domingo, 18 de março de 2012

William Lane Craig refuta o argumento central de Dawkins

7 comentários:

Elyson Scafati disse...

Craig é uma máquina de falar besteira.
Vejamos:
Se eu encontro um monte de máquinas, na Lua, artefatos arqueológicos, obviamente isso foi feito por alguma coisa ou por alguém.
Mas, se eu encontro vida, planetas e galáxias, não posso perguntar quem os fez, mas sim como se desenvolveram.
O argumento central de Craig se apóia no argumento do design de Paley, o qual não tem aplicação ao perguntarmos sobre questões do universo.
Um projeto de qq coisa que seja artificial demanda cálculos, desenhos e uma construção precisa. Ou seja, requer horas de prancheta e computador para sair algo perfeito ou muito próximo disso de forma a realizar seu propósito (ex uma TV).
A vida não é assim (é duro de vocês entenderem isso ein!?) A vida não demanda soluções perfeitas, mas soluções melhores para determinado momento.
Os dinossauros foram ótimos para seu mundo (andaram por aqui por 200 mi de anos), os trilobites e a mega fauna idem. Os atuais mamíferos vivem bem neste mundo, mas não eram bons para a época dos dinossauros.
Baratas vivem bem desde que apareceram por aqui.
Ou seja, não é o mais forte, o mais inteligente, o maior que sobrevive, mas o melhor adaptado.
O universo parece perfeito, mas não é assim. Nós vivemos em uma galeria de tiro, pois há muitos asteróides e cometas que circulam próximo da Terra e é uma questão de tempo darmos de cara com eles. As zonas de calmaria do universo são as periferias das galáxias que são quase nada se comparadas com uma galáxia inteira.
Há super-novas detonando por todo o universo e se uma delas apoiar seu eixo para nós viraremos pó em segundos. Quando nosso sol se for (sim, ele tem prazo de validade) iremos com ele, se ainda estivermos por aqui.
Assim, o argumento com base na complexidade se já ela qual for não tem sustentação, pois nada na natureza é “perfeito”, mas sim é o bom para aquele momento e quanto ao cosmos essa perfeição não existe, pois ele é o caos.
Sobre coisas humanas e de outros seres inteligentes ou nem tanto, essa perfeição tem de existir para a coisa funcionar bem.
Ex. uma lançadeira de flecha, uma pedra para quebrar nozes, uma nave espacial para chegar a Terra, um sistema de traje que resfria o “astronauta de sei lá onde”. Resumindo eles têm um desígnio que é executar sua função.
Vc assumir, por exemplo, que uma tribo perdida deixou seus artefatos aqui, é óbvio que é uma questão elementar, pois isso é o esperado, se eu encontrar uma flecha do paleolítico.

Elyson Scafati disse...

