quarta-feira, 22 de abril de 2009

Trabalhar com a Evolução e crer na Criação

Do Site Outra Leitura:

A participação da bióloga adventista Juliana Schultz, 28, nas expedições ao território antártico é uma das grandes evidências de que fé pessoal não é um entrave para pesquisadores que desejam fazer ciência. Ela foi selecionada pela PUC-PR, onde se formou e pós-graduou, para colaborar nas pesquisas do "Projeto Evolução e Biodiversidade na Antártica: uma resposta da vida às mudanças". Juliana passou nove meses no extremo sul do Globo investigando os impactos do Aquecimento Global na vida de duas espécies de peixes. Nesta entrevista, concedida a Wendel Lima, ela fala um pouco sobre a experiência de se viver em um lugar tão exótico em que pôde realizar um sonho e testemunhar de sua fé.

Por que você escolheu a Biologia e como surgiu o sonho de ir para a Antártica?

A escolha pela Biologia foi construída pela curiosidade e a análise crítica. Sempre me perguntava: Como funciona aquilo? Por que é diferente daquilo outro? Assim o mundo da ciência biológica começou a fazer parte da minha vida desde a infância.

O sonho antártico começou ainda na graduação, como aluna de iniciação científica no Laboratório de Pesquisa da PUC-PR, e por meio do professor Dr. Metry Bacila fui integrada ao Programa Antártico Brasileiro, trabalhando em estudos comparativos com peixes do Brasil e antárticos. A ida para a Antártica ocorreu só no ano de 2008, quando pude estudar in loco duas espécies de peixes (Notothenia rossi e Notothenia neglecta).

Como foi a seleção para o projeto?

O projeto é submetido pela universidade ao CNPq, sendo assim aprovado por uma junta avaliadora do Programa Antártico Brasileiro. Na universidade, os pesquisadores são selecionados pelo coordenador do projeto aprovado, conforme as necessidades específicas do estudo científico. Esses pesquisadores também passam por um treinamento pré-antártico, e são avaliados pela Marinha do Brasil.

Quais impactos específicos do aquecimento global já se podem sentir no extremo sul do Globo?

Inúmeras pesquisas foram e estão sendo elaboradas a respeito do aquecimento global, em várias áreas de estudo na Antártica. Sendo o ambiente antártico diferente do que estamos acostumados a ver, num país tropical, as variações de temperatura, salinidade e pH são pontos importantes de averiguação nesse meio. Essas características foram e estão sendo estudadas por nosso projeto, ajudando na compilação de dados, e futuramente analisadas comparativamente com resultados de outros projetos. Cabe ressaltar que resultados obtidos por pesquisas não podem ser analisados pontualmente e sim em conjunto.

Como foi seu contato com Deus em um lugar tão exótico e peculiar como o Pólo Sul?

A Antártica é um lugar lindo, com sua natureza rara e hostil. Pude sentir um silêncio encantador e vislumbrar paisagens diferentes a cada dia, enfim, um lugar feito por Deus. Um meio ambiente que não é habitado por seres humanos, mas pode vir a sofrer e muito com atitudes poluidoras do mundo em geral.

Em algum momento você teve oportunidade de dialogar sobre suas convicções criacionistas? Como foi?

Sim, essas convicções sempre chamaram atenção em relação à realidade que estudo. Não foi diferente na Antártica. Não tive problemas em relação a isso. Acredito que Deus me orientou e me preparou para os desafios que passei. Tive muitas oportunidades de falar da minha fé, não só para os brasileiros, mas para estrangeiros que conheci. E, também, para outros pesquisadores que não tinham conhecimento algum ou tinham dúvidas sobre o criacionismo.

O campo da Biologia, por excelência, se baseia no evolucionismo. Como você enfrentou o choque entre sua fé e os conhecimentos científicos recebidos na graduação?

O "choque", sinceramente, não foi tão evidenciado na minha vida; sempre tive em mente a certeza de um Deus Criador. O evolucionismo faz parte da minha vida, sem dúvida, mas tenho em mente sempre a necessidade de conhecê-lo e colocá-lo em questão, pois não é uma verdade absoluta. O estudo dessas duas teorias (criacionismo e evolucionismo) deve ser feito separadamente e as evidências tornadas claras.

O ano de 2009 tem sido marcado pelas comemorações do bicentenário de Darwin, o que faz do já polêmico tema da origem da vida pauta certa nos principais meios de comunicação. Como você avalia a abordagem que a imprensa faz dessa questão?

Não tiro a importância de Darwin para a Ciência, pois a partir de suas ideias, temas antes desconhecidos ou não levados à sério contribuíram para a ciência atual. Esse cientista pioneiro sempre vai ser polêmico e indagado no que ele fez e falou. A meu ver, como pesquisadora, Darwin não teve o conhecimento da bioquímica e da genética, ou seja, de mecanismos celulares que hoje dominamos tão bem. Ele desenvolveu técnicas principalmente descritivas e de observação comparadas. Cabe a nós elucidarmos essas questões, sempre pautados em fatos científicos, falando especificamente da Ciência.
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Nota: Trabalhar com a Evolução e crer na Criação também faz parte de minha rotina de estudos, pois curso Geografia, uma geociência fundamentada no Evolucionismo (infelizmente, apesar da Geografia conter disciplinas pouco ligadas à Evolução). Porém, cada vez mais entendo os porquês das teorias evolucionistas não serem incontestáveis. Por exemplo, a teoria da evolução da coluna geológica contém falhas, tais como a datação das rochas que formam cada camada. Entenda lendo os artigos:

Um Exame Crítico da Datação Radiotiva das Rochas ;
Algumas Questões Geológicas Sem Respostas Evolucionistas [Convincentes] ;
Coluna Geológica: Interpretação Errada Desde a Base

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