Ontem (30/09), na aula de Sociologia e Sociedade no Brasil, estávamos discutindo partes do livro de Octavio Ianni chamado "A Sociedade Global", que aborda com um senso crítico a lógica do capitalismo e sua abrangência pelo mundo, causando mais problemas do que benefícios à sociedade, de um modo geral.
Ao longo das apresentações que alguns grupos fizeram, ficou nítido a todos da classe que a globalização ou mundialização, como queira, ao mesmo tempo que procura integrar a sociedade global pela economia de mercado, geopolítica, padronização da cultura, dentre outros, ela gera segregações na sociedade. Visto que a sociedade mundial é formada por diferentes ideologias, etnias, culturas, religiosidades, padrões morais, enfim, um imenso calendoscópio de diversidades; isso gera resistência ao modo capitalista neoliberal de reger o mundo, formando os conflitos de classes e de ideologias, por exemplo. O sistema capitalista, mesmo assim, esmaga aqueles que tentam resistir à sua expansão, em diferentes formas de retaliação. Esta é a lógica do capital: Se você não estiver dando lucros e atendendo aos interesses dos poderes fundamentados sobre o capitalismo, o sistema trata de te liquidar ou neutralizar. "Se não quiser se unir a nós, morra isolado", esse é o pensamento desse sistema em que todos nós estamos inseridos e somos reféns. O problema é ainda pior, no capitalismo, sempre existirá os opressores que detém o poder (dinheiro) e os oprimidos, onde o maior pisa sobre o menor para se sustentar no sistema.
Chegamos todos às mesmas conclusões na classe, quando concluímos que até mesmo a universidade, de um modo geral, está a serviço do capitalista, pois o que se percebe é que hoje em dia os cursos estão voltados para atender o mercado de trabalho, num ensino tecnicista, sem chances à reflexão sobre os problemas por trás disso. Isso porque o tecnicismo não tem a preocupação de formar profissionais que reflitam sobre a lógica do sistema, mas que unicamente saibam desempenhar tal função para girar a máquina do sistema. Sem reflexão, sem ameaças ao modelo.
Mas o interessante foi notar que o curso de Geografia é um dos poucos da universidade que proporciona esta reflexão sobre o sistema capitalista, expondo suas falhas, suas poucas vantagens reais, e um modo para superar este sistema que está arraigado na sociedade, quase que sem chances de ser transposto, pois quem tem o poder dita as regras do jogo, obviamente. A partir daqui que entra a mensagem principal que quero expor:
Na discussão em classe, foi falado tanto pelo professor como por muitos colegas que é uma (des)graça se compreender a lógica do capitalismo e suas implicações negativas e ao mesmo tempo não ter esperança de fazer uma reviravolta na sociedade, mudando de sistema. Chegamos à conclusão de que se torna infeliz aquele compreende a lógica do capitalismo e não tem como ajudar a mudar tudo isso, por não ter o poder. Um colega chegou a comentar que a ignorância frente a isso seria até uma bênção para as pessoas. A ideia de impotência foi concordada por todos e a imagem que tive é que muitos ali não têm esperanças de um mundo melhor, sem opressões por não se ter poder (dinheiro) e outras coisas mais derivadas do capitalismo.
Aqui é que entra a grande diferença de se ter esperança num mundo livre de qualquer ameaça ao bem-estar das pessoas, um mundo sem as consequências do pecado (morte, pobreza, violência, drogas, doenças...). Notei que aquele que têm esperança, como os cristãos têm, em uma nova Terra, onde o leão pastará junto ao cordeiro, todos terão suas próprias moradias, alimentação, saúde assegurada, paz e verdadeira segurança, é uma pessoa que vive melhor, mesmo estando desalienada sobre a podridão insuperável dos sistemas em que estamos inseridos.
A fé na segunda vinda de Jesus Cristo para restaurar todas as coisas e dar vida em abundância para aqueles que nEle confiaram e esperaram, faz toda a diferença aqui neste mundo corrompido e decididamente indo de mau a pior. Mesmo se não fosse verdade as promessas e certeza que Jesus nos fez, crer num mundo melhor, ao lado de um Deus amoroso e que trata todos com o mesmo zelo, já é uma grande vantagem, com relação àqueles que não creem. Isso é comprovado cientificamente, quem vive com esperança espiritual, vive mais e melhor. Espero que um dia todos os meus colegas de classe e professores tenham esta esperança de uma vida livre de tudo aquilo que sabem que não beneficia a sociedade como um todo, apenas trás benefícios para poucos, muitos poucos.
Ao leitor, desejo que viva com esperança!
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
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Um comentário:
NO entendi bien el punto de Muera aislado. No me suena como las premisas capitalistas. ES el unico libro que leyeron? No hay un punto 2 de otro sistema para debatir cual es el mejor?
Veronica desde Canada.
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