O bico quase completo, encontrado no sudeste da França, se parece tanto com o das sete espécies modernas de pelicanos que foi classificado no gênero Pelecanus, diz Antoine Louchart, da Universidade de Lyon, na França.
Os bicos de pelicanos são os mais longos entre os pássaros hoje existentes. Embaixo do bico há uma bolsa que permite ao pássaro captura presas na água e jogar fora a água antes de engolir o alimento. Como outros pássaros, pelicanos são raramente preservados como fósseis. Consequentemente, sabe-se pouco sobre sua evolução.
Louchart reconheceu o fóssil, descoberto nos anos 80, enquanto examinava espécimes na coleção do colega Nicolas Tourment. O fóssil estava protegido sob uma fina camada de calcário.
O fóssil inclui a maior parte dos ossos do bico e partes do crânio e pescoço e é muito semelhante ao grande pelicano branco, Pelecanus onocrotalus.
A falta de mudanças sugere que o bico atingiu um pico evolutivo para voo ou para alimentação. Mas Louchart acredita que algo mais pode estar envolvido.
A descoberta coloca não só os pelicanos, mas também outros pássaros mais atrás na linha do tempo.
"O bico do pelicano é uma adaptação muito boa porque permaneceu quase a mesma durante um longo período de tempo", disse Rebecca Kimball, da Universidade da Flórida. Há dois anos, Kimball publicou um estudo na revista "Science" em que mostra que pelicanos são geneticamente próximos a parentes, um sinal de evolução lenta.
O estudo foi publicado na revista especializada "Journal of Ornithology".
Fonte: Folha de São Paulo - 22/06/10
Nota do blog Ciência da Criação: A “desculpa” dos evolucionistas é que o bico “atingiu seu ápice evolucionário” traz sérias e consequentes implicações, pois poderemos considerar que isso também ocorreu com outras espécies, a não ser que “atingir o ápice evolucionário” seja uma característica única do gênero Pelecanus.
Ao que tudo indica, este bico não evidenciou uma “macroevolução”, estudos mais aprofundados a nível molecular, caso houvesse material disponível, nos revelaria se houve uma “microevolução”. Caso deseje saber mais sobre estes conceitos distintos de evolução, clique aqui e aqui.
Quantas mais evidências deste tipo devem existir engavetadas nos armários de universidades pelo mundo, que por motivo ou outro, foram “desconsideradas”?
Pode uma espécie atingir um momento em que não lhe cabe mais nenhuma mudança evolutiva? No melhor estilo, “ah, agora estou bem, não preciso mais evoluir, já consegui o que queria”. Existe este tipo controle pela espécie? 30 milhões de anos e não houve nenhumazinha evolução? Veja bem, não são 30 anos. Realmente, Louchart trouxe um questionamento intrigante para as mentes criativas dos evolucionistas ortodoxos. Imagino até o que se passa na mente de alguns: “Antoine, tinha que mexer naquela coleção, poxa vida, viu”.
Humor à parte, como era de se esperar, o “roteiro” que se segue no final da notícia e a tentativa de um argumento demonstrando que eles “já sabiam” que o pelicano poderia ter o mesmo bico de 30.000.000 de anos atrás, quando trazem o estudo sobre a “lenta evolução” (e põe lenta nisso viu), depois quem leva a má fama é a preguiça, por mais que Kimball concluiu que ser parente próximo pode ser um “sinal” de evolução lenta.
2 comentários:
Talvez o suposto pelicano seja como um tubarão, que desde há cerca de 450 milhões de anos, vivem sem grandes alterações em sua morfologia, o que sugere um bom nível de adaptação e evolução.
As evidências somente são desengavetadas quando há conclusões sobre seus estudos. assim a teoria da conspiração evolucionista sugerida pelo autor da infeliz nota não passa de falta de informação.
Se tal conspiração existisse, as coisas que supostamente não se encaixam ou que são difíceis de serem respondidas pela teoria da evolução permaneceriam no esquecimento.
Vocês realmente são engraçados.. quando acham alguma coisa que na mente ignorante de vocês contraria a evolução logo saem publicando em primeira mão.
Mas porque não são honestos e não publicam também o que a respalda?
Será que o criacionismo é o tipo de hipótese (pois nem se trata de teoria, uma vez que não tem qualquer evidência que o respalde) calcada em argumentos da ignorância, que precisa de um problema para automaticamente se validar?
Talvez o designer [SIC] tenha acertado ao projetar: tubarões, pelicanos, tartarugas, cupins, formigas, baratas, esponjas, medusas, bactérias, estrelas do mar, protozoários, corais, lampréias, vermes e tantos outros seres.
Desculpe, mas não são só os pelicanos que entrariam nesse rol, existem muitas outras espécies que mantém as mesmas características morfológicas a muito tempo, como bem dito pelo nosso amigo aqui acima.
Evolução é um termo um pouco ambíguo para caracterizar a amplitude do que ela quer dizer. Deveria chamar-se Teoria da Adaptação, pois ela retrata a característica e capacidade que permitiu e permite que nesses milhões de anos as espécies que habitam a Terra tem de adaptar-se as necessidade com o fim de sobreviver.
Talvez, como já aconteceu com outras espécies, o pelicano tenha tido essa característica morfológica, tenha mudado e depois voltado às "mesmas" características ou bem próximas.
A única coisa que pode ditar isso é a necessidade. Temos evidências de animais que sairam da água, voltaram em outra época e hoje novamente vivem em terra.
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