sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Estudo desafia ideias sobre ancestral dos pássaros

O arqueópterix [fóssil ao lado], um dinossauro classificado como ancestral dos pássaros, talvez não seja um pássaro, afinal. O primeiro fóssil dessa espécie de tamanho semelhante ao do corvo causou sensação imediata ao ser escavado no sul da Alemanha, em 1860. Tinha penas, e um osso bifurcado como os dos pássaros, mas também dentes e uma cauda longa e óssea, como os répteis. Por ter surgido no ano seguinte ao da publicação de "A Origem das Espécies", de Charles Darwin, a descoberta convenceu muitos cientistas a aceitar a teoria darwiniana da evolução por seleção natural.

Thomas Henry Huxley, um dos mais firmes aliados de Darwin, reconheceu o fóssil em uma placa de calcário, e o identificou como espécie de transição entre os dinossauros e os pássaros. Ao longo do tempo, os 10 espécimes conhecidos de arqueópterix se tornaram amplamente aceitos como exemplos dos mais antigos pássaros identificados, datando de cerca de 150 milhões [sic] de anos atrás.

Agora, os cientistas estão examinando pequenas amostras de um osso longo de um dos espécimes, pela primeira vez com o uso de microscópios de alta potência, e identificaram padrões inesperados indicando que a espécie crescia em ritmo mais rápido que o dos répteis vivos mas equivalente a apenas um terço do crescimento dos pássaros modernos. Os indícios, reportados pelos pesquisadores na quinta-feira, servem para contestar a hipótese de que o arqueópterix já havia desenvolvido as características fisiológicas de um pássaro moderno.

Em estudo publicado pela revista online PLoS One, a equipe científica comandada por Gregory Erickson, paleontologista da Universidade Estadual da Flórida, concluiu que o arqueópterix era simplesmente um dinossauro emplumado que talvez tenha sido capaz de certa medida de deslocamento aéreo, ainda que possivelmente não de voo controlado. Em resumo, apesar de estar equipado com penas, o animal não serviu de arquétipo aos pássaros.

Erickson declarou em entrevista que um estudo com um microscópio polarizador demonstrou que a densa microestrutura dos ossos do animal não apresentava muitos traços de vasos sanguíneos. Ele afirma que isso constitui indício de um metabolismo lento, o que indicaria que o espécime provavelmente precisava de mais de dois anos de desenvolvimento para atingir o tamanho adulto. Os pássaros contam com metabolismo especialmente rápido, o que os torna capazes de deixar o ninho em dias ou algumas semanas.

Mark Norell, um dos co-autores do estudo e especialista em pesquisa de dinossauros no Museu Americano de História Natural, em Nova York, diz que as constatações demonstram que "a transação para os pássaros, em termos fisiológicos e metabólicos, aconteceu bem depois do arqueópterix". Como resultado, acrescenta, o surgimento evolutivo dos pássaros "continua a ser um imenso mistério". [Ué, os evolucionistas não sabiam com certeza sobre a origem e evolução dos pássaros?]

Tanto Norell quanto Erickson enfatizaram que suas constatações não solapam a teoria, já tradicional entre os paleontologistas, de que os pássaros evoluíram dos dinossauros terópodes. Os pássaros, nesse sentido, são dinossauros aviários, ainda que alguns ornitologistas considerem que essa classificação é um tanto forçada [analise os argumentos desses ornitólogos...].

Paleontologistas e ornitologistas que não participaram da pesquisa afirmam que as descobertas são um passo importante para o estudo do elo entre pássaros e dinossauros, mas não constitui surpresa. "O arqueópterix foi sempre visto como um exemplo maravilhoso de espécie de transição" [pelos evolucionistas], disse Helen James, ornitologista do Museu Nacional de História Natural dos Estados Unidos, em Washington. "Seria de esperar que sua fisiologia tenha sido transicional, se comparada à dos pássaros e dos répteis modernos".

Lawrence Witmer, paleontologista da Universidade do Ohio e pesquisador que também trabalha com o arqueópterix, afirmou que não estava surpreso com a descoberta de que a espécie não era "totalmente aviária", mas que ainda assim ela apresentava muitos traços presentes em pássaros posteriores, o indica que não perderia seu posto como "membro muito básico" na árvore genealógica das aves.

No novo estudo, os cientistas trabalharam com Zhonge Zhou, do Instituto de Paleontologia e Paleoantropologia dos Vertebrados, em Pequim, conduzindo exames ósseos semelhantes em diversos espécimes recentemente localizados na China de espécies de dinossauros emplumados. Os cientistas [evolucionistas] concluíram que o confuciusornis é a primeira espécie conhecida em que a transição para um ritmo de crescimento semelhante ao das aves foi concluída.

O confuciusornis viveu cerca de 130 milhões [sic] de anos atrás. Ainda que seu ritmo de crescimento fosse um pouco mais lento que o dos pássaros de porte semelhante, essa espécie não tinha dentes ou cauda longa e parecia crescer mais rápido que o arqueópterix e outros espécimes intermediários conhecidos. Fósseis de pássaros mais avançados, com ossos bem equipados com vasos sanguíneos, surgiram pouco menos de 100 milhões [sic] de anos atrás.

De fato, foram as numerosas descobertas na China que levaram ao primeiro exame detalhados dos ossos do arqueópterix. Dois anos atrás, Oliver Rauhut, da Coleção Paleontológica e Geológica do Estado da Baviera, em Munique, autorizou os cientistas a pesquisas com o fóssil do museu, que como todos os demais espécimes conhecidos é o de um animal jovem.

Os técnicos do museu extraíram amostras - apenas fragmentos de ossos - de uma parte já danificada de um osso de coxa. O ritmo de crescimento ósseo, determinaram os cientistas, não se assemelhava ao dos pássaros, mas refletia ritmo metabólico superior ao dos répteis não dinossauros, ou seja, eles tenderiam mais a ser animais de sangue quente que animais de sangue frio.

Quanto a isso, o arqueópterix parece ser um intermediário entre répteis e pássaros, com crescimento em ritmo possivelmente semelhante ao dos marsupiais, segundo os estudiosos [evolucionistas]. Comparações com outros espécimes de dinossauros aviários indicaram que a estrutura óssea do arqueópterix sob exame não era anormal. "As teorias quanto aos passos seguintes para a evolução das aves modernas terão de ser reavaliadas" [claro, porque os passos anteriores já está dogmatizados, mesmo carecendo de justificação teórica. Por que não reavaliam tudo?], afirmaram os cientistas ao final de seu artigo, "para ajudar a compreender uma história evolutiva que está se provando complexa" [...até demais... para uma coisa que fica simples de se entender, pelo olhar criacionista. As espécies não macroevoluíram.].

Tradução: Paulo Migliacci ME

Fonte: The New York Times, por meio do Site Terra

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Nota: Os cientistas evolucionistas "estão mais perdidos do que cego em tiroteio" (desculpe a expressão chula), quanto à suposta evolução dos pássaros "modernos" e também de outros animais, acrescento.

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