar e (muitas vezes) autorreparar, e lhe dissesse que esse equipamento com tecnologia de ponta é fruto do acaso, você aceitaria isso? Pois é... Além disso, aqui cabe a pergunta de sempre: Se o acúmulo de toxinas no cérebro pode levar a doenças neurodegenerativas, como o cérebro “se virava” até que esse mecanismo de limpeza “evoluísse”? Sem esse sistema funcional desde o início, haveria hoje cérebro evoluído para ler este texto? Quanto mais as pesquisas científicas se aprofundam na complexidade da vida, fica mais difícil para os crentes no acaso sustentar sua visão materialista.[MB]

Leia também:  "Cérebro supera computadores" e "O processador é imitação; o cérebro não"

5 comentários:

Elyson Scafati disse...

André, André!!! Pelos panteões de Asgard, do Candomblé, do Egito e do Xintô!!!!


O naturalismo metodológico não é específico da biologia evolucionista, mas de toda e qualquer disciplina que se relacione às ciências naturais.

Repita isso uma 1500 vezes, de frente para o espelho, para entrar na sua cabecinha!!!

O caso de se usar uma terminologia que se assemelha a um maquinário não significa que haja por trás de um cérebro ou de qq outra coisa vista na natureza um designer (caramba, é sempre a mesma baboseira!!! Vocês crias realmente vencem pelo cansaço e não pela razão...).

Vamos esclarecer a infeliz (para variar) nota:

Mais uma vez: ACASO NÃO EXISTE. O QUE EXISTE É UM PROCESSO EVOLUTIVO DAS ESPÉCIES, CONDICIONADO ÀS SOLICITAÇÕES DO MEIO EM QUE ELA VIVE.O ACASO RESIDE NO QUE ACONTECERÁ COM NOSSO PLANETA. A REGRA É A EXTINÇÃO E A EXCEÇÃO É EVOLUIR E SE ADAPTAR ÀS NOVAS CONDIÇÕES DO MEIO.


Uma máquina em nada se assemelha a um organismo vivo. Uma máquina busca o ótimo. Um organismo vivo busca o funcional e o faz de formas bizarras.

Nosso cérebro é um exemplo de stupid design, pois ele embora seja nosso grande amigo, é nosso pior inimigo. Consome muita energia de nosso corpo e nos prega peças como ilusões (ver, ouvir e sentir o que não existe), nos joga em transes profundos (como ocorre com aqueles que na sua crença estão possuídos ou falando a "língua dos anjos") e nos faz perder muitas coisas ao nosso redor que podem nos ser péssimas (a distração).

Elyson Scafati disse...

[Se o acúmulo de toxinas no cérebro pode levar a doenças neurodegenerativas, como o cérebro “se virava” até que esse mecanismo de limpeza “evoluísse”?]

Esta pergunta soa infantil. Nem minha filha de 7 anos me perguntou até hoje um troço tão absurdo... Ela já me perguntou como o cérebro funciona e por que temos consciência.

O cérebro assim como qualquer órgão não aparece na natureza em um passe de magia como prega o criacionismo.

Por essa razão, se vc consultar sistema nervoso em fisiologia comparada, vc verá que as bactérias já possuem organelas sensoriais para luz, calor, e fluidez do meio, além de serem auto-limpantes.

Esta limpeza tem sua origem no processo de digestão celular, sendo seu final a clasmocitose, onde no vacúolo digestivo se encontram os resíduos a serem expulsos das células.

Á medida que subimos em nossa árvore da vida, vemos esses sistemas sensoriais ficarem cada vez mais sofisticados e adquirindo novas funções e anatomia.

Cnidária e rotifera, que são os primeiros animais a apresentar ramificações nervosas (sistema nervoso difuso ou reticular).

Ao chegarmos nos vermes plathelminthes, vemos um sistema nervoso central formado por um anel, com filetes nervosos que percorrem o corpo todo através de ramificações. Aqui há os primeiros sinais de cefalização. é o sistema nervoso ganglionar(aglomerados de neurônios situados na cabeça).

Elyson Scafati disse...

Isso permite os vermes serem bem mais eficientes que aqueles animais.

