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Jerry A. Coyne é professor no Departamento de Ecologia e Evolução da Universidade de Chicago. Em Why Evolution Is True (Porque a Evolução é verdade), ele resume o Darwinismo - a moderna teoria da evolução - como se segue: "A vida na terra evoluiu gradualmente começando com uma espécie primitiva, talvez com uma molécula auto-replicante que viveu há mais de 3,5 biliões de anos atrás; ramificado-se ao longo do tempo, produzindo muitas novas e diversas espécies; e o mecanismo para a maior parte (mas não para todas) da mudança evolutiva é a selecção natural ". 1 Coyne explica ainda que a evolução "significa simplesmente que uma espécie sofre mudança genética ao longo do tempo. Isto é, durante muitas gerações uma espécie pode evoluir para algo completamente diferente, e essas diferenças são baseadas em alterações no DNA, que se originam como mutações. As espécies de animais e plantas que vivem hoje não estavam cá no passado, mas são descendentes dos que viviam cá anteriormente. "2 De acordo com Coyne, no entanto, "se a evolução significasse apenas mudança genética gradual numa espécie, teríamos hoje apenas uma espécie - um único descendente altamente evoluído da primeira espécie. No entanto, temos muitos ... Como é que essa diversidade surgiu a partir de uma forma ancestral? "Ela surge por causa de" separação, ou, mais precisamente, por causa da especiação, "o que" significa simplesmente a evolução de diferentes grupos que não podem gerar híbridos. "3
Se a teoria Darwinista fosse verdade, "devíamos ser capazes de encontrar alguns casos de especiação no registo fóssil, com uma linha de ascendência dividindo-se em duas ou mais. E devíamos ser capazes de encontrar novas espécies formando-se no mundo selvagem". Além disso,"devíamos ser capazes de encontrar exemplos de espécies que ligam grupos principais suspeitos de ter ascendência comum, como aves com os répteis e peixes com os anfíbios". Finalmente, há factos que "só fazem sentido à luz da teoria da evolução", mas não fazem sentido à luz da criação ou do design. Estes incluem "os padrões de distribuição das espécies na superfície da terra, as peculiaridades do modo como os organismos se desenvolvem dos embriões, bem como a existência de características vestigiais que não parecem ter qualquer função". Coyne conclui a sua introdução com a ousada afirmação de que "todas as provas - tanto antiga como recente - inelutavelmente leva à conclusão de que a evolução é verdade. "4
Claro que a "evolução" é inegavelmente verdade, se isso significa simplesmente que as espécies podem mudar em pequena escala ao longo do tempo, ou que muitas espécies que vivem hoje não existiam no passado. Mas a alegação de Darwin de que todas as espécies são descendentes modificados de um ancestral comum, e a alegação da Coyne de que as mutações do DNA e selecção natural teriam produzido essas modificações, já não são tão inegavelmente verdade. Coyne dedica o resto do seu livro para apresentar evidências a favor delas.
Fósseis
Coyne vira-se primeiro para o registo fóssil. "Deveríamos ser capazes", escreve ele, "de encontrar alguma evidência de mudança evolutiva no registo fóssil. As camadas de rocha mais profundas (e mais antigas) conteriam os fósseis das espécies mais primitivas, e alguns fósseis deviam tornar-se mais complexos à medida que as camadas de rocha se tornam mais jovens, com organismos semelhantes às espécies dos dias de hoje nas camadas mais recentes. E devíamos ser capazes de ver algumas espécies mudando ao longo do tempo, formando linhagens mostrando 'descendência com modificação' (adaptação)". Em particular,"espécies mais novas deviam ter características que as tornariam parecidas com os descendentes das mais antigas".5
No A Origem das Espécies, Charles Darwin reconheceu que o registo fóssil coloca dificuldades à sua teoria. "Pela teoria da selecção natural", escreveu ele, "todas as espécies vivas estão relacionados com a espécie-mãe de cada gênero, por diferenças não maiores do que a que vemos hoje entre as variedades domésticas e naturais da mesma espécie". Assim, no passado, "o número de elos intermediários e de transição, entre todos os seres vivos e as espécies extintas, deve ter sido inconcebivelmente grande". Mas Darwin sabia que os grandes grupos de animais - que os biólogos modernos chamam de "filos", apareceram totalmente formados no que eram na altura os fósseis mais "primitivos" conhecidos depositados num período geológico conhecido como o Cambriano. Ele considerou este uma "grave" dificuldade para a sua teoria, uma vez que "se a teoria é verdadeira, é indiscutível que, antes do estrato Câmbrico mais profundo ter sido depositado longos períodos teriam decorrido... e que durante esses vastos períodos, o mundo pululava com seres vivos". E "à pergunta por que razão não encontrarmos ricos depósitos fósseis pertencentes a estes períodos primordiais anteriores ao sistema Câmbrico, não posso dar qualquer resposta satisfatória". Então, "o caso apresentado deve permanecer inexplicável; e pode verdadeiramente ser instado como um válido argumento contra as opiniões aqui defendidas. "6
