Há 900 milhões de anos [na elástica cronologia evolucionista], um oceano com as dimensões do Atlântico pairava sobre o lugar que hoje conhecemos como Planalto Central. A conclusão é de um estudo conduzido pelo Laboratório de Geocronologia da UnB, em parceria com os institutos de Geociências (IG) e Astronômico e Geofísico (IAG) da Universidade de São Paulo (USP). Os cientistas se debruçaram sobre amostras extraídas da chamada Faixa Brasília, conjunto de rochas sedimentares de mar profundo que datam do período Neoproterozoico - entre 1 bilhão e 600 milhões de anos atrás. O estudo do material ajuda a contar a história de como era a região muito antes de o primeiro dinossauro existir e quando os continentes ainda não haviam sido formados.
De acordo com o geólogo da Universidade de Brasília (UnB) e coordenador do estudo, Reinhardt Fuck, a maior prova de que havia um oceano no Brasil Central são vestígios de um arco de ilhas vulcânicas - semelhantes às ilhas que compõem o arquipélago do Japão. “Arcos como esses correspondem a ilhas existentes no meio de um oceano”, afirma.
Esse extinto e pré-histórico oceano é chamado de Brasilides ou Goyaz (em referência à antiga tribo indígena que nomeou também o estado de Goiás). Outra prova de sua existência são as rochas encontradas nas cidades mineiras de Ibiá e Araxá. Segundo o especialista, elas foram depositadas em ambientes mais afastados da antiga margem continental - o cráton do São Francisco -, ou seja, em mar profundo.
O grande diferencial do estudo conduzido pela UnB e pela USP é a coleta de informações sobre as características das camadas mais profundas da crosta na região. Para isso, foi utilizada uma técnica conhecida como refração sísmica profunda, que possibilitou a obtenção de dados das formações rochosas que constituem a crosta em profundidades jamais observadas no Brasil.
“Até a conclusão desse estudo, tinha-se conhecimento apenas da geologia de superfície, com a ajuda de sondagens que chegavam a uma profundidade máxima de 5km”, explica o geólogo UnB.
O trabalho resultou em um mapeamento da estruturação e das propriedades das rochas em profundidade superior a 40km. “Isso proporciona melhor entendimento de determinadas formações minerais e dados para a exploração de minérios”, informa Renato Moraes, professor do Departamento de Minerologia e Geotectônicas da USP. Em outras palavras, as informações poderão ajudar mineradoras na localização de jazidas.
A pesquisa englobou os estados de Goiás, Mato Grosso e Tocantins, além do Distrito Federal. Entre essas unidades da federação, foram instaladas 200 estações sismográficas, em linha. A partir daí, a refração sísmica possibilitou determinar a estrutura profunda da crosta no Brasil central.
Entre os resultados da pesquisa, pôde-se identificar, por exemplo, a distância da Chapada dos Veadeiros até o manto da Terra. A Chapada tem uma crosta terrestre com aproximadamente 42 quilômetros de profundidade.
Outros dados interessantes referem-se à região onde a crosta é menos espessa, como abaixo da cidade de Porangatu, no norte de Goiás), que é de 32 km de profundidade.
“Essa diferença de 10 quilômetros é significativa. Isso indica que ali houve um processo de abertura de oceano e sua convergência em massa continental, ou seja, o assoreamento do Oceano de Goyaz”, afirma Fuck.
Do ponto de vista da ciência, os geólogos afirmam que identificar a geocronologia do solo profundo proporciona contar uma história com começo, meio e fim. “Essas rochas sedimentadas ajudam a contar a história do nosso planeta. Estudá-las é tão importante quanto o homem ir à Lua”, compara o professor da UnB. [...]
(Jornal da Ciência)
Nota do blog Criacionismo.com.br: Além dessa evidência de inundação no Planalto Central, é bom lembrar que mais ou menos metade dos sedimentos nos continentes é de origem marinha (mais de 99% dos fósseis do Fanerozóico são de seres aquáticos). Como é possível que exista tanto material marinho sobre os continentes? A invasão geral das terras continentais (que são mais elevadas) pelos oceanos é certamente uma situação muito diferente da situação presente, e concorda com a ideia de um dilúvio global. Além disso, muitas camadas sedimentares de geologia singular cobrem regiões tão grandes que é difícil acreditar que foram depositadas lentamente sob condições não catastróficas. Por exemplo, o conglomerado (rocha composta por fragmentos de cascalho) Shinarump, no sudoeste dos Estados Unidos, com cerca de 30 metros de espessura, cobre quase 260.000 km². Por isso, o geólogo Dr. Nahor Neves de Souza Jr. questiona: “Que processo seria capaz de espalhar depósitos sedimentares por áreas tão vastas? Nenhum fenômeno geológico, presentemente observado, poderia coerentemente explicar formações geológicas tão extensas e generalizadas na superfície da crosta terrestre.”[MB]
quinta-feira, 17 de junho de 2010
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3 comentários:
Francamente, eu nõ sei o que se passa pela cabeça de voc~es... Será má fé ou ignorância mesmo?