É o sistema nervoso ganglionar que se torna mais aperfeiçoado em animais como os anelídeos e principalmente artrópodes e moluscos cefalópodes.

Nos equinodermos o sistema nervoso é rudimentar, denominado radial simples, constituído por uma rede nervosa modificada (neurônios que se conectam sem que exista um órgão central) e anéis nervosos radiais ao redor da cavidade oral que irradiam para a periferia do corpo.

O sistema nervoso dos cefalocordados, é bastante simplificado, sendo formado por um cordão nervoso dorsal, que apresenta uma dilatação na região anterior denominada vesícula cerebral.

O subfilo Urochordata é composto por animais marinhos e sésseis em sua maioria, conhecidos como tunicados ou ascídias e possuem o notocórdio e o cordão nervoso dorsal apenas durante o estágio de larva.

O sistema nervoso central dos vertebrados consiste no cérebro e na medula espinal protegidos, respectivamente, pelo crânio e pela coluna vertebral.

Embora errônea a classificação abaixo é didática:

Nos vertebrados "inferiores" (peixes - agnatos cartilaginosos e ósseos) o cérebro controla principalmente o funcionamento dos órgãos sensoriais.

Nos vertebrados "superiores" (anfíbios, répteis, aves e mamíferos), o tamanho do cérebro relativamente ao do corpo é maior, o que permite uma troca de informação mais intensa entre as diferentes partes do mesmo e com o meio ambiente.

Assim, André, o cérebro como qq coisa viva tem uma história de 3,8 bi de anos e é um produto direcionado pela evolução que respondeu ao acaso que influenciou os ambientes do nosso planeta.

Assim, há 7 milhões de anos, surge alguém que começa a ver o meio de forma diferente e adquirir consciência de si mesmo (não que os demais animais não possam ter essa consciência).

Eram seus antepassados há umas 300 a 350 mil gerações atrás.

Elyson Scafati disse...

À medida que se aprimoraram e que descobriram o fogo e assim passaram a se alimentar mais eficientemente, seu cérebro cresceu e passou a ver o mundo de forma ainda mais particular.

Desenvolveu a cultura (não que grandes primatas não a tenham), a tecnologia.

Aprendeu a criar entidades para responder o que não sabia ou não compreendia (os deuses antes a natureza em si mesma) e transformou isso em uma forma de assegurar poderes absolutistas (a ideologia), ludibriar pessoas e garantir um poder, até mesmo sobre reis e príncipes (a religião), chegando a assassinar pessoas em prol dessas causas.

Assim, André, os sistemas funcionais daquilo que chmamos de cérebro se desenvolveu em paralelo com o órgão. Logo não é uma história de quem veio primeiro o ovo ou a galinha, o que já discutimos por aqui.

http://criacionistaconsciente.blogspot.com.br/2010/07/quem-nasceu-primeiro-o-ovo-ou-galinha.html

Dessa forma, meu caro acho que o mistério da limpeza cerebral está devida mente solucionado, de forma natural, sem apelo aos deuses ou entidades vindas de sei lá onde.

Elyson Scafati disse...

Sério, André, passe em uma livraria especializada e compe livros de biologia, se vc quiser aprender alguma coisa de verdade.

Esqueça a literatura pseudocientífica (o lixo importado dos EUA pelas seitas fundamentalistas cristãs) do criacionismo e leia mais sobre ciências naturais. Certamente sua mente irá se clariar e vc perceberá que o criacionismo não tem pé nem cabeça.

Até para se ter fé temos de ter um pouco de razão e bom senso.


Entenda as passagens bíblicas como lições para a vida e não como algo literal que ocorreu de fato.

Com isso vc será um ser humano melhor a cada dia e não um tolo com perguntas, posicionamentos e argumentos risíveis como ocorre com os criacionistas em geral.

Vocês crias me preocupam. A todo custo querem impor seu ideário religioso como se fosse a verdade acima de tudo e dão de ombros para aquilo que contradiz por meio de evidências plausíveis a sua fé.


Pense, André. Deus não está preocupado se vc adere ao criacionismo ou às ciências naturais. A preocupação dele, se existir, e que vc seja uma pessoa melhor a cada dia. É só.

Grande abraço

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