segunda-feira, 30 de março de 2009

Por Que a Vida Surgiu no Universo?

A revista Superinteressante especial "29 Coisas que Não Fazem Sentido", publicada em junho do ano passado, traz uma série de mais de 60 matérias sobre temas que, sob as lentes naturalistas, não fazem sentido. Exemplo: Por que as baleias têm cérebro tão grande? Por que temos câncer? Se os ETs existem, por que não fazemos contato? Por que o homem é o primata com o maior pênis? Por que temos fé? Por que morremos? Por que somos o único bicho [sic] com linguagem? Para que serve o sexo? Por que os humanos têm consciência? Se somos primatas, por que temos tão pouco pêlo no corpo?

Entre explicações risíveis e outras até bem fundamentadas, o texto que mais me chamou a atenção foi o que tratou da pergunta "Por que a vida surgiu no Universo?" A matéria começa lamentando: "Pena que essa historinha [a do big bang e do surgimento e evolução da vida] ainda esteja longe de realmente explicar a coisa toda. Isso porque todo mundo entende o que aconteceu para que o Universo acabasse produzindo vida, mas ninguém entende por que o Universo nasceu ‘configurado' para permitir todas essas maravilhas. Parece uma sorte tremendamente grande."

O texto prossegue: "Aparentemente, nós só estamos aqui porque algumas regulagens específicas das leis da física - a intensidade da gravidade, ou o nível de atração entre elétrons e prótons, partículas que compõem os átomos - vieram ‘certinhas' para permitir a nossa existência. Quer exemplos? Se a gravidade fosse um pouco mais forte, as estrelas teriam vida muito curta e nunca haveria tempo hábil para a evolução das espécies; se fosse mais fraca, não seria capaz de agregar a massa em estrelas. E a atração mútua entre elétrons e prótons? Se fosse diferente do que é, não existiriam átomos estáveis. São parâmetros que, devidamente ajustados, tornaram o Universo em lugar habitável. A pergunta que não quer calar: Quem ou o que fez essa ‘tunagem', ou ‘regulagem' do Cosmos, lá no começo de todas as coisas?"

Como se trata de uma revista com pretensão de ser científica e como o naturalismo filosófico não admite que a Teologia se atreva a sugerir uma resposta (sim, porque assumem a priori que o sobrenatural não existe), e como insistir no fator sorte para tanta organização pega mal, eles se saem com a "resposta": "Aplicar a teoria da seleção natural de Darwin ao Universo poderia resolver de vez o mistério da existência. Tal como ocorre com os seres vivos na Terra, os universos que mais se ‘reproduzem' seriam os mais bem-sucedidos." (...)

Michelson Borges

[Postado originalmente no site outraleitura.com.br - Leia o texto na íntegra clicando aqui. Valerá a pena!]

6 comentários:

Elyson Scafati disse...

Como sempre...

Michelson e sua desonestidade intelectual...

Pela n-esima vez André: BIG BANG NÃO SE TRATA DE UM CONTO DA CAROCHINHA OU HISTORINHA DE CIENTISTAS ATEUS. HÁ EVIDÊNCIAS, EVIDÊNCIAS, EVIDÊNCIAS PARA SE ACREDITAR NELE.

Para entender por que o universo surgiu é uma longa história. Não se resume em dizer "FOI DEUS, pois isso apenas empurra o problema para um ente metafísico e não explica nada.

Como sempre é toda aquela baboseira de afinação do universo que sugere um designer...

Mais uma vez a pergunta não é quem ou o que fez a afinação do universo, mas como e por que ela aconteceu, embora haja evidências indiretas de que universos possam surgir com valores distintos dessa äfinação.

Não dá para ficar se atribuindo uma causa a uma criatura que não há qq evidências de que exista. tambem não dá para ficar se coisificando uma derterminada causa.

Para termos a atribuição de algo a alguém, temos de conhecer esse alguém e mesmo temos de saber o que é a coisa se atribuirmos a causa a essa coisa. Do contrário apenas chutamos o problema para adiante.

Ninguém assume a priori que o sobrenatural não existe. Simplesmente por ele ser idetectável nada se conclui acerca dele. Assim, as explicações tem de ser naturais para se resolverem problemas também naturais.

A questão para o universo estar aqui não se trata de sorte, mas de probabilidades para se cair no espaço de Calabi-Yau correto para este tipo de universo.

Pela teoria das cordas, realmente os universos mais bem sucedidos são os que passam a ter um determinado tempo de existência e não os que se reproduzem mais.

Quanto aos outros, mal chegam a se formar ou teriam durações efêmeras.

Resumindo, post que podemos dizer ser uma desonestidade intelectual.

Samuel disse...

E QUEM DISSE QUE O BIG BANG ANULA A EXISTÊNCIA DE DEUS?!

Para e pensa... tens que ver muito mais além para entender como é possível tudo existir e não ficar... tão apegado à ciência, que é LIMITADA!!!
LIMITADA!!!
LIMITADA!!!
LIMITADA!!!

