quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Estudo questiona “sobrevivência do mais forte”

Charles Darwin talvez estivesse errado quando disse que a competição era a principal força impulsionando a evolução das espécies. O autor de A Origem das Espécies, obra publicada em 1859 que lançou as bases da Teoria da Evolução, imaginou um mundo no qual os organismos lutavam por supremacia e em que apenas o mais forte sobrevivia. Mas uma nova pesquisa identifica a disponibilidade de espaço para desenvolvimento de vida, em vez de competição, como o principal fator da evolução. A pesquisa, conduzida pelo estudante de pós-doutorado Sarda Sahney e outros colegas da Universidade de Bristol, foi publicada na revista científica Biology Letters. Eles usaram fósseis para estudar padrões de evolução ao longo de 400 milhões de anos [na escala de tempo evolucionista].

Focando apenas em animais terrestres - anfíbios, répteis, mamíferos e pássaros - os cientistas descobriram que a quantidade de biodiversidade tem relação com o espaço disponível para a vida se desenvolver ao longo do tempo. O conceito de espaço para a vida - conhecido na literatura científica como “conceito de nicho ecológico” - se refere às necessidades particulares de cada organismo para sobreviver. Entre os fatores estão a disponibilidade de alimentos e um habitat favorável à procriação.

A pesquisa sugere que grandes mudanças de evolução de espécies acontecem quando animais se mudam para áreas vazias, não ocupadas por outros bichos. Por exemplo, quando os pássaros desenvolveram a habilidade de voar, eles abriram uma nova fronteira de possibilidades aos demais animais. Igualmente, os mamíferos tiveram a chance de se desenvolver depois que os dinossauros foram extintos, dando “espaço para a vida” aos demais animais. A ideia vai de encontro ao conceito darwinista de que uma intensa competição por recursos em ambientes altamente populosos é a grande força por trás da [suposta] evolução.

Para o professor Mike Benton, co-autor do estudo, a “competição não desempenha um grande papel nos padrões gerais de evolução”. “Por exemplo, apesar de os mamíferos viverem junto com os dinossauros há 60 milhões de anos [idem], eles não conseguiam vencer os répteis na competição. Mas quando os dinossauros foram extintos, os mamíferos rapidamente preencheram os nichos vazios deixados por eles e hoje os mamíferos dominam a terra”, disse ele à BBC.

No entanto, para o professor Stephen Stearns, biólogo evolucionista da universidade americana de Yale, que não participou do estudo, “há padrões interessantes, mas uma interpretação problemática” no trabalho da Universidade de Bristol. “Para dar um exemplo, se os répteis não eram competitivamente superiores aos mamíferos durante a Era Mesozoica, então por que os mamíferos só se expandiram após a extinção dos grandes répteis no fim da Era Mesozoica?” “E, em geral, qual é o motivo de se ocupar novas porções de espaço ecológico, se não o de evitar a competição com outras espécies no espaço ocupado?”

Fonte: UOL

Nota do blog Criacionismo.com.br: Stephen Stearns matou a charada: o problema sempre está na interpretação dos fatos. Por exemplo: a descoberta das pequenas variações morfológicas encontradas nos pássaros tentilhões que Darwin estudou nas Ilhas Galápagos fez com que o naturalista concluísse que a seleção natural seria a mola da evolução. Acontece que nenhum tentilhão se transformou em urubu, ao longo dos anos, assim como as moscas da fruta, depois de cem anos de mutações induzidas, continuam sendo moscas da fruta (confira). Microevolução não é macroevolução. Com competição ou sem ela, o que se observa na natureza é sempre microevolução. Fora disso, o que se tem é interpretação do registro fóssil que continua não apresentando as inúmeras formas transicionais que deveriam existir para justificar a macroevulção ao longo das eras. Mais um detalhe: tudo indica que os dinossauros foram extintos de maneira catastrófica. Portanto, a pergunta é: Por que apenas eles? Por que mamíferos mais frágeis sobreviveram e os poderosos dinossauros, não? Que fator seletivo ocorreu aí? Alguém teria separado os animais que seriam preservados da catástrofe? Pelo visto, depois de mais de um século e meio de pesquisas darwinistas, ainda há muitas perguntas para serem respondidas. [MB]
Nota deste blogger: Estes tipos de questionamentos que colocam a teoria da evolução, de Darwin, em saia justa (mesmo que propondo ou não outro modo de justificar a macroevolução) não são, geralmente, feitos pelos professores de biologia e biogeografia, por exemplo, não ensinando o conteúdo de forma crítica. Só se segue a cartilha do darwinismo e pronto. Pesquisas como esta acima não são refletidas em sala de aula, geralmente (o que deveria, pois é conhecimento científico a ser adquirido e discutido). Tive aulas de biogeografia no segundo ano da faculdade de Geografia e apresentei alguns questionamentos à professora, assim como fiz no terceiro ano e faço agora no quarto ano quando acho pertinente (só que sou visto como impertinente por alguns [rs]), com professores de outras disciplinas, além de apresentar uma outra visão para o entendimento da natureza; mas, via de regra, preferem o conforto dos pressupostos da teoria ao desconforto da reflexão sadia e própria do ambiente universitário. Logo desconversam e mudam o rumo da discussão, que teria tudo a ver com o conteúdo. [ALM]

3 comentários:

Elyson Scafati disse...

Mais uma vez a desonestidade intelectual do Michelson faz sua misteriosa aparição.

