terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Balanço geral sobre o 3º ano do curso de Geografia - UEM

Enfim, férias acadêmicas! Fechei o ano com "chave de ouro", graças ao Deus que eu amo e defendo, por onde quer que eu vá.

Quero fazer aqui um balancete geral de minhas atividades acadêmicas neste ano de 2009, mostrando que mesmo em meio a dificuldades extras, por ser guardador do sábado, é possível vencer. Vamos mudar um pouco o foco da linha editorial deste blog.

Como o nível de aprendizado se resume em notas, tanto nas escolas como nas universidades (o que não concordo muito), vamos contar com este fator para fazer os devidos comentários. A escala vai de 0 a 10 e a nota 6 é o menor valor para nota azul.

Cartografia Temática
Esta foi a disciplina que mais tive dificuldades para ser aprovado, a professora capricha nas provas, (rs). Me assustei com a nota da primeira avaliação logo no começo do ano, que foi 5.8 (a única nota vermelha do ano). Mas me recuperei com a nota 8.1 da segunda avaliação, fechando a disciplina com a nota média final 7.0. Muita gente ficou para exame final ou reprovou nesta disciplina. Estudamos a Teoria da Informação, Cognição (psicologia dentro da cartografia), Semiologia Gráfica e Visualização Cartográfica. Jacques Bertin é o principal autor estudado nesta disciplina.

Apesar de não ser expert em Cartografia Temática, as técnicas aprendidas nesta disciplina me ajudaram e muito no meu trabalho/estágio, aonde ajudo a desenvolver planos de gerenciamento na área ambiental e tenho que desenhar mapas digitais para anexar aos projetos.

Psicologia da Educação
Foi muito bom aprender um pouco mais como funciona a mente humana, afim de saber lidar melhor com a personalidade (formada pelo temperamento e caráter) de cada aluno que terei a responsabilidade de ensinar. Compreender a atuação e conflitos entre o ID, EGO e SUPEREGO do aparelho psíquico e as fases psicológicas da vida de um ser humano é de fundamental importância para que um professor saiba melhor desenvolver seu trabalho. Estudamos as ideias de Vygotsky, Skinner, Piaget, Rogers, Lewin, Freud e outros. Fizemos seminários e debates sobre as ideias destes autores. Obtive as notas 8.8 e 9.5 na disciplina, fechando com 9.2 de média.

Supervisão de Estágio em Geografia 1 e 2
Por ter optado em fazer licenciatura e não bacharelado em Geografia, recebi estas disciplinas. Nelas tive a preparação e o primeiro contato com o ambiente escolar, como professor estagiário. Na fase da preparação, aprendemos mais sobre a "arte de dar aulas". Discutimos a Lei de Diretrizes e Bases, as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná, os Parâmetros Curriculares Nacional e outros instrumentos teóricos, além de desenvolvermos um plano de aula que foi executado na segunda fase da disciplina (segundo semestre).

O tema do projeto, que desenvolvi junto a uma colega de classe, Erenice Boza, foi sobre a importância da água nos contextos mundial, nacional, regional e local. Trabalhamos com os alunos de uma sétima série da Escola Estadual João de Faria Pioli, desenvolvendo aulas teóricas e práticas. O ribeirão Morangueira, situado próximo à escola, foi estudado com os alunos, em uma aula de campo; assim como foi feito com eles um trabalho de exercício da cidadania, em uma coleta de assinaturas de moradores do bairro pra um abaixo-assinado "Em Defesa do Ribeirão Morangueira", por ele estar constantemente sendo contaminado. Abaixo, exponho algumas fotografias sobre tais atividades, com os respectivos comentários no seu rodapé.

Eu, frente ao quadro de giz, pouco antes de começar a aula (por isso o quadro ainda estava limpo).

A colega de trabalho, Erenice. Em equipe, tudo fica mais fácil. Valeu, "Erê"!

