segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Entra em vigor acordo entre Brasil e Santa Sé

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 10 de dezembro de 2009 (ZENIT.org).- O Palácio Apostólico Vaticano acolheu esta manhã a cerimônia de intercâmbio de instrumentos de ratificação do Acordo entre a Santa Sé e a República Federativa do Brasil, o que significa sua entrada em vigor.

O Acordo, firmado a 13 de novembro de 2008, “consolida ulteriormente os tradicionais vínculos de amizade e de colaboração existentes entre as duas partes”, indica um comunicado da Santa Sé.

“Compõe-se de um Preâmbulo e de vinte artigos, que regulam vários âmbitos, entre os quais: o status jurídico da Igreja Católica no Brasil, o reconhecimento dos títulos de estudo, o ensino religioso nas escolas públicas, o matrimônio canônico e o regime fiscal”, acrescenta o comunicado.

Realizaram o intercâmbio o secretário para as Relações com os Estados, Dom Dominique Mamberti, em representação da Santa Sé, e o embaixador Luiz Felipe de Seixas Corrêa, em representação do Brasil.

Assistiram ao ato, por parte da Santa Sé, o chefe de Protocolo, Dom Fortunatus Nwachukwu, e os monsenhores Antoine Camilleri e Angelo Accattino.

Por parte da República do Brasil, os conselheiros da embaixada perante a Santa Sé Silvana Polich, Orlando Timponi e Alexandre Campello de Siqueira.

Também presenciou o ato o prefeito da Congregação para o Clero, cardeal Claudio Hummes.

O Acordo prevê o ensino religioso nas escolas públicas e a inserção de espaços dedicados ao culto nos ordenamentos urbanos, exime do pagamento de impostos instituições religiosas e reconhece as sentenças eclesiásticas em matéria matrimonial e os títulos acadêmicos eclesiásticos.

O episcopado brasileiro sugeriu em 1991 a oportunidade de estipular um Acordo internacional entre Igreja e Estado. As negociações entre Governo e Santa Sé começaram oficialmente em 2006.

Em novembro do ano passado, o Acordo foi firmado durante uma visita do presidente do Brasil, Lula da Silva, ao Vaticano, e esta quinta-feira entrou em vigor.

Fonte: Zenit

Lido no Diário da Profecia
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Nota: Com isso, a proposta de se ensinar o criacionismo nas escolas públicas passa a ter chances oficiais. Porém, se é exclusivamente a partir de certas doutrinas e dogmas católicos, tenderia a ser um criacionismo da pior espécie, visto que a ICAR faz a maior confusão com os relatos bíblicos sobre a Criação e faz uma "fusão" (da mesma forma que se é possível fundir o barro com o ferro, por exemplo) incoerente entre o darwinismo e o criacionismo. Quem perde com isso é a integridade da Bíblia e a democracia brasileira. Já li livros de pensadores que apoiam esta fusão, como o livro "Criação e Evolução - Deus, o Acaso e a Necessidade" escrito por Newton Freire-Maia. Freire-Maia foi um professor geneticista que atuou na USP e na UFPR, onde, neste livro, procura conciliar o darwinismo com os relatos bíblicos, utilizando-se da doutrina e dogmas católicos, citando Teilhard de Chardin e Agostinho em sua obra para defender suas ideias. Confesso que quando li tal livro, em 2007, passei a considerar sua proposta, mas logo que conheci o criacionismo ensinado pelos adventistas dei uma guinada de 180º em minhas concepções acerca das origens. Outra hora faço um artigo sobre isso.

Ainda há muitas outras implicações sobre este acordo entre o Brasil e o Vaticano, principalmente com relação às profecias bíblicas. Mas, por enquanto, comentarei somente sobre isso.

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