segunda-feira, 15 de junho de 2009

Por que a Terra está se afastando do Sol?

A distância entre o Sol e a Terra é conhecida como Unidade Astronômica, ou simplesmente UA, uma espécie de “quilômetro espacial”, usada para expressar as enormes distâncias interplanetárias. Uma Unidade Astronômica mede 149.597.870,696 km. A medição mais precisa feita até hoje dessa distância entre o Sol e a Terra foi concluída em 2004 pelos astrofísicos russos Gregoriy A. Krasinsky e Victor A. Brumberg. E, ao término de seu trabalho, eles fizeram uma descoberta surpreendente: a Terra está se afastando do Sol a uma velocidade de 15 centímetros por ano. Quinze centímetros por ano não parece ser muito, talvez apenas o suficiente para permitir uma previsão de que a Terra terá problemas de resfriamento global em algumas centenas de milhões de anos. Mas é o suficiente para exigir uma explicação. Afinal de contas, o que está afastando a Terra do Sol?

A explicação que primeiro se ofereceu foi a de que o Sol está perdendo massa, via fusão nuclear e pela emissão dos ventos solares. Perdendo massa, ele perderia sua força gravitacional e permitiria que os planetas ao seu redor se afastassem. Outras possibilidades levantadas incluíram alterações na constante gravitacional G, efeitos da expansão do Universo e até influências da matéria escura. Mas nenhuma delas passou pelo crivo da comunidade científica.

Agora, Takaho Miura e seus colegas da Universidade de Hirosaki, no Japão, elaboraram uma nova explicação para o afastamento da Terra em relação ao Sol. O artigo científico deverá ser publicado em breve no periódico Astronomy & Astrophysics, mas a proposta foi adiantada em uma reportagem da revista New Scientist. Segundo os cientistas japoneses, o Sol e a Terra estão literalmente empurrando-se mutuamente devido à interação de suas marés.

O fenômeno é o mesmo que explica o afastamento da Lua em relação à Terra: as marés que a Lua levanta em nossos oceanos estão gradualmente transferindo energia rotacional para o movimento lunar. Como resultado, a cada ano a órbita lunar aumenta cerca de 4 centímetros, e a velocidade de rotação da Terra diminui em 0,000017 segundos.

Dezessete milissegundos por ano é outro dado nada apocalíptico, mas o suficiente para projetar que, ao contrário do que o senso comum aponta, ao invés do tempo estar passando mais rápido, ele de fato passa cada dia mais lentamente - literalmente 0,000017 segundos por ano - e os dias terrestres tenderão a ficar maiores no futuro.

Da mesma forma, afirmam os cientistas, a massa da Terra está causando o levantamento de marés na superfície do Sol, o que explica uma diminuição na rotação do Sol em 0,00003 segundos (3 milissegundos) por ano. Ao perder momento angular, o Sol permite que a distância entre ele e a Terra aumente gradualmente.
Embora já tenha sido aceito para publicação, o que significa que os revisores verificaram que a proposta é cientificamente válida, será necessário que outros astrofísicos avaliem os métodos e cálculos dos pesquisadores japoneses antes que se possa considerar esta como sendo a explicação “oficial” para o já bem documentado afastamento entre o Sol e a Terra.


Nota do blog Criacionismo: A causa os cientistas não conhecem com certeza, mas o afastamento parece ser fato. Então, perguntar não ofende: Se a Terra e o Sol têm bilhões de anos, eles não estariam próximos demais no passado distante? Essa proximidade permitiria o surgimento e a evolução da vida aqui? Parece que não querem lidar com essa questão...[MB]
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Nota deste blogger: Bela observação do Michelson Borges, na nota acima, gostei. Havia lido a notícia antes de ser re-publicada em seu blog e não tinha notado essa importante evidência, que é mais um forte argumento científico que põe o evolucionismo em xeque e dá crédito ao criacionismo.

5 comentários:

Elyson Scafati disse...

O argumento tecido pelo Michelson está completamente errado. Gosto muito dele como pessoa, mas seus conhecimentos científicos deixam a desejar...

Vejamos:

A Terra se formou não em uma órbita extremamente próxima ao Sol, mas dentro da zona goldilocks assim como o planeta Vênus e Marte.

Porém, Vênus sofreu um efeito estufa terrível devido a seus vulcões e Marte resfriou seu núcleo, por ser pequeno, o que o fez perder seu campomagnético e, portanto sua atmosfera e sua água, sendo hoje um deserto gelado.

Para o caso Sol-planetas ou entre qq corpo celeste, o efeito de maré tende a diminuir com o tempo, e o afastamento entre os corpos será retardado. Mas pode ocorrer de a gravidade não mais segurar estes corpos e assim se afastarem entre si, que é o que acontecerá com a Lua.

Dessa forma, planetas podem migrar para órbitas mais estáveis, sejam elas para dentro ou para fora de seus sistemas solares, onde as diversas interações entre corpos celestes se equilibram.

É por isso que vc vê gigantes gasosos perto de determinados sóis, sendo que estes deveriam se formar na periferia dos sistemas solares.

Muitos planetas se formaram por aqui, mas pereceram devido aos choques entre si, sendo que os corpos maiores levaram vantagem (Smolin tinha razão, há teoria da evolução até em corpos celestes... e eu achei que ele estava pirado...).

Quando da formação do sistema solar, o Sol era bem mais frio que atualmente, pois estava iniciando sua fusão nuclear e a Terra se encontrava qualse que inteiramente em lava. Sem considerar os impactos de asteróides e cometas que trouxeram muita água, e muito material orgânico (meteoros carbonatados).