No centro, a coordenadora do colégio Pioli, Sra. Fátima, a qual eu agradeço pelo apoio, colaboração e orientação dispensados a nós, professores estagiários. Fizemos amizades por lá e, ano que vem, continuaremos o estágio neste colégio que nos recebeu muito bem.

Colocamos, junto com os alunos, a mão na massa e fizemos uma coleta simbólica do lixo jogado às margens do ribeirão Morangueira. Saiu até matéria no jornal O Diário de Maringá. Isso foi importante para o desenvolvimento da cidadania dos alunos. Na foto, nossa professora supervisora, Cleres, distribuindo luvas para os alunos, afim de que não se contaminassem com os resíduos. Eu estava explicando que possivelmente são os pais dos próprios alunos que jogaram aquele lixo naquela calçada, onde mostrei que os alunos deveriam repassar a consciência ambiental adquirida na escola aos seus familiares e outras pessoas de convívio, atuando como multiplicadores de conhecimento.

Nesta foto logo acima são mostrados os alunos ouvindo e escrevendo o que eu explicava sobre hidrografia, na aula de campo dada no Parque Alfredo Nyfler, aonde está localizada a nascente do ribeirão Morangueira.

Parte da turma de alunos quando em atividade de coleta de assinaturas para o abaixo-assinado. Uma turma divertida e que deu pouco trabalho.

Palestrante (Nerliane) da SANEPAR convidada pelos estagiários (a Erenice e eu) para explicar com mais riqueza de detalhes como é feita a captação, tratamento e distribuição da água da cidade de Maringá, bem como o tratamento de esgoto sanitário.

Esta foto logo acima mostra uma aluna coletando a assinatura de um morador para o abaixo-assinado "Em Defesa do Ribeirão Morangueira". Cada aluno conseguiu preencher sua folha com assinaturas, dando mais de 500 assinaturas no total.

Curiosidade: Se você ampliar a foto logo acima, verá pelo espelho colocado na parede do estabelecimento deste cidadão um cartaz (feito com papelão ou tábua) que diz "Não atendemos aos sábados" (está escrito de trás pra frente, por estar espelhado). O rapaz provavelmente é adventista do sétimo dia. Legal! Reparei depois que tirei a foto, em casa.

Agradeço a Deus por ter me proporcionado estudar Supervisão de Estágio no período matutino das sextas-feiras, pois, como sou matriculado no curso no período noturno e sou guardador do sábado bíblico (ordenado por Deus em Êxodo 20:8-11 e repetido em Deuteronômio 5:12-15), não poderia estudar sexta à noite, por já ser o sábado do Senhor. Agradeço também à professora pela compreensão.

A propósito, gostei muito da turma que apliquei o projeto de ensino. Os alunos foram bem receptivos e atentos, de modo geral.

Para aqueles que devem estar se questionando: "será que o André ensinou criacionismo pra estes alunos?" a resposta é não. O projeto que desenvolvi escolhi muito bem para não ter que logo de cara mostrar os prós e os contras do evolucionismo e apresentar o criacionismo como ciência alternativa. Escolhi trabalhar sobre educação ambiental a partir do enfoque geográfico justamente porque não envolve diretamente o evolucionismo. Um tema neutro e relevante para o momento histórico em que estamos vivendo. Faz parte das estratégias de "guerra".

Obtive as notas 8.6 e 10.0 em Supervisão 1, fechando com média de 9.5, e 8.7 e 8.6 em Supervisão 2, fechando com 8.7.

Políticas Públicas e Gestão da Educação
Nesta disciplina tirei 8.0 e 10.0, fechando com 9.0. Foram estudadas as políticas públicas voltadas para a educação no Brasil desde quando éramos colônia de Portugal até os dias de hoje, afim de notar o que mudou e o que precisa ser mudado no sistema educacional do país. As LDBs também foram estudadas. Fiz um seminário sobre o FUNDEB.

Assistimos um filme muito bom para reflexão sobre políticas públicas voltadas à educação, que em português se chama "A Cor do Paraíso", e foi dirigido por um cineasta iraniano. Um filme que vale a pena conferir.