Mas eu dizer que um ser fantástico fez a vida, isso demanda investigação, de modo a saber se este ser fantástico de fato existe, de forma a atestar esta minha conclusão.
Ora, a vida existe, a complexidade da vida existe, o cosmo existe; tudo é complexa; logo somente deus poderia ter feito tudo, é uma conclusão que em nada se coaduna às premissas. É no mínimo uma conclusão duvidosa e se trata na melhor das hipóteses de um argumento da ignorância.
É claro que não há necessidade de se perguntar o "por que" de um "porque".
Toda e qq disciplina faz cortes metodológicos para o estudo de determinado fenômeno.
Ex. vou estudar fluido-dinâmica; eu não preciso saber de onde veio o meu fluido e do que ele é feito. Apenas quero saber suas características físicas.
Se quero estudar sua composição, terei de saber do que ele é feito, logo me interessarão suas características químicas.
Se alego ser este um petróleo iraniano, tenho de provar isso com base na geologia local, em sua composição de hidrocarbonetos, e conforme suas características físico-químicas.
Não preciso saber quais eram as criaturas que foram soterradas e qual a salinidade da água do mar antigo que o formou.
Mas se alego ser de uma bacia ordoviciana, terei de mostrar isso com base nos fósseis pertencentes ao estrato rochoso em que se encontra.
Todavia se alego ser o petróleo o "cocô de um ser extraordinário" terei de demonstrar isso. Não dá para inventar qq bobagem e dizer que não devemos fazer perguntas acerca dessa bobagem.
Não importa quem criou o criador, mas sim em saber se o tal criador existe, sendo que a complexidade das coisas não é uma premissa que sustente inferir que o tal criador exista. A complexidade não é evidência direta e nem indireta de que este ser exista, como é a flecha da tribo perdida de que alguém a fez para caçar animais. É o esperado inferir que alguma coisa aqui da Terra, e humana ou próxima disso fez essa flecha.
Agora dizer que foi o ser do planeta X que veio aqui e fez a flecha é uma hipótese no mínimo duvidosa. E ainda mais dizer que é uma flecha mágica deixada por um deus ou que um tigre a tenha feito são hipóteses muito menos plausíveis que inferir que foi um ET ou um humano ou quase humano que a fez.
Pode ser que jamais saibamos quem a fez, mas certamente saberemos que foi humano ou quase isso, dependendo de que tecnologia foi utilizada e em que estrato foi encontrada.
Certamente se chegássemos à Lua e existisse um complexo sistema de canais e de máquinas, saberíamos que alguém andou por lá antes de nós e, com segurança, poderíamos inferir que se trata de vida alienígena, hipótese muito mais provável do que dizer que os atlantes andaram pela Lua.

Elyson Scafati disse...

Uma dada explicação é a melhor se ela responde satisfatoriamente determinada questão, sem necessitarmos ir além de nosso corte metodológico. Isso é o princípio de Occam.
Mas é claro que se criamos entidades para responder uma questão, não respondemos nada, apenas empurramos o problema para esta entidade. De pronto isso viola o princípio acima e, portanto, precisamos sim de uma explicação para a explicação.
As respostas têm de ser simples, mas não mais simples que o necessário para esclarecer a questão.
Assim, design inteligente é a pior resposta que podemos dar acerca das origens do universo e da vida, pois ela viola o princípio de Occam, uma vez que empurra o problema para uma entidade acerca da qual é proibido qq questionamento.
Sempre que se argumenta com um “cria requentado” (proponente do DI) a história é a mesma: existe o design, logo um designer o projetou, mas essa teoria [SIC em homenagem ao Michelson...] apenas trata do design e não do designer.
Ora, se digo que há um designer tenho de fazer a prova disso por meio de evidências que levem a crer que esta figura fantástica existe ou existiu um dia. Não precisamos saber quem a fez, mas apenas saber quem é ela, de onde veio, para onde foi e se existe ou existiu de fato. Aqui encerra nosso corte metodológico acerca do designer.
Mas na é isso que ocorre, pois para as questões apontadas pelo DI há sempre uma explicação científica, que aos poucos elimina as lacunas para o “designer” se esconder.
A ciência não é dogmática como é a religião ou determinadas ciências humanas como o direito. A ciência assim como a filosofia são zetéticas e seu ciclo de perguntas é infinito, ou seja, buscamos sempre a explicação para a explicação, à medida que um assunto é resolvido por uma explicação e esta, como ele se torna mais e mais complexo.
A ciência se levada a fundo é uma regressão infinita, mas conseguimos explicar o que nos propusermos caso façamos os cortes metodológicos, como expliquei anteriormente. Assim, Craig se vale da falácia da “bola de neve” ao dizer que a regressão destruiria a ciência. Resumindo , em filosofia da ciência ele é um “zero á esquerda”.
Bom, acho que um ser para criar algo deve ser bem mais complexo que este algo, seja na execução como no mundo das idéias, pelo menos é o que vemos na prática (ex. robôs que montam carros e humanos que projetam computadores e seus softwares).
Acerca das considerações que Craig faz de deus, nada mais são que verborragia que não leva a nada. Será mesmo que deus é um espírito, uma mente sem corpo, imaterial? De onde Craig tirou essas premissas? Seriam elas verdadeiras? Ou seja, Craig parte de um dogma e constrói sua resposta, sendo suas premissas não são testáveis e, portanto, no mínimo duvidosas.
Assim, ao concluir que deus é extremamente simples e na possui partes, idem, é no mínimo uma conclusão duvidosa, pois as premissas não sã atestadas como verdade.

