terça-feira, 8 de setembro de 2009

Discrepâncias nos métodos de datação

Uma das ideias muito aceitas pelo público leigo é que os métodos de datação são a última palavra no que toca à “idade” de determinada rocha ou fóssil. A ideia é que que os geólogos aceitam qualquer que seja a “idade” dada por determinado método de datação e que eles não estão envoltos em controvérsia. Na prática, não é isso que acontece. Como funciona na prática:

Em 1964, trabalhadores municipais descobriram, por acaso, algumas pegadas numa praia. As pegadas ficaram conhecidas como as pegadas de Nahoon. O carbono-14 deu-lhes a “idade” de 30 mil anos (30.000).

Em 1995, o geólogo Dave Roberts descobriu as pegadas de Langebaan, as mais antigas que se conheciam de humanos anatomicamente modernos. “Datavam” de 130 mil anos (130.000). Por achar que as pegadas de Nahoon se tinham formado num ambiente costeiro semelhante às de Langebaan, e por saber que o carbono-14 não funciona em material com mais de 40 mil anos (40.000), Roberts quis fazer uma nova datação nas pegadas de Nahoon.

A datação através do método da termoluminescência deu uma “idade” de 200 mil anos (200.000) às pegadas. Como essa nova “idade”, segundo o geólogo, corresponde com a evidência geológica do local onde as pegadas foram descobertas, foi aceita como sendo a verdadeira idade.

Já o arqueólogo Hilary Deacon avisou que era necessária alguma precaução com a “idade” dada pelo método da termoluminescência, uma vez que ainda estava em fase experimental. Na sua ótica, os artefactos presentes no local indicam que as pegadas deviam ter uns 90 mil anos (90.000).

Conclusão: repare na quantidade de idades sugeridas para as pegadas. Repare também como o geólogo da nossa história já sabia que as pegadas tinham de ter mais de 40 mil anos e, como tal, a “idade” sugerida pelo carbono-14 não poderia ser aceita. Esses e muitos outros exemplos mostram que os métodos de datação não têm a palavra final no que concerne à idade das rochas ou fósseis. Eles se limitam a seguir as ideias pré-concebidas dos cientistas. Se a “idade” produzida pelo método corresponder às ideias pré-estabelecidas do geólogo, ela é aceita. Caso contrário, o geólogo tratará de justificar o sucedido e procurará refugiar-se na “idade” produzida por outro método.

A melhor maneira de termos a certeza da idade de alguma coisa é através de testemunhas oculares. Nisso, os criacionistas estão em vantagem, pois têm a Palavra daquele que estava lá quando os fósseis e as rochas se formaram.

Fonte: A Lógica do Sabino. Lido no blog Criacionismo.com.br

2 comentários:

Anderson disse...

e aquele método de datação de fósseis que o geólogo tem que deduzir a idade da rocha e por isso deduz a idade do fóssel?!
Como ele deduz só Deus sabe...

Elyson Scafati disse...

Não precisa invocar deus para resolver essa questão. Ela é fácil. Este é o método de datação relativa.

Felizmente, em nosso mundo há lugares onde existem "sanduíches" de rochas sedimentares e magmáticas. Assim, sabendo a data da rocha magmatica abaixo e da acima, pode-se estimar a idade do extrato. Há outras variáveis como a taxa de deposição de sedimentos, que tipo de água houve por ali, que rocha se apresenta, etc.

É claro que para locais onde isso não ocorre, nos resta comparar o extrato entre rochas magmaticas e aquele onde elas não ocorrem, baseado em seus fósseis. Assim, como afirmam certos crias ex. Menthon, não há nada de circularidade nessa metodologia.

Antes que alguém conteste o método absoluto (aquele que mede isótopos radioativos), no que se refere à pré existência de elementos filhos, este probelema é resolvido por algo denominado isócronas, onde se aplicam diversos métodos com base em diversos elementos. Cada elemento se comporta de modo diferente, e, dentro de uma estrutura em rocha, seus tempos de decaimento são distintos. Logo, se plota uma curva onde temos a idade média da rocha.

Desse modo, é um engano chamar o metodo absoluto de absoluto, pois ele é estatístico, mas funciona bem.

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