Didática para o Ensino de Geografia
Estudamos as abordagens pedagógicas: Tradicional, Tecnicista, Humanista, Sociocultural, Cognitivista e Histórico-crítica a partir de ideias de autores como Libâneo, Comênio, Rogers, Skinner, Mizukami, Moran, Neill, Paulo Freire e outros. Foi muito boa a disciplina, de modo geral.

Desta disciplina só não gostei de um filme que foi apresentado à minha classe chamado "Laranja Mecânica". Quem ainda não viu, não perde nada. Aliás, ganha, pois para se tentar proporcionar uma reflexão sobre o modo de se ensinar, o filme se utiliza de cenas fortes de violência, que ao meu ver, não seriam necessárias. Não vi o filme inteiro, saí da sala de vídeo quando vi a cena que mostrava Jesus apanhando dos soldados romanos, onde interpretei que o garoto (protagonista do filme) que contemplava com prazer aquela cena era o próprio Satanás incorporado. Um filme débil que não recomendo.

Porém, o filme "Filhos do Paraíso", dirigido pelo mesmo cineasta iraniano do filme "A Cor do Paraíso", também foi apresentado à classe para discussão sobre os sistemas pedagógicos, e foi excepcional. Recomendo com toda certeza.

Nesta disciplina tirei 9.2 na primeira avaliação e 9.0 na segunda, fechando com 9.1.

Geografia do Turismo
Uma disciplina optativa que gostei de estudar, apesar de não ter podido ir à aula de campo que foi dada em uma sexta, sábado e domingo, na região de Curitiba. Fiz um trabalho teórico alternativo que a professora me deu pra fazer, no lugar do relatório ou exercício sobre o trabalho de campo. Agradeço a Deus por pôr Sua mão aí e não deixar que eu fosse prejudicado. Obtive 7.5 e 8.4 na primeira e segunda avaliações, respectivamente, fechando com 8.0 de média final.

Desenvolvi ainda, junto com uma colega de classe, Ana Paula, um projeto de pesquisa sobre os impactos da atividade de turismo nos parques urbanos da cidade de Maringá.

Sociologia e Sociedade no Brasil
Apesar dos atritos ideológicos entre o professor e eu, foi uma disciplina que obtive bom aproveitamento. Há alguns meses, escrevi um artigo sobre a primeira impressão que tive sobre o comportamento ateu militante do professor. Há poucos dias escrevi outro artigo comentando que mesmo não se sujeitando à doutrinação ateística do professor, pude aprender bem sociologia e manter um relacionamento de respeito com o professor, como tem que ser. Escrevo isto porque certas ideias marxistas ou hegelianas tem implicações que levam muitos ao ateísmo, assim como é o caso do darwinismo. E nessas eu não caio. Aceito grande parte das ideias marxistas, pois ele (Marx) trouxe uma análise revolucionária sobre a realidade, mas mesmo ele nunca tendo escrito nada sobre religião (a não ser a frase "a religião é o ópio do povo" - a qual eu não concordo), teve e tem influência sobre a difusão do ateísmo.

O professor está para liberar as notas no sistema de consulta de notas da UEM, mas já sei que foi a disciplina que mais fui bem, em termos de notas e aprendizado, graças ao bom Deus que me ajudou com altivez e dedicação.

Geomorfologia Geral
Nesta disciplina obtive as seguintes notas: 7.0, 9.0, 8.4 e 9.7 (disciplina anual). Fechei com média final de 8.8. Apesar de ser quase que totalmente baseada no evolucionismo, esta disciplina ainda me encanta porque podemos estudar as formas do modelado e refletir sobre os processos que influenciaram para a formação do relevo da Terra, a partir de dois principais paradigmas (evolucionista e criacionista). Se eu parto do princípio de que tudo evoluiu ao longo de milhões e milhões de anos, baseado nas datações radiométricas (que por sinal tem falhas e mais falhas) vou enxergar a paisagem e suas formas de um jeito puramente naturalístico, acreditando no Uniformitarismo (que diz que os fenômenos do presente são a chave para se entender os do passado, onde nada interferiu radicalmente na paisagem); se parto da teoria de que a paisagem atual foi formada a partir das consequências da catástrofe de proporções mundiais, o Dilúvio descrito na Bíblia, vou enxergar a paisagem com outros olhos, apoiado em evidências visíveis na própria paisagem natural, entendendo que o princípio uniformitarista foi quebrado neste evento. Este blog já mostrou várias destas evidências, veja alguns exemplos clicando aqui.