Samuel disse...

"A questão para o universo estar aqui não se trata de sorte, mas de probabilidades para se cair no espaço de Calabi-Yau correto para este tipo de universo.

Pela teoria das cordas, realmente os universos mais bem sucedidos são os que passam a ter um determinado tempo de existência e não os que se reproduzem mais."

Como sempre tu recorre à ciência e não percebe que a Teoria das Cordas é apenas uma TEORIA. Deves saber o que é uma teoria, senão procura a definição da mesma, ok?

Como um outro universo origina este universo em que existimos de forma perfeita? O outro surgiu ao acaso? E o anterior? É algo totalmente ilógico.

É tão ilógico que tu acha que é ilógico.. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Elyson Scafati disse...

Samuel:

[E QUEM DISSE QUE O BIG BANG ANULA A EXISTÊNCIA DE DEUS?!]

Onde foi que eu disse isso? Para a ciência, deus é a variável que se cancela dos dois lados. Ou seja, é inútil.

A existência de nosso universo é um fato. Teorias são desenvolvidas para esclarecer como esses fatos se desenrolaram. Para tal, elas necessitam de EVIDÊNCIA.

Teoria, Samuel, é a instância mais nobre que um conhecimento atinge, ou seja, ela é formada por um conjunto de evidências diretas e indiretas, as quais demonstram leis e princípios onde determinada disciplina se assenta. Logo, ao contrário de vc, eu sei o que é uma teoria.


A teoria das cordas ainda é especulativa, está em nível matemático. Mas mesmo assim, por meio de seus cálculos, traz grande luz acerca dos "enigmas do universo", sendo um deles a gravidade quântica, que é chave para uma teoria do tudo.

Para vc entender como ela funciona, leia Hiperespaço de Michio Kaku, The hiden reality, o tecido do cosmo e o universo elegante de Brian Greene e String Theory de Joseph Polchinski.

Mas lhe darei uma palhinha:

Elyson Scafati disse...

Os universos paralelos não tiveram um início e tampouco terão um fim. Agora há infinitos universos se criando e infinitos morrendo (tudo em um tempo de Planck).

Nosso universo, como qq outro é originado por um choque entre branas de dois outros universos, o que podemos chamar de buraco branco, que faz se encher de energia a bolha surgida (precursora de um universo), sendo que esta energia se converterá em matéria tal como preconiza a teoria da relatividade especial ao tratar da equivalência entre massa e energia.

O que se denomina de energia escura (que expande o universo), pela teoria das cordas é outro ou outros universos atraindo o nosso. Daí a razão da super aceleração que, um dia, nos levará, em termos de expansão, a velocidades maiores que a da luz (lembre-se a velocidade da luz é a velocidade limite dentro de nosso universo, mas não fora dele).

Não sabemos se um dia essa aceleração diminuirá ou se ela se tornará negativa fazendo o universo contrair em um big crunch ou se o universo se acelerará até que o tecido do cosmo se rompa e tenhamos um fim somente de energia.

Esta energia estará no universo e poderá flutuar para originar um novo big bang (um outro panorama das cordas). Sabemos hj que partículas aparecem e desaparecem sem uma razão plausível.

Ainda, segundo Hawking, o universo é o único "almoço grátis" que conhecemos, pois se somarmos sua energia e compará-la a sua energia potencias o resultado é zero. Ou seja isso leva a crer que o universo é feito de nada e, portanto, um sopro divino cai por terra.

Elyson Scafati disse...

Vc raciocina de forma linear (começo, meio e fim) que é a forma semita de raciocínio, transmitida ao ocidente pelo cristianismo. Para tal tem de haver uma causa primeira, a qual os teólogos resumem em deus. Mas será isso válido? Como se pode concluir isso? Com que base? Quais as evidências que apóiam as premissas acerca da existência dos deuses?
Mesmo o raciocínio que Craig tece, baseado no tomismo, sequer tem premissas suficientemente seguras para serem consideradas verdadeiras, exceto se calcadas no dogma teológico judaico-cristão da imanência e transcendência de deus.
A teoria das cordas é como um raciocínio oriental e indo-europeu: Começo e fim se confundem, são eternos, não há uma causa primeira. E isso tem sido demonstrado, em tese, pela teoria das cordas.

Assim, vejo a teoria das cordas, embora ainda não testável, como uma solução bem mais plausível que chutar o problema para um ser metafísico que não explica nada.

Ao menos ela traz explicações bem mais lógicas e palpáveis que deus.

No mais Samuel, acho que é vc que deveria procurar e se inteirar um pouquinho melhor acerca do conceito de teoria...

Aqui para vc uma frase de Hawking:

“ O que eu fiz foi possível determinar pelas leis da física o modo como o Universo começou.Neste caso, não é necessário apelar a Deus para explicar como começou o Universo. Se isto não prova que Deus não existe, ao menos prova que Deus não é preciso para nada.”

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