A sequência genética das esponjas do mar na Grande Barreira de Recifes da Austrália mostrou que esse animal aquático invertebrado compartilha muito de seus genes com os humanos, incluindo um grande número de genes associados com doenças como o câncer.
A descoberta pode proporcionar novas bases de descobertas em relação ao câncer e a pesquisas com células-tronco, afirmou o chefe do estudo, Bernard Degnan, da Universidade de Queensland, Austrália. "As esponjas têm o que consideramos o 'Santo Graal' das células-tronco", afirmou Degnan.
Explorar as funções genética das células-tronco das esponjas poderá revelar "relações profundas e importantes" con os genes que influenciam a biologia das células-tronco humanas. "Pode, inclusive, modificar a forma em que pensamos nossas células-tronca e como poderíamos usá-las em futuras aplicações médicas", explicou.
O estudo, publicado pela revista Nature esta semana, é o resultado de mais de cinco anos de pesquisas de uma equipe internacional de cientistas.
Fonte: Agência AFP, por meio do site Terra.Nota: Se acreditássemos na evolução, então seguramente também poderíamos dizer que evoluímos das esponjas do mar ou da banana, por exemplo, que compartilha cerca de 50% dos seus genes conosco ou do rato, que tem 92% de semelhança de seu gene com o do homem. Na verdade, o argumento de que compartilhamos cerca de 99,4 a 95% dos genes com os chimpanzés seria uma "prova" de que evoluímos dos primatas é uma falácia (clique aqui, aqui, aqui e aqui para saber porquê). Mesmo considerando este argumento, devemos saber que mesmo a diferença dos genes sendo tão pequena, essa percentagem pode significar muito na configuração final de uma espécie, por pelo menos três motivos importantes:
1. Ainda conhecemos pouco a função total de nossos genes (mesmo tendo nosso DNA mapeado) e conhecemos menos ainda a função total do código genético dos chimpanzés;
2. As diferenças podem estar dispostas em partes fundamentais dos DNAs, suficientes para causar as diferenças entre as espécies;
3. A quantidade de DNA nas células nem sempre é proporcional à sua complexidade. Portanto, os arranjos dos componentes do DNA nos seres humanos pode ser mais importante que a quantidade.
Aplique tudo isso também à relação do código genético humano com o das esponjas do mar, das bananas, dos ratos etc. Ter o DNA parecido não significa que sejam parentes evolucionariamente.
Acho que o Bob Esponja ficaria chateado comigo... Ainda bem que não vemos por aí pessoas usando calça quadrada (rs). [ALM]
3 comentários:
Cara, faça um favor a si mesmo para não pagar esses "GIGANTOPITECUS" que existem em seu blog: estude, ao menos tente entender o que vc quer criticar, pois vc é completamente ignorante neste assunto.
Uma célula troco pode se tornar qualquer coisa dentro de um organismo. Isso é uma questão embriológica que se relaciona ao local em que ela se encontra na fase de gástrulação, onde começa o processo de diferenciação celular, ou seja, as células vão adquirindo posições e funções biológicas específicas que são ligadas e desligadas por funções ativadas ou desativadas no DNA.
Quando dizemos que a esponja compartilha muitos genes com a espécie humana, isso se refere a algo denominado, erroneamente, de DNA-lixo onde há milhares de elementos reguladores que atuam como "chaves" para ligar ou desligar genes.
A importância biológica do DNA lixo reside no fato de que muitas dessas seqüências se mantiveram semelhantes mesmo entre espécies distintas. Aliás vc sabia que um humano e um pé de milho são 54% semelhantes?
Quando falamos de evolução, o DNA-lixo fala muito alto, pois ele é o responsável por adaptações funcionais e é por intermédio dele que estudamos a divergência entre espécies. Vale o mesmo para o RNA pois suas quantidades são relativas à expressão gênica. Um RNA em abundância representa um gene que tem alta expressão, ou seja, que está sendo transcrito em abundância.
Segundo um estudo de Svante Paabo, o cérebro humano produz significativamente mais RNA que o de outras espécies de primatas. A comparação entre o nível de expressão gênica nos cérebros de chimpanzés, orangotangos e macacos rhesus não revelou significativa diferença.
O estudo conclui então que, em algum momento de nosso recente passado evolutivo, o cérebro humano iniciou um processo evolutivo acelerado, acarretando uma maior expressão gênica. O mesmo não ocorreu com outros primatas.
