Cientistas japoneses criaram um motor rotativo apoiado unicamente em uma gota de água, girando em seu interior quando um campo elétrico é aplicado à gota.
O feito tem grande potencial para uso em dispositivos ópticos e nos biochips.
Motor fluídico
Hoje, são usados fluidos transparentes com altos índices de refração para controlar o movimento ou a inclinação de microplacas, que por sua vez controlam a passagem da luz usada para controlar as reações ou detectar compostos químicos no interior dos biochips.
Os cientistas já haviam conseguido fazer com que as placas se movessem na horizontal e na vertical, mas até agora nenhum grupo havia conseguido fazer um movimento giratório.
Como os polarizadores ou as redes refratoras normalmente têm suas funções controladas por movimentos rotacionais, um "motor fluídico" era um objetivo longamente perseguido.
Motor flutuante
O feito foi alcançado pelo Dr. Atsushi Takei e seus colegas da Universidade de Tóquio, que exploraram um fenômeno conhecido como electrowetting, ou eletroumectação - a capacidade de controlar eletricamente como os líquidos interagem com superfícies sólidas.
O motor é formado por um rotor metálico, não circular, depositado sobre uma gota de água ou outro fluido.
Para fazer a energia chegar ao motor flutuante, foram construídos eletrodos dispostos ao redor da gota. Com a alteração da tensão aplicada aos eletrodos, a gota se deforma, criando um torque entre a gota e o rotor, fazendo com que o rotor gire.
Motor transparente
Os pesquisadores enfatizam que a maior vantagem do seu motor flutuante é que ele pode ser fabricado inteiramente com materiais transparentes, o que o torna totalmente adequado para aplicações ópticas.
Eles agora pretendem partir para a miniaturização dos motores flutuantes, porque os dispositivos ópticos estão sendo construídos cada vez em menor escala. Segundo o grupo, o maior desafio é que, quanto menor a escala, mais difícil se torna controlar as forças sobre a gota.
Bibliografia:Capillary motor driven by electrowetting
Atsushi Takei, Kiyoshi Matsumoto, Isao Shomoyama
Lab on a Chip
May 2010
Vol.: Published online
DOI: 10.1039/c001211d
Fonte: Inovação Tecnológica
Nota: Incrível como a ciência avança a cada dia não? Porém, uma coisa é de se refletir: sendo o homem tão inteligente e habilidoso em criar e mesmo assim ter muitas dificuldades para se chegar a um determinado objetivo tecnológico, como neste caso do mini motor flutuante, que passou e passará por aperfeiçoamentos, é também incrível (neste caso, emprego o sentido estrito da palavra - "não dá pra se crer") o "fato" do muuiito mais pequeno e ao mesmo tempo mais complexo e perfeito nanomotor do flagelo bacteriano ter surgido e sido aperfeiçoado puramente por causas naturais evolutivas, o acaso "cego" e "burro" e o acúmulo de mutações "benéficas"... Haja fé! Por que um organismo conservaria em si uma engrenagem ou uma bucha que não teria função enquanto todas as partes do motor biológico não tivessem surgido? Qual a vantagem de se ter meio motor? Pense comigo: não seria esta uma forte evidência de que um Designer muuiito mais inteligente que o homem tenha criado não só o nanomotor do flagelo bacteriano, mas também as bactérias (não más) e culminando seu projeto com a criação do próprio homem, que é muuiito mais complexo que uma "simples" bactéria? Acho que não seria forçar a mente para se crer nisto. Uma questão de lógica e bom senso. A complexidade irredutível é gritante! Só não escutam aqueles que não querem ouvir...
Um comentário:
Meu, de novo a história do flagelo bacteriano e o designer!!!!!! Nããããão!!!!
Aliás as meninas dos olhos dos criacionistas requentados são o flagelo, o olho e a cadeia de coagulação.
Favor ler grande história da evolução do Sr. Dawkins. Lá ele explica o flagelo. Favor ler também a linguagem de deus de Collins, la ele explica os três.
São bem mais esclarecedores que dizer "foi o designer".
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