Pude acompanhar a aula de campo dada no trajeto Maringá-Litoral Paranaense, pois, conforme planejei e expus o plano em um artigo aqui, assim o fiz. As aulas foram dadas no período de 5 a 7 (sábado, domingo e segunda-feira) de dezembro deste ano. Porém, a aula de sábado não participei, por ser guardador deste dia sagrado. O que fiz foi simples: enquanto o pessoal teve sua primeira aula de Maringá a Campo Largo/PR, no sábado, eu guardei este dia e na noite de sábado para domingo viajei em um ônibus de linha até Campo Largo, aonde a turma estava hospedada. Daí pra frente pude acompanhar normalmente as aulas de campo. Deus proveu as condições necessárias e Lhe dou graças por isso. Não vou esquecer a cara do professor quando me viu no hall do hotel e disse "não é que ele veio mesmo!" e me cumprimentou, dizendo que mostrava ser um aluno dedicado. A data da viagem foi alterada por duas vezes, mas graças a Deus a sequência de dias permaneceu a mesma (se fosse sexta, sábado e domingo - os dias que normalmente são feitas as aulas de campo - não daria para eu ir, pois o sábado ficaria no meio, não compensando a viagem). No artigo referido explico melhor isso. Abaixo, mostro algumas fotos das aulas de campo de Geomorfologia. Cada foto é comentada no parágrafo seguinte a ela.

Vista panorâmica do front de cuesta da Serra Geral (região de Mauá da Serra/PR). Relevo de Cuesta é um relevo tabuliforme formado pela borda de uma bacia sedimentar. Esta borda forma uma espécie de escarpa ao ser inclinada pelo peso dos sedimentos na região central da bacia, onde a parte mais inclinada se chama front, e a mais suave é o reverso.

Professor explicando o processo de evolução e a composição do Complexo Atuba, segundo o modelo convencional, evolucionista. Este conjunto de formações é composto por xistos, injeções de quartzo, micas e outros minerais ou compostos sedimentares. Estudamos isso na região de Curitiba, mais especificamente, em São José dos Pinhais. O trecho é de transição entre o Pré-Cambriano e o Quaternário, em termos geológicos evolucionista. Em termos geológicos criacionista, é uma região de transição entre as estruturas de base do continente (rochas graníticas criadas por Deus no princípio ou na organização da Terra - Gênesis 1:1, 9-10) e sedimentos decorrentes do Dilúvio ocorrido há, pelo menos, 4.300 anos. Mais informações sobre o ponto de vista criacionista sobre a formação de base dos continentes você pode estudar clicando aqui.

Eu, frente ao complexo rochoso Atuba. Nesse tipo de rocha sedimentar podemos encontrar fósseis de animais da chamada mega fauna do Pleistoceno. Porém, é um pouco raro de se encontrar. Eu, particularmente, acredito que estes fósseis foram formados pelo soterramento de lama e detritos provenientes da ação do Dilúvio sobre animais e plantas, de forma repentina (o que as evidências levam a se crer). Há vários artigos escritos aqui neste blog sobre isso. Também estudamos as formações Guabirotuba e Tinguis e, claro, a formação da Serra do Mar, que é composta por granitos, gnaisses, quartzitos etc.

Nesta foto logo acima vemos a erosão e o intemperismo atuando sobre a formação Atuba e outras. Subimos na parte mais alta para visualizar e estudar melhor os processos erosivos e intempéricos locais, assim como observar a composição granulométrica e de elementos presentes neste local. Do alto, dava-se para ver parte da região metropolitana de Curitiba. Estávamos às margens da BR 277, que liga o interior do Paraná ao litoral.