Primeiro, acerca do trabalho da universidade de Bristol, a resposta é bem simples. Os nichos ecológicos à época dos dinossauros estavam por eles ocupados. Ou seja, os bons empregos eram deles.

Assim, quando eles foram extintos, abriu-se espaço para novas espécies ocuparem os "empregos" deixados, o que propiciou aos mamíferos e aves se desenvolverem.

Sobre os tentilhões,a nota e lamentável em grau de ignorância científica: Tentilhões, urubus, avestruzes, galinhas, ratos, crocodilos, tainhas, lampréias, minhocas, medusas, mariscos, moscas, milho, trigo, sequoia, maça, serpentes (inclusive a do Eden), amebas levedo, cogumelo, etc. todos têm um ancestral em comum. Um não "vira" o outro.


Como já disse aqui:

http://criacionistaconsciente.blogspot.com/2009/02/descoberto-fossil-de-anaconda-de-13-m-e.html

A distinção entre micro e macroevolução é apenas de grau. A única diferença entre elas é a escala e o tempo considerados. Ou seja, são a mesma coisa em escalas de tempos distintas.

Desonestamente, é dito na nota que transicionais não existem. Eles só não existem para quem não quer ver, pois literalmente há toneladas deles.

Caso o Michelson deseje todos os transicionais, terá de acompanhas os 4 ,3 bi de anos de história da vida e isso é impossível. Temos sorte em encontrar fósseis.

Elyson Scafati disse...

Sobre a pergunta por que os diniossauros foram extintos e pequenos mamiferos não, a resposta é simples.

Porque eles, em sendo grandes, demandavam muito alimento. Com a queda do meteoro (o fator seletivo), as plantas morreram e com elas os grandes herbívoros e os carnívoros. Ou seja, a fotossíntese quase parou quando da queda do meteoro.

Nada maior que um gato sobreviveu. Não existem fósseis de animais maiores que um rato logo acima do limite KT.

Crocodilos sobreviveram porque podem hibernar e se alimentar de animais pequenos.

Mas apenas pequenas espécies destes sobreviveram, pequenos répteis, mamíferos pequenos como musaranhos e roedores e algumas aves pequenas, além de claro insetos, fungos e plantas pequeninas.

Répteis pequenos como pterodactilos e alguns raptores morreram poruqe talvez não hibernavam e possuíam sangue frio.

Alimento havia, mas não para todos. Assim o pequeno se tornou o melhor adaptado às novas circunstâncias (o fraco tornou-se forte). è o que estabelece a teoria de Darwin, o melhor adaptado é aquele que sobreviverá.

Assim, perguntas como as formuladas na nota do Michelson são dúvidas para quem se recusa a ler a respeito do que quer destruir, sendo tudo uma questão de ideologia.

Elyson Scafati disse...

Sobre a sua nota André, eu diria que a saia da TE está bem folgada e se sobrepõe tranquilamente sobre o criacionismo e sua versão requentada o DI.

Exigir que professores de biologia no nível médio se aprofundem em TE, é o mesmo que exigir que professores de física e química tratem de estrutura da matéria, abordada na graduação e mais profundamente na pós graduação em níveis de mestrado, doutorado e PhD. Ou seja, é um contra-senso.

Discutir religião e visões de mundo subjetivas não se trata de uma discussão sadia em sala de aula.

Ter dúvidas é uma coisa, mas tentar enfiar religião na sala de aula é outra.

Teorias, Andre, não são tiradas da cartola como vc, em sua ingenuidade, pressupõe e como os desonestos pseudocientistas (Naor, Adauto, Dembski, Mayer, Guish) e retóricos (Michelson, Cristiano Neto, Enézio) do criacionismo preconizam. Tampouco são hermetizadas e blindadas à falseabilidade.

Há um corpo de evidências que as suportam e constantemente são postas sob as lentes da ciência.

Se o professor desconversa seus questionamentos, há 2 opções: ou ele nota que será uma discussão sem relevância, que não levará a nada e o fará perder tempo, ou ele desconhece o tema.

Voto pela n 1, pois professores têm um programa a cumprir e não dá para ficarem divagando em assuntos que não levam a nada.

Vc não mudara sua forma de pensar, por mais evidências que ele lhe traga. Quem está imerso na ideologia não tem compromisso em aprender, mas apenas em tumultuar para mostrar que tem razão.

Já fui um professor em física (estrutura da matéria) e sempre mandei criacionistas (quando aparecia um para encher o saco, coisa muito rara em universidades de primeira linha) passear.

Não porque não entendia o tema mas porque estava sendo testado e contestado com falácias e sofismas. Não caio nessa armadinha retórica de religiosos.

Simplesmente dizia que a sala de aula não era lugar para pregações e questionamentos com fim de causar tumultos. Se não estivesse contente, que fizesse o favor de não mais frequentar minhas aulas, pois não sofreria qq represália, exceto se fosse mal nas provas.

O que vc deve fazer na sala de aula é o mesmo que eu ir a sua igreja e chutar o balde com as idiotices que os pastores falam no púlpito, sejam elas de cunho religioso, ou quando tentam defender sua ideologia desmerecendo a ciência.

Assim, André aprenda a dividir as coisas:

As escolas são para se pensar e não para excusamente fazer pregação. Já a igreja, é para vc exercitar seu direito de crença. Não precisa pensar, basta acreditar.

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