Não sei se vc sabia, mas nebulosas têm alcoois, aldeídos, cetonas, cianetos, amônia, ácidos graxos, éteres, aminoácidos, hidrocarbonetos e toda a gama de produtos orgânicos básicos para a vida.

Meteoros (feitos de metal, rocha e eventualmente material orgânico - fedem a cocô, urina velha, carne podre, comida estragada ou lixo - quando tiver oportunidade cheire um é bem estranho) e cometas (feitos de poeira, gelo e material orgânico) são os restos de uma nebulosa que não viraram planetas. Ficam vagando pelos sistemas solares ou ficam em sua periferia.

Mas quando interagem com, por exemplo, alguma outra estrela, mergulham para dentro dos sistemas solares e causam impactos com os planetas.

Elyson Scafati disse...

Nós temos a nuvem de Oorth, que circunda o sistema Solar e o cinturão de Kuiper, que forma um anel de cometas, um pouco depois de Eris e Sedna.

Eventualmente, como na zona de asteróides, pode ser que alguns deles saiam de suas órbitas e mergulhem em direção aos planetas internos e causem estragos.

Conheça a família Batistina, são caras nada agradáveis e vira-mexe causam um estrago aqui como o da extinção KT que matou os dinos e provavelmente a extinção permo-triássica.

Deus realmente foi sacana nestes aspectos ou um cara muito descuidado!!! Imagine largar a solta o Cinturão de Kuiper, a Nuvem de Oorth e o cinturão de asteróides!!! Só um projetista muito burro faria isso...

É por estes motivos que as primeiras forma de vida surgiram aqui por volta de 3,8 bi de anos. Evoluíram e continuam a evoluir.

Assim, mais uma vez , o que cai por terra é o criacionismo, uma vez que omite fatos científicos, varrendo o que não interessa para baixo do tapete.

Sério meu caro, vc precisa de uma imersão em ciência de verdade e não em má religião e má ciência como faz a SCB e sua igreja.

Ciência e religião podem coexistir, desde que não se misturem as estações. Religião cuida de nossa alma e ciência de nosso conhecimento profano (fora do templo).

Misturar as duas dá confusão, como as forçações de de barra que os fundamentalistas fazem...

Elyson Scafati disse...

Outro ponto que não deixei claro a vc é sobre o limite de Roche:

Este é a distância mínima que um objeto, mantendo sua estrutura unicamente por sua própria gravidade numa órbita em torno de um corpo massivo (de maior densidade) pode suportar sem que se desintegre devido às forças de maré, exercidas pela força gravitacional do objeto principal.

Por exemplo, os anéis de Saturno estão dentro do limite de Roche, o que significa que as pequenas partículas que o formam têm forças coesivas maiores do que as forças de maré.

Entretanto, à medida que aumenta o tamanho da partícula, suas forças coesivas ficam menos importantes comparadas com as forças de maré.

Esta é a provável explicação para o fato dessas partículas nunca terem se juntado para formar um satélite (que desperdícios comete este designer e que falta de planejamento ein!!!!).

Assim, se a Terra (que se formou muito além do seu limite de Roche) estivesse tão perto do Sol, como sugere a nota que vc copiou, certamente não se formaria.

Elyson Scafati disse...

Mas o que é efeito de maré?

É um efeito secundário da força da gravidade, responsável pelas marés.

Tal efeito ocorre devido à aceleração gravitacional experimentada por uma grande massa não ser constante em todo o seu diâmetro.

Logo, um dos lados do corpo tem uma maior aceleração do que o seu centro de massa, e do outro lado do corpo tem menor aceleração.

A força que "empurra" a Lua para fora é a gravidade exercida pelo bojo de maré mais próximo da Lua, que fica sempre um pouco "adiantado" em relação ela pois é arrastado junto com a Terra no movimento de rotação.

A massa de água do bojo acelera a Lua, que ganha velocidade tangencial, se afastando da Terra.

Por exemplo, no estado atual de evolução do sistema Terra-Lua, a Terra ainda tem que girar sob os bojos de maré, que ficam sempre apontados para a Lua.

O atrito gerado faz com que a rotação da Terra diminua, aumentando o dia em 0,002 segundos por século.

Se o momento angular de rotação da Terra diminui por fricção, então a Lua tem que aumentar seu momento angular orbital, movendo-se para mais longe da Terra.

O mesmo princípio vc pode usar para o sistema Sol-Terra.

Consulte o site da UFRGS de astronomia para aprender coisas sérias:

http://astro.if.ufrgs.br/

Não se prenda a baboseiras baseadas em perguntinhas maliciosas cujo único intuito é desacreditar a ciência a fim de que, com um argumento da ignorância, a religião se sustente.

Fé é uma coisa, burrice e estupidez são outras bem diferentes.

Anônimo disse...

É interessante notar como o discurso nos comentários postados pelo cidadão acima é taxativo e autoritário. Ele faz afirmações categóricas sobre a origem do sistema solar como se houvesse presenciado tudo in loco, ao vivo e a cores, e não bastando isto ainda ofende o autor do blog com palavras sarcásticas. Humildade não é o forte deste cidadão, todavia esta virtude se faz necessária quando se busca fazer ciência de verdade. Aprenda com Max Planck, grande nome da ciência, poucos podem ser comparados a ele, ou a Maxwell, cuja contribuição para o alicerce da Física moderna não pode ser negligenciada. São dois bons referenciais para abrir a mente destes sabichões, que se acham os donos da verdade. Será que o cidadão tem alguma contribuição científica maior do que a destes homens da ciência moderna que reverenciaram o Deus todo poderoso?

Roberto.

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