Vista parcial da imponente Serra do Mar, recoberta pela Floresta Ombrófila Densa.

Grande parte da turma do curso de Geografia posando para a foto às margens do rio Nhundiaquara, em Morretes/PR. Eu sou o que está assentado no banquinho à extrema esquerda e à frente, na foto. A galera se divertiu bastante nestes dias de aula de campo (além de estudar).

Vista do mar, numa praia de Pontal do Paraná. Na areia, vê-se a vegetação pioneira. A Ilha do Mel (área de preservação ecológica do Litoral) está à esquerda, sendo mostrada muito parcialmente na foto.

Como ninguém é de ferro, no final do dia fomos nos divertir nadando no mar e batendo uma bolinha na praia. Foi bacana e valeu a pena.

Orla marítima da cidade de Guaratuba vista a partir do "Morro do Cristo". Vê-se alguns banhistas, a praia e parte da cidade. Ao fundo, nota-se a Planície Litorânea e em último plano a Serra do Mar, encoberta parcialmente pelas nuvens.

Agradeço à minha colega de classe, Tatiana Tamura, por ceder algumas destas fotos do trabalho de campo de Geomorfologia.

Estágio no Proresíduos - UEM
Este não compreende uma disciplina do curso de Geografia, mas é uma importante parte de minha vida acadêmica. Já estou neste estágio há quase 2 anos e venho aprendendo muito sobre questões ligadas à gestão adequada do meio ambiente. Neste órgão/programa da Universidade Estadual de Maringá ajudo a desenvolver planos de gerenciamento de recursos hídricos, resíduos sólidos urbanos, arborização urbana, adequação de aterros e outros. Abaixo, apresento algumas fotografias feitas em alguns municípios do Paraná, referentes ao trabalho com recursos hídricos.

Esta foto logo acima foi tirada às margens da Represa da Hidrelétrica Taquaruçu, município de Itaguajé/PR, na divisa entre PR e SP. Na foto, estamos o Veríssimo, gestor ambiental, e eu. Ele é meu chefe. Visitamos, junto com outros integrantes da equipe, cerca de 50 municípios na região do Norte Pioneiro e Novo do Paraná para levantar dados em trabalhos de campo.

Eu, em visita à estação de captação de água da SANEPAR de um município do Norte Pioneiro do Paraná. Não se assuste com a cor da água. No final do processo de tratamento, ela sai límpida. Porém, há controvérsias sobre a qualidade total da água, quando entendemos que os agrotóxicos (provenientes das vertentes da bacia hidrográfica, que comporta lavouras) não são totalmente removidos, porque muitas de suas partículas são muito pequenas ou miscíveis à água.

Extras

Esta foto logo acima foi tirada em São João do Ivaí/PR, onde nasci e cresci. A cachoeirinha ao fundo é formada pelo córrego da Capivara. A formação rochosa é basáltica e a mata (o pouco que sobrou) é de Floresta Estacional Semidecidual. Estudar geografia é bom por causa destas coisas, vemos o mundo com outros olhos, entendendo as interações (harmônicas ou não) entre o meio, a fauna, a flora e o homem.

Conclusão
De modo geral, este ano foi muito bom para mim, na faculdade. Desafios existiram, existem e provavelmente sempre vão existir na minha vida, mas conto com a proteção e força do Senhor Deus e Criador. Usando o slogan da Petrobrás... "o desafio é a nossa energia". Até aqui chegamos pela fé, confiantes em Deus.

A Geografia, como ciência que estuda a Terra e as relações socioambientais estabelecidas sobre ela, tem um valor inestimável. Mas não deve ser usada como instrumento de apoio às ideias que excluem a existência de Deus e Sua atuação como Criador da natureza, como vem sendo usada na quase totalidade das universidades e escolas, infelizmente.

Mas, na verdade, utilizando-se das palavras de Albert Einstein, "eu quero saber como Deus criou este mundo. Eu não estou interessado neste ou naquele fenômeno, no espectro deste ou daquele elemento. Eu quero saber os pensamentos dEle; o resto são detalhes".

