terça-feira, 19 de outubro de 2010

A palavra "terra" em Gênesis 1:1

Niels-Erik Andreasen - professor de Antigo Testamento na Universidade de Loma Linda, Califórnia, U.S.A.

Introdução

Afirma Gênesis 1:1 que tanto a vida como a matéria inorgânica foram criadas simultaneamente, ou que, embora a vida seja bastante recente, a matéria inorgânica poderia ter existido muito tempo antes da semana da criação? O autor examina as dificuldades envolvidas na tradução da palavra terra a partir do texto hebraico.

A frase inicial do Velho Testamento é bela em sua simplicidade - “No princípio criou Deus os céus e a terra”. Até mesmo uma criança pode entendê-la, mas apesar disso cada uma das palavras dessa frase tem sido objeto de interpretação discordante (1). A palavra “terra”, ora em discussão, não constitui exceção. A questão consiste em saber se ela se refere:

a - À matéria que fisicamente compõe a terra (2),
b - Ao planeta Terra como parte do sistema solar (3), ou
c - À terra no sentido do solo sobre o qual a vida pode existir (4).

Abordaremos a questão de forma sucinta, analisando quatro problemas. Primeiro, examinaremos o significado e o uso da palavra “terra” (em Hebraico ‘erets). Em segundo lugar, consideraremos a palavra no contexto de Gênesis 1:1. Em terceiro lugar, examinaremos o problema de Gênesis 1:2. Finalmente, procuraremos verificar qual é a concepção bíblica do mundo físico que este versículo exprime. (...)

[Leia o artigo na íntegra clicando aqui]

2 comentários:

Elyson Scafati disse...

Por Baal e Inana André!!!!

Erets à época do velho e do novo testamento não se trata de planeta Terra, uma vez que tal noção não existia, exceto, rudimentarmente, para alguns povos da antiguidade como gregos, chineses, egípcios, indianos, acadianos e sumérios, ou seja para povos dados à ciência.

Estes povos conheciam a agricultura e a criação de animais, não eram nômades e assim podiam se dedicar a outras coisas na vida como escrever, fazer uma história escrita e pensar "por que tudo é assim".

Em verdade a "ciência" da época, era a astrologia (crença de que os astros influem na vida das pessoas), a qual se tornou, a partir de Galileo, astronomia.

Hebreus, por terem uma vida nômade quando da confecção destes mitos não eram dados à ciência.

Somente, muito mais tarde, mais ou menos à época de Salomão, é que o conhecimento científico começa a ganhar certa expressão no seio deste povo, pois haviam se fixado em cidades e começaram a ganhar uma estrutura e unidade política.

Assim, erets à época significava os locais do mundo conhecidos para os hebreus e suas cercanias, ou seja, não havia uma noção de por exemplo a existência da Austrália ou do Japão ou da América.

É claro, assim como no português erets pode ser o solo em sí, o lugar de que alguém veio, como as massas de terra.

Hoje na língua hebraica, assim como no portugês e outras línguas latinas, asiáticas ou semíticas, Erets se refere ao planeta Terra, mas não era assim à época.

Daí a sua interpretação estar fora de contexto e, portanto, equivocada.

O problema do Gênesis, André, é que vocês o encaram como algo literal e fático, o que não é uma interpretação coerente e saudável para a atualidade.

Genêsis é o relato de um mito da época suméria que dá uma explicação mítica sobre as origens do mundo, uma vez que é mais fácil atribuí-la aos deuses que ficar sem explicação.

Lembre-se o conhecimento científico naquele tempo era parco. Havia um misto entre ciência (que não sabiam que era ciência) e crença religiosa.

Porém Gênesis assim como qq mito da antiguidade, é falho, porque não explica os deuses.

Interpretar Gênesis como algo literal leva a absurdos e excrescências como o criacionismo e seu análogo requentado o DI, além de gerar má interpretação acerca das mensagens das Escrituras e levar a religião às raias do ridículo.

Elyson Scafati disse...

Aqui

http://criacionistaconsciente.blogspot.com/2010/06/estudo-pessoas-pensam-na-terra-como-se.html

eu já te expliquei isso.

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