Elyson Scafati disse...

Lógica apenas infere um argumento, mas não atesta sua solidez. Para o argumento ser sólido as premissas e a conclusão devem ser verdadeiras e a inferência deve estar correta.
Ex.
Pardais são aves
Aves são cordados
Logo pardais são cordados
É um argumento sólido, com premissas e conclusão verdadeiras e inferência correta.

Mas:
Gorilas são anfíbios
Anfíbios vivem em vulcões
Logo gorilas vivem em vulcões

Temos inferência perfeita, com premissas e conclusão falsas o que nos leva a um argumento não sólido.

E

Focas são anfíbios
Anfíbios vivem parte da vida na água
Logo focas vivem parte da vida na água

Temos inferência perfeita, com uma premissa falsa e outra premissa e conclusão verdadeiras o que nos leva a um argumento não sólido.
Ou seja, todo argumento que conclui que deus existe ou não, não tem solidez, embora a lógica possa ser perfeita.
Assim, o argumento de Craig não tem a mínima credibilidade em sua solidez. Quanto ao restante das elocubrações do nosso amiguinho, podemos desconsiderar, pois seu argumento central e que dá a elas sustentação, sequer faz sentido.
Além disso, e, mesmo além de Popper, algo se torna verdadeiro pelo tanto de repetições que atestam sua veracidade. Ou seja, à medida que essa verdade se verifica, a conjectura passa a mais e mais se aproximar de uma verdade (ser mais provável de que seja verdade) ex. emblemático – teoria evolutiva e suas evidências científicas, a existência de buracos negros ou a possível veracidade da teoria das cordas (evidenciada indiretamente).
Todavia, se esta verdade não se verifica, podemos dizer que ela não é uma verdade, mas sim que esta conjectura se aproxima de uma mentira. Ex. criacionismo e sua ausência de evidências, bem como as mentiras que “os crias” contam; o éter luminífero, o qual não foi verificado por nenhum experimento até hoje e a existência do planeta X no Sistema Solar, o qual jamais foi verificado.

Elyson Scafati disse...

Provar que deus existe ou não, é o mesmo que dizer que existem ou que não existem gnomos, unicórnios, grifos e fadas invisíveis, bem como outros deuses quaisquer.

Como vê Andre, não basta Craig falar um monte de besteira para dizer que o design é a melhor resposta. Terá sim de mostrar que o designer existe e que é capaz de executar as tarefas que lhe são atribuídas.

Do contrário, a argumentação inteira em torno do designer perde seu objeto.

Anônimo disse...

não sou tão inteligente quanto a pessoa que comentou acima. no entanto, acho que as conclusões sobre o craig não estão bem analisadas. primeiro que o trecho do vídeo é uma resposta a um biólogo que trata da não existência de Deus. Então, inserir questões concernentes a galáxias é partir para um outro assunto. Craig está apenas refutando uma parte do livro de Dawkins. Acredito que entrar em questões que tratam de Deus é entrar em assuntos teológicos e/ou filosóficos. E nisso o Dawkins é realmente fraco. Desta forma, a resposta de Craig torna-se mais válida, ainda que use aquela sua lógica risível. Assim, o objeto discutido por Craig não é necessariamente o designer, mas apenas a discussão em torno dos argumentos de Dawkins que são insuficientes para provar que Deus não existe. Elyson Craig fez "um corte" metodológico.

Israel disse...

Se o sr. Elyson sabe tudo assim, marca um debate com o W.Lane Craig! Se até o Dawkins acovardou-se, talvez você Elyson seja o maior sabichão da Terra.
Estou esperando seu debate.
Até mesmo os ateus mais respeitados reconhecem o Craig como o maior e melhor adversário.

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