Seria esta maior produção de RNAs no cérebro, de alguma forma, a responsável por nossa diferenciada capacidade cognitiva.
Isso temos registrado com um carinha chamado Homo Habilis que usava ferramentas de pedra (nenhuma novidade, macacos tb fazem isso).
Mas já o Homo Erectus aprendeu os segredos do fogo e como cozinhar e aproveitar melhor os alimentos (principalmente a proteína animal). Talvez nosso segredo esteja aqui.
O próximo passo de Paabo será estabelecer quais - destes mais de 12.000 genes - possibilitaram a evolução de nosso cérebro de forma tão dramática.
James Noonan, da Escola de Medicina da Universidade Yale, é um dos autores do estudo publicado na edição (5/9) da revista Science.
Ele e colegas procuraram por seqüências com mais pares de base em humanos do que em outros primatas. Verificaram que a seqüência que se desenvolveu mais rapidamente dentre as identificadas, denominada HACNS1, mostrou-se altamente conservada entre espécies de vertebrados, mas tinha variações acumuladas em 16 pares de base desde a divergência do homem e do chimpanzé, estimada em 6 milhões de anos atrás.
Mas, incrível! Toumai (fato) apareceu e tem entre 7 e 6 milhões de anos (fato). Assim, ponto para a evolução, 0 para o criacionismo bíblico.
A caixa craniana de Toumai lembra a de um macaco, mas a face e os dentes, principalmente os caninos, são pequenos como os de um humano.
A proeminência na região das sobrancelhas também o aproxima dos humanos, pois essa característica só é identificada no nosso gênero, Homo. No entanto, isso não garante que o fóssil seja nosso ancestral direto.
A idade e as características de Toumai, porém, sugerem ser improvável que uma evolução linear tenha levado à emergência do homem moderno.
"É possível que o fóssil seja uma espécie de parente dos humanos mais recentes que tenha desenvolvido características semelhantes às nossas de modo paralelo", afirmou Bernard Wood, pesquisador da George Washington University (EUA), que comentou o achado na Nature.
"Toumai nos dá uma primeira pista sobre o grupo de primatas extintos que são a conexão entre nosso pequeno galho e o resto da árvore da vida."
A discussão continuou até 2005, quando mais análises de tipos paleontológicos de Sahelanthropus foram publicadas por Brunet.
Hoje a comunidade científica aceita razoavelmente bem que este é o fóssil do hominídeo mais antigo já encontrado, com 7 milhões de anos.
Trata-se de uma indicação de que a bipedalismo humano surgiu não na savana como se acreditava, mas na floresta tropical das imediações do Chade, hoje desérticas.
Certamente algo um pouco antes de Toumai (Sahelanthropus tchadensis) é o ponto de divergência entre humanos e chimpanzés. Mas sua idade bate com a análise dos genes e suas características levam a conclusões plausíveis a respeito de sua conexão com o gênero Homo.
Quanto a homens descenderem de esponjas e bananas... estude cladística e biologia molecular para entender como essas coisas funcionam.
Homens não descendem de esponjas, nem de bananas e nem de macacos, mas têm um parentesco em comum com eles. Afinal, o DNA-lixo semelhante é fato que demonstra que o homem, bem como nenhuma outra espécie, sejam cada qual uma "criação independente".
André, por Izanami e Izanagi, O HOMEM É UM PRIMATA, que pertence ao gênero HOMO, assim como foram todos os nossos ancestrais e contemporâneos, infelizmente extintos.
Francamente André, de onde vieram os itens 1,2,3 de sua análise? Eles estão completamente desconectados da parte anterior da sua infeliz nota e tampouco servem de base para negar o que prediz a teoria evolutiva.
André, repita 1000 vezes por 5 anos a seguinte frase: "O DNA LIXO GUARDA MUITAS SEMELHANÇAS ENTRE AS ESPÉCIES, UMA VEZ QUE DENTRO DELE HÁ FUNÇÕES VITAIS PARA QUE O ORGANISMO MANTENHA SUAS FUNÇÕES BÁSICAS.
Este é o condicionamento contra o processo de programação mental religiosa, o qual se resume em repetir coisas sem ter a mínima ideia do que se está dizendo (vide o teor da sua nota).
Assim, André, recomendo que estude, pesquise antes de fazer estardalhaços, em defesa de uma ideologia fundamentalista, e pagar um King Kong, digno de sua nota.
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