Vejamos a análise desta nota infeliz ao fim de um excelente artigo:
[Além dessa evidência de inundação no Planalto Central, é bom lembrar que mais ou menos metade dos sedimentos nos continentes é de origem marinha (mais de 99% dos fósseis do Fanerozóico são de seres aquáticos). Como é possível que exista tanto material marinho sobre os continentes?]
Essa é fácil de responder. Você já ouviu falar de tectonia de placas? Não? Então é o seguinte, muitos territórios pelo mundo estiveram debaixo da água por este motivo. Quando a placa da américa do sul se chocou com a do pacífico, os territórios da Amazônia e do planalto central se ergueram do mar.
Os tanto os Andes, as Rochosas, os Alpes, o Cáucaso e o Himalaias surgiram assim, se ergueram do mar.
Onde hoje é o Grand Canyon foi um már interior na América do Norte.
É por esta razão que existem fóseis marinhos em montanhas e em vários outros lugares. Não é por conta do dilúvio bíblico.
Aliás o Grand Canyon passou por dois dilúvios. As rochas sussurram isso para nós.
[A invasão geral das terras continentais (que são mais elevadas) pelos oceanos é certamente uma situação muito diferente da situação presente, e concorda com a ideia de um dilúvio global.]
Errado!!! Conforme explicado anteriormente. O dilívio realmente aconteceu, mas foi antes das terras aparecerem. Com o resfriamento do planeta e com o impacto de cometas, muita água apareceu por aqui. Devido a atividades vulcãnicas as terras começaram a surgir dos mares e sob elas havia e ainda há placas que se movem. Tais placas formam zonas de subducção e muita água está sob o manto terrestre e é liberada em vaporres vulcânicos enquanto mais água retorna para o fundo da terra.
Se algo como a teoria das hidroplacas explicasse o dilúvio, o mundo seria cozido, pois essa água, embora em estado líquido, se encontra a temperaturas muito elevadas, além do ponto de ebulição e a altíssimas pressões.
Se repentinamente saisse estariamos literalmente fritos. ooppss!!! Cozidos.
[Além disso, muitas camadas sedimentares de geologia singular cobrem regiões tão grandes que é difícil acreditar que foram depositadas lentamente sob condições não catastróficas. Por exemplo, o conglomerado (rocha composta por fragmentos de cascalho) Shinarump, no sudoeste dos Estados Unidos, com cerca de 30 metros de espessura, cobre quase 260.000 km². Por isso, o geólogo Dr. Nahor Neves de Souza Jr. questiona: “Que processo seria capaz de espalhar depósitos sedimentares por áreas tão vastas?]
O Naor realmente é um brincalhão, ou deveria voltar para os bancos escolares e refazer o curso de geologia, pois ao que parece, não aproveitou nada. Ou então é cara de pau mesmo.
É claro que onde há água há depósitos de sedimentos. Em havido um mar nesa região, nada mais óbvio que haver sedimentos.
[Nenhum fenômeno geológico, presentemente observado, poderia coerentemente explicar formações geológicas tão extensas e generalizadas na superfície da crosta terrestre.”[MB]]
Errado!!! o fenômeno geológico da tectonia de placas aliado ao depósito de sedimentos devido à existência de mares explica tudo isso. Quanto aos fósseis aquáticos é óbivio também; a vida se originou na água. É durante o siluriano que começam aparecer as primeiras plantas terrestres e os primeiros artrópodes terrestres, (aracnídeos).
É no devoniano, quando já havia bastante oxigênio na atmosfera, que começam a aparecer os primeiros anfíbios e que os artrópodes se tornam gigantes, não por serem monstros mas porque o excesso de oxigênio permitia que eles tivessem tubos traqueais menores e assim boa parte de seus corpos (músculos) podia crescer.
Assim, mais um mito criacionista é derrubado. Procure evitar esse tipo de coisa, pois como já lhe disse é má ciência aliada á má religião.
Entenda a bíblia não literalmente, mas como forma para vc se tornar alguém melhor a cada dia.
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