Para eu saber combater o evolucionismo na Geografia, tenho que descobrir seus pontos fracos, pois já diz o ditado chinês "conheça seu inimigo, se quiser vencê-lo". E isso já venho descobrindo e pelo visto descobrirei cada vez mais, estudando o criacionismo em contra-ponto ao modelo evolucionista imposto. Que venha o 4º ano do curso!

André Luiz Marques

7 comentários:

Paulo disse...

Caro André Luiz. Como graduando do curso de Geografia você teve acesso a noções da Geologia. Ao que parece, você fez um perfil da cidade de Maringá até o litoral paranaense, onde você seguramente passou por rochas sedimentares (formações Botucatu e Irati, por exemplo) e vulcânicas (Formação Serra Geral) da Bacia do Paraná; pelos siltitos da Formação Camarinha (cuesta de São Luiz do Purunã); pelos riolitos do Grupo Castro; pelos filitos e quartzitos do Grupo Açungui; pelos gnaisses do embasamento da Bacia de Curitiba (pedreira do Atuba); pelos siltitos da Formação Guaratubinha; pelos pelitos da Formação Alexandra; pelos gnaisses do Complexo Costeiro e terminou nos sedimentos inconsolidados (dunas) na praia de Guaratuba. Utilizando o seu conhecimento e os de seus pares adventistas explique-me com detalhes cada um dos conjuntos litológicos e me forneça um modelo geotectônico consistente.

fml disse...

Meu Amigo,

Você precisa rever urgentemente seus conceitos geológicos e seu conhecimento sobre a Bacia de Curitiba, pois não existe nenhuma "Formação Atuba" e muito menos algum tipo de "transição" entre o proterozóico e o quaternário. O que temos aqui é o Complexo Atuba formado por granitóides polideformados de idade proterozóica sobre os quais estão o sedimentos oligo-miocênicos da Formação Guabirotuba. Nessa brincadeira, existe um intervalo da ordem de 500 milhões de anos. Somos responsáveis pela informações que divulgamos, portanto devemos sempre nos atentar a fazer isto corretamente.

André Luiz Marques disse...

De fato você tem razão, fml. Acabo de fazer uma rápida pesquisa e reconheço que se trata do Complexo Atuba. Obrigado pelo comentário crítico e desculpe pelo engano termológico. Porém, permanece a informação do contato direto entre a formação pré-cambriana e quaternária, pois pesquisei e não encontrei informação que me levasse a mudar de ideia e até mesmo porque esta é uma informação passada pelo meu então professor de Geomorfologia. Posso estar errado, mas se encontrar outra resposta claro que mudo de posição. Procurei neste artigo, por exemlpo:

http://docs.google.com/viewer?a=v&q=cache:X9Hk3O083dkJ:ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/rbg/article/viewFile/10161/7292+camadas+bacia+de+curitiba&hl=pt-BR&gl=br&pid=bl&srcid=ADGEESh_yzuB2s13WP_bVvTzJxawfx-NERrjFrksZn-1wKvPhZxKnfdsFiylOIHvVkVPcOk4Eh7RBWnG50scU48V9jgDM4j_JPSQ2Ts0E__80TDarS2RQEMG7MjymaLiusc-HTNLJZOl&sig=AHIEtbTONJcgc4IZNfvMC6XUxlW9xaJLtA

André Luiz Marques disse...