Darwin defendeu a sua teoria, citando a imperfeição do registo geológico. Em particular, ele alegou que os fósseis Precambrianos tinham sido destruídos pelo calor, pressão, e pela erosão. Alguns dos modernos seguidores de Darwin têm igualmente argumentado que os fosseis Precambrianos existiram, mas foram posteriormente destruídos, ou que os organismos Precambrianos eram muito pequenos ou muito macios/moles para se terem fossilizado. Desde 1859, porém, os paleontólogos descobriram muitos fósseis Precambrianos, muitos deles microscópicos ou de corpos moles. Tal como o paleobiologo americano William Schopf escreveu em 1994, "A noção defendida há muito de que os organismos Precambrianos deviam ter sido demasiado pequenos ou demasiado delicados para serem conservados em materiais geológicos ... [é] agora reconhecido como incorrecta". O aparecimento abrupto dos grandes filos animais de há cerca de 540 milhões de anos atrás - que os biólogos modernos chamam de "a explosão Cambriana" ou o "Big Bang da biologia", está hoje melhor documentada do que nos tempos de Darwin. De acordo com o paleontólogo de Berkeley, James Valentine, e seus colegas, a "explosão é real, é demasiado grande para ser mascarada por falhas no registo fóssil". Na verdade, quanto mais fósseis são descobertos, torna-se evidente que a explosão do Câmbrico foi "ainda mais abrupta e extensa do que o anteriormente previsto". 7
O que o livro de Coyne tem a dizer sobre isto? "Há cerca de 600 milhões de anos atrás", escreve Coyne, "toda uma gama de organismos relativamente simples, mas multicelulares surgiram, incluindo vermes, medusas e esponjas. Estes grupos diversificaram-se ao longo dos próximos vários milhões de anos, com as plantas terrestres e tetrápodes (animais de quatro patas, os primeiros dos quais foram peixes com barbatanas desenvolvidas para caminhar) a aparecerem há cerca de 400 milhões de anos atrás". 8
Por outras palavras, o relato da história evolutiva de Coyne salta de 600 para 400 milhões de anos atrás, sem mencionar a explosão Cambriana de há 540 milhões de anos. A este respeito, o livro de Coyne lê-se como um livro escolar de biologia moderna que foi escrito para doutrinar os estudantes com a evolução darwinista, em vez de lhes fornecer os factos.
Notas
1 Jerry A. Coyne, Why Evolution Is True (New York: Viking, 2009), p. 3.
2 Coyne, Why Evolution Is True, pp. 3-4.
3 Coyne, Why Evolution Is True, pp. 5-6.
4 Coyne, Why Evolution Is True, pp. 18-19.
5 Coyne, Why Evolution Is True, pp. 17-18, 25.
6 Charles Darwin, The Origin of Species, Sixth Edition (London: John Murray, 1872), Capitulo X, pp. 266, 285-288. Disponivel online (2009) aqui.
7 J. William Schopf, “The early evolution of life: solution to Darwin’s dilemma,” Trends in Ecology and Evolution 9 (1994): 375-377.
James W. Valentine, Stanley M. Awramik, Philip W. Signor & M. Sadler, “The Biological Explosion at the Precambrian-Cambrian Boundary,” Evolutionary Biology 25 (1991): 279-356.
James W. Valentine & Douglas H. Erwin, “Interpreting Great Developmental Experiments: The Fossil Record,” pp. 71-107 in Rudolf A. Raff & Elizabeth C. Raff, (editors), Development as an Evolutionary Process (New York: Alan R. Liss, 1987).
Jeffrey S. Levinton, “The Big Bang of Animal Evolution,” Scientific American 267 (November, 1992): 84-91.
“The Scientific Controversy Over the Cambrian Explosion,” Discovery Institute. Disponivel online (2009) aqui.
Jonathan Wells, Icons of Evolution (Washington, DC: Regnery Publishing, 2002), Chapter 3. Mais informação disponivel online (2009) aqui.
Stephen C. Meyer, “The Cambrian Explosion: Biology’s Big Bang,” pp. 323-402 in John Angus Campbell & Stephen C. Meyer (editors), Darwinism, Design, and Public Education (East Lansing, MI: Michigan State University Press, 2003). Mais informação disponivel online (2009) aqui.
8 Coyne, Why Evolution Is True, p. 28.
(por Jonathan Wells)
Leia a Parte I:
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