Sobre o que o nosso amigo Paulo escreveu e propôs, este blog contém vários artigos que somados dão a visão geral do modelo criacionista para a explicação das formações rochosas (clique nas tags Geologia, Geografia, Geocronologia, Datação, Evidências etc e verá várias publicaçõs. Sugiro que veja primeiro as postagens "Registro fóssil e a história da Terra - A construção de um modelo" e os estudos em vídeo "Dilúvio Universal", "A verdadeira idade da Terra", "Impressões digitais da criação", "A estrutura e a essência da Geologia" que podem ser acessadas pelos links a seguir:

http://criacionistaconsciente.blogspot.com/2009/05/registro-fossil-e-historia-da-terra.html

http://criacionistaconsciente.blogspot.com/2009/10/diluvio-universal-prof-dr-walter-veith.html

http://www.youtube.com/watch?v=Uf3QC2n5g2c

http://criacionistaconsciente.blogspot.com/2009/03/os-granitos-pre-cambriano.html

http://criacionistaconsciente.blogspot.com/2009/10/estrutura-e-essencia-da-geologia.html

Em resumo, boa parte das rochas sedimentares não só da Bacia do Paraná como de todo o mundo são resultado da deposição e consolidação de sedimentos provenientes da ação das águas turbulentas e com grande carga sedimentar do dilúvio descrito na Bíblia em cerca de 1 ano e 17 dias, valendo-se, na configuração do relevo pós-dilúvio, de fenômenos como a cavitação. O contato plano-paralelo entre as camadas, por exemplo, são evidências de que tais camadas nunca foram a superfície da Terra, pois não há sinais de erosão entre elas, o que deveria ter, se milhões e milhões de anos de ação do intemperismo tivesse ocorrido de fato sobre cada camada exposta por sua vez. Dessa forma, todas as camadas que são definidas pelos geólogos evolucionistas como tendo se formado em tempos distintos são, na verdade, resultado de uma catástrofe só, que é ignorada por muitos...

Sobre os derrames de basalto no meio das camadas sedimentares da Bacia do Paraná, vide explicação criacionista no livro "Uma breve história da Terra", escrito pelo Dr. Nahor Souza Neves Junior. O Resumo pode ser lido acessando o seguinte link:

http://criacionistaconsciente.blogspot.com/2009/10/uma-breve-historia-da-terra.html

Claro que o que apresento pra estudar neste comentário é apenas uma ínfima parte do que a ciência da criação aborda, mas já é um começo.

Sobre a datação das rochas, vide os seguintes artigos:

http://www.scb.org.br/artigos/FC03_UmExameCritico.asp

http://criacionistaconsciente.blogspot.com/2009/01/mtodos-de-datao-radiomtricos-e-suas.html

http://adventista.forumbrasil.net/artigos-cientificos-f6/metodos-de-datacao-t231.htm

Bom estudo!

fml disse...

Olá André,

Não quero ser arrogante, de forma alguma. Você diz o seguinte " O trecho é de transição entre o Pré-Cambriano e o Quaternário, em termos geológicos evolucionista", essa transição não existe, os sedimentos possivelmente oligo-miocênicos da Formação Guabirotuba estão em contato abrupto com o Complexo Atuba, que marca uma hiato de 500 milhões de anos de história geológica. Sobre a Formação Guabirotuba ser fossilífera, creio que também está equivocado. Existe somente uma datação por meio de palinologia nessa unidade (pólen). Recentemente foi encontrado o crânio de um pequeno réptil, mas o resultado ainda não foi divulgado. Meu mestrado em geologia foi sobre a Faciologia e ambientes deposicionais da Formação Guabirotuba, passei 2 anos da minha vida varrendo essa bacia. Caso queira, posso lhe enviar informações mais atualizadas, logicamente baseados no "pensamento evolucionista".

Sds.

Fábio

Profª Cleres Mansano disse...

Te encontrei!!!!!!!!!!!!!!

Fiquei feliz e ver que de alguma forma fiz parte da tua formação.

Sucesso!!!!! Você merece!!

Cleres Mansano

André Luiz Marques disse...

Olá, professora Cleres!

Obrigado pelas palavras amigas. Que Deus continue a te abençoar na formação de novos professores de Geografia! É o meu desejo e oração.

Quero agradecer pela grande contribuição que deu para a minha formação acadêmica e pela amizade. Gostei muito de suas aulas. Agora procuro pôr em prática tudo aquilo que aprendi, na faculdade, aqui com meus alunos do Colégio Adventista Centenário, Curitiba.

Tudo de bom pra você e família!

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